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Este blog é apenas uma voz que clama no deserto deste mundo dolorosamente atribulado; há outros e em muitos países. Sua mensagem é simples, porém sutil. É uma espécie de flecha literária lançada ao acaso, mas é guiada por mãos superiores às nossas. À você cabe saber separar o joio do trigo...

28 de julho de 2011

Imaturas crianças assustadas

Máscara

É triste ouvir o relato das crenças disfuncionais das pessoas... Muitas acreditam ser necessário para viver, fazer uso de várias máscaras. Usam-nas por tanto tempo, que sem que se percebam, acabam se identificando como sendo as mesmas. Elas não vivem; representam. Elas não comungam; consomem. Elas não tem amigos; apenas convenientes, priorizados e superficiais contatos momentâneos. Elas não desfrutam dos sonhos; se assombram em pesadelos, os quais tentam amenizar com a dependência de drogas químicas, sagazmente tidas como lícitas. São adeptos da indústria da moda que amolda, mesmeriza e adultera seus corpos; pagando caro para desconhecer autenticidade e naturalidade. Trocam o silencioso caminhar pelos bosques, pelas esteiras eletrônicas nas barulhentas academias. Desconhecem os poderosos filtros internos capazes de fazer frente a massiva e perfurante propaganda — diabolicamente propagada por todos os lados —, que os impulsiona freneticamente em direção contrária de seu próprio interior, causando uma angustiante ansiedade por necessidades desnecessárias. Por serem dependentes do crédito alheio, são fáceis vitimas dos conglomerados de crédito e seus juros abusivos, aos quais inconscientemente sustentam. Elas falam em amor, quando na realidade é apego. Confundem felicidade com euforia. Elas não sabem o que é liberdade; são escravas dos infinitos medos — que de si e dos outros — inutilmente tentam disfarçar. E o pior de tudo, com sorrisos químicos e cirúrgicos, justificam tamanha anormalidade auto-imposta. Entopem seus poros com propriedades da ciência cosmética, para tentar disfarçar a falta de Consciência ética a qual produz, por si, Real Propriedade. Acumulam diplomas em áreas especificas, mas permanecem analfabetas crônicas de sua própria realidade. Em busca de ilusória segurança, colecionam carnês e apólices de seguros. Adquirem transitórios bens de consumo — em nome dos quais se consomem — abrindo mão do intemporal "Bem" que toda transitoriedade consome. Olham para o modo de vida pautado na simplicidade voluntária como uma utopia ou — aos olhos dos outros — um possível atestado de irresponsabilidade e incompetência pessoal. Por causa do seu irrefletido acúmulo de conhecimento, só vêem prejuízo, onde na verdade, um lucro de outra qualidade, se faz incessante. São imaturas crianças assustadas, brincando de ser responsáveis adultos seguros, deixando de herança ao mundo que estão ajudando a destruir, outras crianças assustadas repetindo da mesma cartilha, agora tecnologizada num mundo de vazias relações virtuais.


Nelson Jonas Ramos de Oliveira

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