Aviso aos navegantes

Este blog é apenas uma voz que clama no deserto deste mundo dolorosamente atribulado; há outros e em muitos países. Sua mensagem é simples, porém sutil. É uma espécie de flecha literária lançada ao acaso, mas é guiada por mãos superiores às nossas. À você cabe saber separar o joio do trigo...

30 de abril de 2012

Kaydara


Gênero: Ação
Ano de Lançamento: 2011
Idioma Original: Inglês
Duração: 55 minutos
Direção: Raphaël Hernandez | Savitri Joly-Gonfard

Ano de Lançamento: 2011

País de Origem: França

IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1869509/

A história de "Kaydara" acontece dentro do universo dos irmãos Lana e Andy Wachowski, criadores de "Matrix". Kaydara, um mercenário caçador vive separado do Grupo de Resistência Humana, ele não acredita na profecia do "Escolhido". Ele vê esse auto proclamado salvador uma ameaça para o despertar da auto consciência humana e o vê como um inimigo. Se seus caminhos se cruzarem, Kaydara não hesitará em confrontá-lo.

Salvation Boulevard


Informações Técnicas
Título no Brasil: Salvation Boulevard
Título Original: Salvation Boulevard
País de Origem: EUA
Gênero: Comédia
Tempo de Duração: 96 minutos
Ano de Lançamento: 2011

Estúdio/Distrib.: Imagem Filmes
Direção: George Ratliff
Elenco: Pierce Brosnan, Ed Harris, Jim Gaffigan, Marisa Tomei, Jennifer Connelly

Sinopse: Carl encontrou-se em uma religião comandada por um pastor muito famoso. Quando Carl testemunha um crime cometido pelo líder religiosos, todos os outros seguidores passam a persegui-lo para acobertar a sujeira do pastor. Um filme pra qualquer "cabeça-oca" criar um pouco de juízo!


A Escuta Inocente

Todo o corpo ouve. Está completamente fora da relação sujeito-objeto. O escutar acontece, mas nada é ouvido e ninguém escuta. E como a escuta incondicionada é nossa real natureza, conhecemos a nós mesmo na escuta.

Mas raramente escutamos de verdade. Nós vivemos mais ou menos continuamente no processo de devenir. Projetamos uma imagem de ser alguém e nos identificamos com ela. E, enquanto nos tomamos por uma entidade independente, há uma fome contínua, um sentimento de incompletude. O ego está constantemente buscando satisfação e segurança, daí sua perpétua necessidade de ser, de realizar, de alcançar. Desta forma, nós nunca contatamos a vida realmente, pois isto requer abertura de momento a momento. Nesta abertura, a agitação estimulada pela tentativa de saciar uma ausência em você mesmo chega ao fim e, na quietude que fica, você é direcionado de volta para sua integridade. Sem uma auto-imagem você é realmente um com a vida e com o movimento da inteligência. Apenas então nós podemos falar de ação espontânea. Todos conhecemos momentos quando a pura inteligência, livre da interferência psicológica, surge, mas logo que retornamos a uma imagem de ser alguém, questionamos esta intuição perguntando se ela é certa ou errada, boa ou má para nós, e assim sucessivamente. O quer que façamos intencionalmente pertence ao "ego-eu" e, embora apareça como ação, é realmente reação. Apenas o que surge espontaneamente do silêncio é ação e não deixa nenhum resíduo. Você nem sequer pode recordá-la. A ação intencional do "ego-eu" sempre deixa um resíduo que emergirá talvez no estado de sonho ou mesmo como uma fixação que podemos mais tarda chamar enfermidade.

Na espontaneidade a ação ocorre, mas ninguém atua. Não há nenhuma estratégia, nenhuma preparação. Há apenas Consciência livre da agitação e da memória e, nesta quietude, todas as ações são espontâneas, pois cada situação pertence a sua abertura, e ela mesma lhe diz exatamente como proceder. A ação real não surge do raciocínio, mas da observação receptiva. Por exemplo, quando você vê uma criança pequena atravessando a rua, você não pára e pensa, "Devo gritar pedindo ajuda ou devo ir e pegá-la, ou devo deixar que vá só?" Você age. Mesmo que você tenha realizado vinte vezes esta ação, é nova a cada vez. Pertence absolutamente ao momento.

