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Este blog é apenas uma voz que clama no deserto deste mundo dolorosamente atribulado; há outros e em muitos países. Sua mensagem é simples, porém sutil. É uma espécie de flecha literária lançada ao acaso, mas é guiada por mãos superiores às nossas. À você cabe saber separar o joio do trigo...

13 de abril de 2011

Meu supra-sumo


('quem não descobriu, em si mesmo, sumo, sempre acaba apelando para o ilusório consumo.' Extraído de "Folhas ao vento", de Nelson Jonas Ramos de Oliveira)


Quando faço
porque careço de apreço,
desfaço do meu passo.

Se, por trapaça, aumento meu preço
a dose certa ultrapasso
entre o doce e o melaço.

Na boca, um mau gosto
porque abandonei meu posto.

O sumo é combustível raro,
mas sem ele eu paro,
fico sem amparo. 

De maior enfado
são as veredas que percorro
pelo sumo que me abasteço.

Este preço eu pago.
Pago porque morro
de viver sem o prumo
do sumo que careço!

Liban Raach
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