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Este blog é apenas uma voz que clama no deserto deste mundo dolorosamente atribulado; há outros e em muitos países. Sua mensagem é simples, porém sutil. É uma espécie de flecha literária lançada ao acaso, mas é guiada por mãos superiores às nossas. À você cabe saber separar o joio do trigo...

13 de junho de 2011

Não ter um problema sequer

…Desde a infância, somos treinados para ter problemas. Quando somos matriculados na escola, aprendemos a escrever, a ler e todo o resto. Aprender a escrever torna-se um problema para a criança. Por favor, preste muita atenção a isso. A matemática torna-se um problema, a história torna-se um problema, assim como a química. Assim a criança é educada, desde a infância, a viver com problemas – o problema de Deus, o problema de uma dúzia de coisas. Portanto, nossos cérebros estão condicionados, treinados, educados para viver com problemas. Fazemos isso desde a infância. O que sucede quando o cérebro é educado em problemas? Ele jamais pode resolver problemas; ele só pode criar mais problemas. Quando um cérebro treinado para ter problemas e viver com problemas, resolve um problema, na própria solução daquele problema ele cria mais problemas. Desde a infância somos treinados, educados para viver com problemas; portanto, estando centrados em problemas, não podemos jamais resolver problema algum completamente. Somente o cérebro livre, que não está condicionado a problemas, é que pode resolver problemas. É uma das nossas aflições constantes ter problemas todo o tempo. Assim, nosso cérebro jamais está quieto, livre para observar, para olhar. Então, estamos perguntando: “É possível não ter um problema sequer, mas enfrentar cada um que apareça?” Contudo, para compreender esses problemas e resolvê-los totalmente, o cérebro precisa ser livre.

Krishnamurti, That Benediction is Where You Are, pp 18-19
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