Jean Klein

A prisão da relação sujeito-objeto

Pergunta: Pela minha observação, parece que a atenção fica canalizada pelo mundo objetivo, ou o assim chamado mundo objetivo, nos momentos de elevada atividade quando muito é exigido de você. É como uma máquina que fica congestionada se gastar energia demais. Este consumo excessivo de energia é o que causa a diminuição da atenção?

Jean Klein: Sim, a atenção diminui porque você está envolvido na atividade. Você ainda está na relação sujeito-objeto. A atenção pura é atemporal, e tudo que está no tempo aparece e desaparece neste estado atemporal. Mas você esquece a totalidade para focar sobre a parte, sobre a aparência. Em outras palavras, ao buscar um resultado, você se identifica com o sujeito-objeto. Esta busca exterior bloqueia a Consciência à própria Consciência.
Jean Klein

O medo da morte é muito útil

 
 
Pergunta a Osho:

O medo da morte muitas vezes irrompe, intenso e forte, e o medo de ter de deixar toda essa beleza, essa amizade e amor. Como é possível relaxar com essa certeza da morte?

Primeiro, só é possível relaxar quando a morte é uma certeza. Relaxar fica difícil quando as coisas são incertas. Se você souber que vai morrer hoje, todo o medo da morte vai desaparecer.

Para que perder tempo? Você tem o dia de hoje para viver: viva tão intensamente quanto possível, viva da forma mais plena possível.

A morte pode não chegar. A morte não pode chegar para as pessoas que vivem com muita intensidade e plenitude. E, mesmo que ela chegue, essas pessoas que viveram intensamente vão lhe dar as boas-vindas, pois ela é um grande alívio.

Elas estão cansadas de viver, elas viveram com tal plenitude e intensidade que a morte chega como uma amiga. Assim como depois de um dia inteiro de trabalho duro, a noite vem como um grande relaxamento, como um sono belo, o mesmo acontece com a morte depois da vida.

A morte não tem nada de feio nela; você nunca encontrará nada mais cristalino do que a morte. Se o medo da morte surgir, isso significa que ainda existem algumas brechas que ainda não foram preenchidas com o viver.

Portanto, esses medos da morte são muito úteis e esclarecedores. Eles lhe mostram que a sua dança tem de ser um pouco mais rápida, que você tem de viver com mais intensidade. Dance tão rápido que o dançarino desapareça e só reste a dança. Assim nenhum medo da morte pode visitá-lo.

"E o medo de ter de deixar toda essa beleza, essa amizade e amor." Se você vive totalmente no aqui e agora, que interessa o amanhã? O amanhã tomará conta de si mesmo.

Jesus está certo quando pede a Deus, "Senhor, dai-nos hoje o pão nosso de cada dia". Ele não está pedindo para amanhã, só o de hoje já é suficiente. Você tem de aprender que cada momento tem uma completude.

O medo de ter de deixar isso tudo só irrompe porque você não está vivendo plenamente no presente; do contrário não haveria tempo, não haveria mente e não haveria espaço.

Um dia perguntaram a um mercador quantos anos ele tinha. Ele disse, "Trezentos e sessenta anos". Sem poder acreditar, o homem disse, "Repita, por favor. Acho que não escutei direito". O mercador gritou, "Trezentos e sessenta anos!"

O homem disse, "Perdoe-me, mas não posso acreditar. Você não parece ter mais de sessenta!" O mercador respondeu, "Você não deixa de estar certo. No que diz respeito ao calendário, eu tenho sessenta anos. Mas, no que diz respeito à minha vida, eu tenho seis vezes mais do que qualquer pessoa. Em sessenta anos eu vivi trezentos e sessenta anos".

Depende da intensidade. Existem duas maneiras de se viver. Uma é à maneira do búfalo — ele vive horizontalmente, numa única linha. A outra é à maneira do Buda. Ele vive verticalmente, em altitude e profundidade.

Assim cada momento pode se tornar uma eternidade. Não perca tempo com o trivial; viva, cante, dance, ame de modo tão pleno e transbordante quanto você for capaz. Nenhum medo interferirá e você não ficará preocupado com o que acontecerá amanhã.

O hoje basta por si mesmo. Vivido, ele é tão pleno! Ele não deixa espaço para que se pense em mais nada.

Osho, em "O Livro do Viver e do Morrer: Celebre a Vida e Também a Morte"

Eu projeto a mim mesmo?

