Aviso aos navegantes

Este blog é apenas uma voz que clama no deserto deste mundo dolorosamente atribulado; há outros e em muitos países. Sua mensagem é simples, porém sutil. É uma espécie de flecha literária lançada ao acaso, mas é guiada por mãos superiores às nossas. À você cabe saber separar o joio do trigo...

15 de fevereiro de 2011

A busca de um sentido para a vida.

A Busca
Lendo os pensamentos do mitólogo Joseph Campbell, um estudante de literatura da Universidade de Columbia, que, há muitos anos atrás, após afastar-se da vida acadêmica, conviveu muitos anos com índios americanos, e depois, passou anos na floresta de Woodstock lendo e escrevendo sobre os Mitos, e ao retornar à docência, passou a lecionar literatura comparada e mitologia na Faculdade Sarah Lawrence, onde atuou por 38 anos, pude perceber que a trajetória do Herói, que ele narra em suas obras, é, na verdade, a trajetória de todos nós cidadãos comuns e sonhadores.

Diz ele: “seja numa grande metrópole ou nas cavernas, viver é passar pelos mesmos estágios de da infância à maturidade sexual, a transformação da dependência em responsabilidade, o casamento, a decadência física, e a perda gradual das capacidades e a morte.”, estes foram os desígnios de nossos antepassados e certamente serão os nossos.

Campbell fala sobre os nossos sonhos ideais, ensinando: “Siga sua bem-aventurança até lá, onde há um profundo sentido do seu ser, lá onde o corpo e sua alma querem ir. Quando você alcançar essa sensação, fique ai e não deixe ninguém arrancá-lo desse lugar. E portas se abrirão onde você nem sequer imaginava que pudesse haver algo.” Ele nos fala que quando seguimos em busca da felicidade (bem-aventurança), com a profundidade de nossa fé e convicção, apesar de todas as barreiras e contratempos, o caminho certamente se abrirá para nós!

Nós devemos ouvir a nossa “voz interior” acerca do que consideramos realmente importante em nossas vidas, independentemente do que as outras pessoas pensem, ou das expectativas que outrem tenha a nosso respeito. Lembro-me que quando eu tinha uns 20 anos de idade, li no rodapé da revista “Seleções do Reader Digest”, um pensamento de um autor que nem me lembro mais o nome, o qual escreveu que: “Aos 20 anos nos preocupamos com o que as pessoas pensam de nós; aos 40 anos já não nos preocupamos com o que as pessoas pensam de nós, e, quando chegamos aos 60, descobrimos que, na verdade, elas nunca pensaram em nós”, até hoje guardo isso comigo como sendo uma frase dotada de grande sabedoria e verdade, pois, se analisarmos a conduta geral das pessoas que encontramos pelo caminhos, percebemos que elas estão mais preocupados consigo mesma do que com o nossos desígnios, e, o interesse em saber o que acontece em nossas vidas, nada mais é do que a busca de informações que sirvam como justificativas para as mazelas e fracassos da vida de quem “nivela os outros por baixo”, através de julgamentos recheados de preconceitos.

Joseph Campbel segue dizendo que: “Sempre que seguimos esse chamado da alma, que buscamos o preenchimento, que saímos em busca do lugar onde nos sentimos inteiros, estamos tomando o caminho dos heróis. Mesmo que a escolha não pareça certa ou a mais feliz, seguir o chamado é a atitude correta a tomar.”

Devemos ouvir a voz do coração, sonhar por algumas horas, planejar por dias inteiros e rapidamente colocar em prática os nossos projetos, sem medo de errar; e se errarmos devemos buscar alguma lição no ato fracassado que possa servir lição para que erros semelhantes não voltem a ocorrer. O ser humano é do tamanho do seu sonho.

Se você se prontificou a sonhar, seja um sonho grandioso, de transformação pessoal e social, digno de um herói!

Escrito por Nelson Tanuma | 04 Maio 2003
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Que bom que você chegou! Junte-se à nós!