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Este blog é apenas uma voz que clama no deserto deste mundo dolorosamente atribulado; há outros e em muitos países. Sua mensagem é simples, porém sutil. É uma espécie de flecha literária lançada ao acaso, mas é guiada por mãos superiores às nossas. À você cabe saber separar o joio do trigo...

13 de novembro de 2011

Onde há real amor não existe bapú

O relacionamento entre o guru e o discípulo é prejudicial. Contudo, o contato não relacional entre um guru e o discípulo é muito benéfico. Não relacional significa que não há dois; relacionamento ocorre quando há dois. Podemos entender se um discípulo sentir o guru como entidade separada dele, porque o discípulo é ignorante. Mas, se o guru também sentir o mesmo, isso é demais; então, isso significa que o cego está levando o cego — o cego que está levando é mais perigoso, já que o segundo cego tem total confiança nele.

Não há significado espiritual entre um relacionamento guru-discípulo. Na verdade, todos os relacionamentos são esferas de poder; todos estão enraizados no poder político. Alguém é um pai, alguém é um filho; se fosse um relacionamento de amor, seria um assunto diferente. Então, o pai não estaria consciente de ser pai, nem o filho de ser um filho; o filho seria a forma seguinte do pai, e o pai seria a forma anterior do filho — e essa é a verdade...

O que é esse relacionamento entre um guru e um discípulo? Um é o mandante e diz: "Eu sei, você não sabe. Você é ignorante, eu sou sábio. O ignorante deve se curvar para o sábio". Mas, que tipo de sábio é esse que diz: "Você deve se curvar em reverência"? Ele é a pessoa mais ignorante; ele conhece alguns segredos herdados, estudou algumas escrituras e pode recitá-las de memória, porém não há mais nada nele além disso.

Osho
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