Pergunta: Quando você fala de projetar, o que faz o que projeta?

Jean Klein: Vê que você projeta uma imagem de você mesmo com todos os atributos obstrutores.

Pergunta: Eu projeto a mim mesmo?

Jean Klein: Sim, você projeta esta imagem com a ajuda da sociedade. A sociedade mantém certas idéias sobre você – e sua conduta consigo está baseada nelas. O reflexo para criar uma imagem de você mesmo como uma identidade independente, separada, dá à sociedade uma posição em que se agarrar. Assim, não dê à sociedade uma posição segura.
O que chamamos "iluminação" é simplesmente a compreensão de que você não é uma pessoa, nem que a imagem da sociedade tenha sido impressa em você. A iluminação é a visão de que há apenas um nada não-qualificado. Neste nada, você é livre, você se sente livre, você pensa livremente. Mas, enquanto viver com uma imagem de você mesmo, há medo apenas.

Pergunta: Continuamos a projetar uma imagem de nós mesmos mesmo quando estamos a sós?

Jean Klein: Mesmo então você objetifica a você mesmo como uma imagem. O que você realmente sabe sobre você mesmo? Você apenas se conhece nas dituações, em todas as diversas qualificações. Está só, e projeta uma idéia de uma mulher casada, o de uma mãe com um filho, ou de uma mulher que não é amada. Esta imagem já estimula uma reação emocional, química, neurológica, que, por sua vez, gera o sentimento de ser limitado, localizado em alguma parte. Esta localização estimula a tensão. E o que acontece então? Você tenta escapar desta sensação de tensão. Você lê um livro, vai ao cinema, telefona para um amigo. Toda esta atividade é compensação.
Você deve ver que o que chama "você mesmo" é apenas a projeção de uma imagem, que existe unicamente porque você a vêr. Você é o que vê, o conhecedor desta imagem. Você conhece todos os seus medos e sua insegurança. No momento em que você vê isto, você está fora do processo de projeção. E como a imagem é apenas energia em movimento, quando pára de alimentá-la, ela morre.

Pergunta: Mas a mente está sempre aderida a algo. Não compreendo como posso ir desta situação para a liberdade da qual você fala.

Jean Klein: Aceite sua mente. Deixe-a existir. Não seja contra ela, não lhe faça violência. Simplesmente, aceite-a. A aceitação lhe mostrará que você ainda quer controlá-la, para dar vida a certa direção. E assim você perde a possibilidade de viver realmente. A vida aflora no deixar ir.
 
Jean Klein

Repetição e Sensação


Nossas mentes estão recheados com tanto conhecimento que é quase impossível experienciar diretamente. A experiência do prazer e da dor é direta, individual; mas o entendimento da experiência é segundo o padrão de outras pessoas, das autoridades religiosas e sociais. Somos o resultado dos pensamentos e influências de terceiros; somos condicionados pela propaganda tanto religiosa quanto política. O templo, a igreja e a mesquita exercem uma estranha e sombria influência em nossas vidas, e as ideologias políticas dão sustância aparente a nossos pensamentos. Somos formados e destruídos pela propaganda. As religiões organizadas são propagandistas excelentes, usando de todos os meios para persuadir e, depois, controlar.

Somos uma massa de reações confusas e nosso centro é tão incerto quanto o futuro prometido. Simples palavras tem uma importância extraordinária para nós; elas tem um efeito neurológico cujas sensações são mais importantes do que o que está além do símbolo. O símbolo, a imagem, a bandeira e o som são totalmente importantes; substituição, não realidade, é nossa força. Lemos sobre as experiências dos outros, assistimos aos outros jogarem, seguimos o exemplo dos outros, citamos os outros. Estamos vazios em nós mesmos e tentamos preencher esse vazio com palavras, sensações, esperanças e imaginação; mas o vazio continua.

A repetição, com suas sensações, por mais agradáveis e nobres que sejam, não é o estado de experienciar; a constante repetição de um ritual, de uma palavra, de uma oração, é uma sensação gratificante para a qual é dado um termo nobre. Mas experienciar não é a sensação, e a reação sensorial logo cede lugar à realidade. O real, o que é, não pode ser entendido por meio de meras sensações. Os sentidos representam um papel limitado, mas o entendimento ou a experienciação estão além e acima dos sentidos. A sensação se torna importante apenas quando a experienciação cessa; aí as palavras são importantes e os símbolos dominam; depois a reprodução daquilo se torna fascinante. A experienciação não é uma continuação; pois o que tem continuação é sensação, em qualquer que seja o nível. Sua repetição dá a impressão de uma experiência nova, mas as sensações jamais podem ser novas. A busca do novo não se encontra nas sensações repetitivas. Ele toma forma somente quando há experienciação; a experienciação é possível apenas quando a ânsia e a busca por sensações cessam.

