Aviso aos navegantes

Este blog é apenas uma voz que clama no deserto deste mundo dolorosamente atribulado; há outros e em muitos países. Sua mensagem é simples, porém sutil. É uma espécie de flecha literária lançada ao acaso, mas é guiada por mãos superiores às nossas. À você cabe saber separar o joio do trigo...

6 de fevereiro de 2012

À BEIRA-MAR…




Se tiver a alma assaltada pelo desespero, contemporize... fique com o desespero, aceite-o, olhe para ele, permita a você senti-lo em toda intensidade, como quando – à noite – prostramo-nos sentados defronte ao mar...

...a brisa resvalando por nossa fronte,
...o murmúrio das ondas incessantes penetrando nossos ouvidos,
...a iridescência do luar cintilando no encrespado oceano,

Impossível discernir onde termina o horizonte, onde começa o noturno céu!

Nesta atmosfera à beira-mar...
Enlevado pelas forças da beira-mar...
Apanhados enternecedoramente pela beira-mar...
Deixar a sensibilidade vir à tona
E contemporizar...

Contemporizar as surras apanhadas
Através da cinta que assoviava cortando o ar,
Através da mão do semelhante que estralava no encontro de nosso semblante,
Através do ‘não’ de nossas investidas afetivas,
Pelas portas fechadas de nossos empreendimentos,
Pelo aguilhão cravado nas costas na desonra da filha ou da irmã...
De tantas filhas-irmãs, minha Mãe!

A tudo contemporizar defronte ao mar aberto,
Defronte ao amar aberto!

LibaN RaaCh

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