O desejo de repetir uma experiência é a qualidade limitadora da sensação, e o enriquecimento da memória é a expansão da sensação. O desejo pela repetição de uma experiência, quer seja própria ou de terceiros, leva à insensibilidade, à morte. A repetição de uma verdade é a mentira. A verdade não pode ser repetida, ela não pode ser propagada ou usada. Aquilo que pode ser usado e repetido não possui vida em si mesmo, é mecânico e estático. Uma coisa morta pode ser usada, mas não a verdade. Você pode matar e rejeitar a verdade primeiro e depois usá-la; mas não será mais a verdade. Os propagandistas não estão interessados em experienciar; eles estão interessados na organização das sensações – religiosas ou políticas, sociais ou privadas. O propagandista, religioso ou laico, não pode ser um orador de verdade.

A experienciação só vem com a ausência do desejo por sensação; a nomeação, a designação, precisa cessar. Não existe um processo de pensamento sem a verbalização; e estar preso na verbalização é ser um prisioneiro das ilusões do desejo.

Krishnamurti

Não sois o que pensais ser

A mente que é séria, que está bem consciente da situação mundial, percebe que o mundo se acha num estado de angustiosa confusão. Nota-se um constante declínio em todas as nações; só uns poucos são capazes de funcionar inteligentemente, em liberdade talvez; os demais se limitam a imitar - são pobres imitações dos computadores, sua ação é ineficaz. A dor, a angústia, a ansiedade, o desespêro é que são fatos, e não vossas crenças, vossas esperanças, vossos deuses; o fato do desespêro, da ansiedade, da extraordinária persistência do sofrimento, sofrimento sem fim; a crescente animosidade e brutalidade - eis o mundo a que pertenceis. E a função da mente verdadeiramente séria é compreender e transcender o mundo. A mente séria deve observá-lo. Isto é, deveis observar a vós mesmos, porque vós sois o mundo; porque há em vós angústia, sofrimento, solidão, desespêro, ansiedade, medo, porque sois impelido pela ambição, a avidez, a inveja - sois esse mundo. Não sois o que pensais ser - que sois Deus, etc. Isto é absurda especualação. Tendes de partir dos fatos e tendes de aprender a respeito de vós mesmo.

Krishnamurti

Sobre a escuta incondicionada

Pergunta: Poderia falar-nos algo mais sobre o que entende por escuta incondicionada?

Jean Klein: Sempre que a escuta é intencional, a tensão surge, porque um resultado é antecipado, e este resultado é um produto, uma projeção da memória. A escuta incondicionada não tem fim na mente e, nesta abertura, todos os sentidos são receptivos. A audição não está mais confinada aos ouvidos; ao contrário, todo o corpo escuta com uma sensitividade sempre-expansiva até que você se ache na própria escuta. Um outro modo de dizer isto é que você não escuta mais, pois você é audição.
A consciência da quietude, do silêncio, pode surgir primeiro na ausência de objetos, como freqüentemente acontece na meditação. Mas, mais tarde, ela é mantida tanto na presença quanto na ausência. Esta consciência, que é escuta, é o fundamento de toda aparência, de modo que, mesmo quando em atividade, você é consciente da atividade e do ser.
A consciência de ser não é uma percepção, pois o ser nunca pode ser objetivado. Nós não podemos ter consciência de dois objetos ao mesmo tempo; não podemos ter dois pensamentos simultaneamente. Mas podemos ter consciência simultânea de nossa existência fenomênica e nossa presença, de nosso ser. Este não-estado aparece espontaneamente no instante em que cessa o produzir e o projetar.
Qualquer tentativa para produzir este não-estado na verdade nos submerge profundamente na relação sujeito-objeto. Há momentos em que alcançar o silêncio pode ser um benefício transitório, visto que uma ausência temporária de pensamento produz um estado calmo. Mas, permancer nesta relação sujeito-objeto, a qual é tudo que a ausência de pensamento é, exclui você de um silêncio mais profundo. A presença de um estado vazio pode inclusive ser um obstáculo; sendo energia em movimento, não pode ser continuamente sustentado. O verdadeiro silêncio não é nem movimento nem energia, mas quietude.

Pergunta: Quem alcançou este não-estado pode perdê-lo?

Jean Klein: Quando você compreendeu quem você é, isto nunca pode ser perdido. Mas, até o "momento" do reconhecimento, sua posição pode ser frágil. Embora a consciência global esteja sempre presente, você a abandona ao identificar-se com seus sentidos e mente, suas reações e temores. Mas ela o traz de volta. Você é solicitado por ela.
Jean Klein

Curtas do dia


"Recuse atenção às coisas, deixe as coisas irem e virem. Desejos e pensamentos também são coisas. Não lhes dê atenção. Desde tempos imemoriais, a poeira dos eventos esteve cobrindo o espelho límpido da sua mente, de tal maneira que você podia ver apenas memórias. Passe um espanador na poeira antes que ela tenha tempo de se assentar; isso irá limpar as camadas antigas até que a verdadeira natureza da sua mente seja descoberta. É tudo muito simples e comparativamente fácil; seja merecedor e paciente, isso é tudo. Ser imperturbável, desapegado, livre dos desejos e dos medos, livre de todas as auto preocupações, simples ciência, livre das memórias e expectativas, este é o estado mental no qual as descobertas podem acontecer. Além do mais, libertação não é nada mais que a liberdade de descobrir."
Nisargadatta Maharaj

"Transcendei vossos limites, pois já sois esperados no Infinito."
Trigueirinho

"No estado de paixão sem causa existe intensidade livre de todo apego; porém, quando a paixão tem uma causa, existe apego, e o apego é a origem da dor. Quase todos estamos apegados; nos apegamos a uma pessoa, a um país, a uma crença, a uma idéia, e quando nos tiram o objeto de nosso apego ou este perde a sua importância, nos sentimos vazios, insuficientes. Tratamos de encher esta vacuidade aferrando-nos a alguma coisa, a qual de novo se converte em objeto de nossa paixão.

Examine seu próprio coração e sua própria mente. Eu sou tão somente um espelho em que você está olhando a si mesmo. Se não quer olhar, está muito bem, porém, de deseja fazê-lo, então, olhe-se claramente, impiedosamente com intensidade, ao com a esperança de dissolver seus infortúnios, suasansiedades, seus sentimentos de culpa, senão, a fim de compreender esta extraordinária paixão que sempre nos leva a dor.

Quando a paixão possui uma causa se converte em luxuria. Quando existe paixão por algo em particular – uma pessoa, uma idéia, uma classe de realização – então, dessa paixão surge a contradição, o conflito, o esforço. Você se esforça por alcançar ou manter certo estado, ou por recapturar o que havia sido e desapareceu. Porém, a paixão da qual estou falando não dá origem a contradição, ao conflito. Não tem relação alguma com uma causa; portanto, não é um efeito."
Krishnamurti

29 de abril de 2012

"A Simplicidade de Ser"

A maioria de nós se identifica com nosso corpo, nossas ações, nossos pensamentos e sentimentos. Isto é o que aprendemos desde que éramos muito jovens. Mas você parece dizer que este processo de identificação é falso. Que percepção nos leva à posição de não-identificação?

Seus pais deram a você uma forma e um nome. Sua educação e ambiente lhe atribuíram muitas qualificações e você se identificou com elas. Em outras palavras, a sociedade lhe deu uma idéia de ser alguém. Assim quando você pensa por si mesmo, você pensa em termos de um homem com todos os tipos de qualificações que acompanham sua imagem. Esta acumulação passou por muitas mudanças, mas ainda assim você é consciente delas. Você pode lembrar de quando tinha sete anos. Você pode lembrar de quando não tinha barba. Isto indica que há um observador destas mudanças. A habilidade para observar as mudanças indica que a mudança está em você, não você nela, pois se assim fosse, como poderia observá-la? Assim, o que realmente pertence à percepção (para usar sua palavra) é o que é imutável em você. Você é a testemunha de todas as mudanças, mas esta testemunha nunca muda. Assim, a questão real é, "Como eu posso conhecer a testemunha?"
 
Jean Klein

Curtas do dia


"Desejo, medo, problemas, alegria, eles não podem aparecer, a menos que você esteja lá para que eles apareçam. Mesmo assim, o que quer que aconteça aponta para a sua existência como centro percebedor. Despreze os 'apontadores' e seja ciente do que eles estão apontando."
Nisargadatta Maharaj

"Há uma sensação estranha de que não ele, mas alguém mais está vivendo e falando no mesmo corpo. É alguém mais nobre e sábio que seu próprio ego."
Paul Brunton

"A energia devocional será uma chave potente para esses momentos. Ela abrirá vosso ser em oferta ao Cosmos."
Trigueirinho

"A palavra não é a coisa. A palavra paixão não é a paixão. Sentir essa paixão é estar aprisionado por ela, sem nenhum anseio, nem diretiva, nem propósito, prestar atenção a esta coisa chamada desejo, estar atentos aos próprios desejos, a esses desejos que vocês tem em abundancia, fracos ou fortes... Quando fizerem isso, verão que dano tremendo causam ao reprimir o desejo, ao distorcê-lo, ao querer satisfaze-lo, ao querer fazer algo a respeito dele, ao ter uma opinião acerca desse desejo que experimentam. A maioria das pessoas tem perdido esta paixão. Provavelmente alguma vez você a tenha tido em sua juventude; quem sabe um vago sopro dessa paixão. E a sociedade – que é o que são vocês – reprime isso. Por conseguinte, se tem que amoldar-se a vocês, que estão mortos, que são “respeitáveis”, que nem se quer tem uma chispa de paixão criadora; e então se chega a formar parte disso e, de tal modo, perde esta paixão de sua juventude."
Krishnamurti

28 de abril de 2012

Curtas do dia

Charles Darwin

"Veja que você não é o que [você] acredita ser. Lute com todas as forças à sua disposição contra a idéia de que você é nominável e descritível. Você não é. Recuse-se a pensar em si mesmo em termos disso ou daquilo."
Nisargadatta Maharaj

"Aqueles que se derem ao trabalho de compreender o que tudo isso significa, e que fizerem o que podem para praticar os exercícios necessários, descobrirão com alegria crescente aquela vida nova se abrindo para eles."
Pauyl Brunton

"Atualizai vossos votos interiores, pois estais sendo chamados a outro grau de serviço."
Trigueirinho

"Uma mente apaixonada que sonda, busca, que se abre, que jamais se afirma em si mesma, que não aceita tradição alguma, uma mente jovem, como pode surgir à existência? É indispensável que isso ocorra. (É óbvio que uma mente trivial não pode trabalhar nisso. Uma mente trivial que trata de tornar-se apaixonada, tão somente reduzirá tudo a sua própria trivialidade). Isso deve ocorrer, pois, e pode ocorrer somente quando a mente vê sua trivialidade e, sem dúvida, não tenta fazer nada a respeito. Me expresso com clareza? Provavelmente não. Porém, como disse antes, qualquer mente limitada, por veemente que seja, seguirá sendo trivial. Isso é evidente, por certo. Uma mente pequena, ainda que possa ir a Lua, ainda que possa adquirir uma técnica, ainda que possa argumentar e defender-se com habilidade, é uma mente pequena. Portanto, quando a mente pequena diz: “Devo ser apaixonada para fazer algo que valha a pena”, sua paixão será, sem dúvida, muito insignificante, não é assim? Como se encolerizar diante de uma pequena injustiça, ou pensar que todo mundo está mudando por obra de alguma trivialidade, de pequena reforma que, numa insignificante aldeia sem importância, tenha feito uma mente insignificante e sem importância. Se a mente pequena vê tudo isso, então a mesma percepção de que é pequena faz com que toda sua atividade experimente uma mudança."
Krishnamurti

27 de abril de 2012

Comunidade Mauá, o anúncio de um novo Pinheirinho.


Prepara-se o aparato de segurança pública para cometer mais um crime social, mais um crime moral, mais um crime do Estado contra a nação brasileira, contra a população mais pobre desta nação, sua maioria. Mais uma vez se vê claro, a coisa pública imersa na privada, governos, legislaturas e magistraturas defendem os interesses econômicos de minorias ricas, empresários gananciosos e desumanos. Não preciso dizer muita coisa, os fatos falam por si. As campanhas eleitorais, financiadas por grandes empresários, são funcionários dos seus financiadores, em acertos feitos durante as campanhas, por exigência óbvia dos patrões.

Como acreditar em democracia? Nunca tivemos uma democracia, não sabemos o que é uma democracia. E esse papo de "redemocratização" é uma grande mentira. Os militares foram removidos do poder aparente para a construção de um cenário fajuto de democracia, que se desmente a cada ato do Estado e das suas instituições, a cada ano na sangria orçamentária para os cofres dos bancos internacionais de metade do orçamento que tem o destino desviado da sua função, os serviços públicos, para os tesouros acumulados dos verdadeiros ditadores das políticas públicas, um punhado de magnatas sub-humanos que se apropriaram de todos os meios que poderiam resolver os problemas da humanidade, para manter o controle sobre as sociedades e concentrar mais e mais poder, às custas do sofrimento das massas.

Está rolando um lento despertar, espalhado por aí, sob inúmeras formas. As mentiras, pouco a pouco, vão sendo reveladas, vão sendo percebidas, no ritmo do tempo, em evolução permanente. Que não se espere resultados plenos e rápidos. Participar do processo, de forma lúcida e persistente, já dá satisfação e sentido à vida. A caminhada se faz passo a passo. E, na minha opinião, começa dentro de cada um, pra depois se espalhar, com base no exemplo, nos valores, nos comportamentos - e não na posse da verdade, na definição de um único caminho, no arrebanhamento ideológico. Por aí, não vai e, quando foi, deu merda.

A arrogância dos revolucionários europeístas, seguidores invariáveis de pensamentos alheios, inutiliza ou, no mínimo, enfraquece suas ações, isola-os da população e os restringe a inexpressivas minorias, embora barulhentas - servindo apenas à composição do cenário falsamente democrático.

Eduardo Marinho

Paradoxo do nosso tempo


O paradoxo do nosso tempo na história é que temos construindo cada vez mais alto, mas menor padrão moral, auto-estradas mais largas, mas pontos de vista mais estreitos. Gastamos mais, mas temos menos, compramos mais, mas desfrutamos menos. Temos casas maiores e famílias menores, mais conveniências, mas menos tempo. Nós temos mais diplomas, mas menos senso, mais conhecimento, mas menos juízo, mais especialistas, ainda mais problemas, mais medicina, mas menos saúde.

Nunca estivemos vivendo uma época em que a preocupação com a estética sobrepôs-se de tamanha forma a preocupação com a ética como nos dias de hoje. Revestimos nossas bocas com dentes de porcelanas, mas temos a alma cariada. Nos vestimos de "marcas famosas" para esconder dos outros nossas "marcas desconhecidas" originarias de nossa educação medíocre, disfuncional e estúpida. Fazemos lipoaspirações das gorduras do corpo, mas mantemos nossas mentes com a gordura do embotamento dos condicionamentos e preconceitos disfuncionais oriundos da tradição familiar e social. Investimos nosso tempo e dinheiro em benfeitorias estéticas, mas não nos damos o tempo e a seriedade necessária para a formação de uma consciência apurada e assim nos mantemos num estado de mediocridade, insensibilidade e pobreza de espírito. Lustramos a porcelana, mas não trocamos a água estagnada do vazo. 

Nelson Jonas - nj.ro@hotmail.com

Povo cego

E "Amém"!

Curtas do dia


"Meditação é a tentativa deliberada de atingir estados mais altos de consciência e finalmente ir além. A arte da meditação é a arte da mudança do foco de atenção para níveis ainda mais sutis, sem perder contato com os níveis deixados para trás. O estágio final da meditação é alcançado quando o sentido de identidade vai além do 'Eu-sou-assim-e-assado', além do 'então-Eu-Sou', além do 'Eu-sou-apenas-a-testemunha', além do 'há', além de todas as idéias para dentro do puro ser impessoalmente pessoal. Mas você deve ser enérgico quando medita. Definitivamente, não é uma ocupação de meio período. Limite seus interesses e suas atividades para o que for necessário, para suas necessidades mais básicas e as de seus dependentes. Economize todo seu tempo e energia para quebrar o muro que sua mente construiu à sua volta. Acredite em mim, você não vai se arrepender."
Nisargadatta Maharaj

"Permanecei estáveis em vossos propósitos evolutivos e despreocupados de resultados."
Trigueirinho

"Todos os seres humanos neste planeta são imperfeitos. A perfeição não é plenamente atingível aqui. Mas quando uma pessoa se esforçou por ela e chegou perto dela, a atingirá automaticamente assim que se liberar do corpo."
Paul Brunton

"Obviamente, tem que haver paixão, e o problema é como reviver essa paixão. Não interpretemos mal um ao outro. Quero dizer paixão em outro sentido, não meramente a paixão sensual, que é uma coisa muito pequena. E quase todos nos satisfazemos com isso, porque toda outra paixão tem sido destruída: destruída no serviço, na fábrica, seguindo a rotina de certa ocupação, aprendendo técnicas, aí não existe, pois, paixão alguma, não há um sentido criativo, um sentido de urgência e libertação. Devido a isso, o sexo se torna importante para nós, e ali nos extraviamos na paixão subalterna, que se converte num enorme problema para a mente estreita que se considera virtuosa, ou de outro modo se torna um hábito e morre. Reitero: uso a palavra paixão com o sentido de uma coisa total. Uma pessoa apaixonada que sente com grande intensidade não se satisfaz tão somente com alguma insignificante ocupação, tanto se é a de um primeiro ministro como a de um cozinheiro, ou a que prefiram. Uma mente apaixonada questiona, explora, observa, investiga, exige; não trata de encontrar algum objeto para satisfazer seu descontentamento e colocar-se a dormir. Uma mente apaixonada busca atentamente, caminha na obscuridade, não aceita nenhuma tradição; não é uma mente afirmada em si mesma, uma mente que tenha chegado, senão que é uma mente que está sempre chegando."
Krishnamurti

26 de abril de 2012

O que é ansiedade e como ela acontece?

O que é a ansiedade? Como ela nasce? A ansiedade é um estado psíquico agitado provocado pela sensação de perda de "valores" que causam tensões no corpo e podem levar ao estresse e, até mesmo, à exaustão. Fomos, ao longo de milênios, programados a projetar pensamentos, criando, assim; os ideais. Com base neles associamos fictícios valores ao que precisamos, ou melhor, ao que achamos que precisamos. Não estou falando das reais necessidades do corpo. Esses valores, a que me refiro, são valores sociais e não valores vitais, reais. Esses valores passaram a ter fortes significados em nossas vidas, porque psicologicamente nos vinculamos a eles, mas eles são fictícios, artificais. São invenções de uma sociedade que está estruturada no que é falso, no que é ilusório.

Nessas condições, quando traçamos metas a serem alcançadas, - as quais podem variar, no sentido temporal, de curtíssimo a longuíssimo prazo -, deixamos de lado o que é o mais importante em nossas vidas: o Presente. Não falo do que pensamos sobre o Presente, que é o presente-pensamento ou o presente pensado, que dá no mesmo. Pois, o verdadeiro Presente escapa ao pensamento, pois ele é atemporal e adimensional. Não podemos pensar sobre ele, mas nele -  estando presente - podemos pensar com lucidez. Melhor explicando: quando se está vivendo no Verdadeiro Presente, pode-se fazer uso do pensamento, quando isso realmente se fizer necessário. A grande diferença aqui, é que o pensamento está sendo usado pela Consciência e não, o pensamento fazendo (criando) a consciência como normalmente acontece. A consciência gerada pelo pensamento é fragmentária e fragmentadora, pois, é a consciência relativa; que é a consciência nascida das relações espaços-temporais de fragmentos de memórias, de partes soltas (cinzas), e não a Consciência Verdadeiramente holística, global e completa.

Por trás da ansiedade, encontra-se sempre a identificação com falsos valores e o medo de perdê-los. Este último é um sentimento negativo que está fixado na raiz mestra do psiquismo humano. Pois quando fazemos projeções futuras, com nosssos pensamentos, "acendemos", geramos o medo que está sempre a nos dizer: 1) Cuidado! Não se esqueça dos seus compromissos firmados consigo mesmo; 2) O que você está fazendo agora, no presente, é bobagem se ele lhe afasta dos seus objetivos; 3) Seus objetivos são as coisas mais importantes de sua vida, etc.

A primeira pede para que não nos esqueçamos dos nossos compromissos. Esses compromissos estão fixados em valores que foram firmados e alimentados por uma sociedade que é dominada pelo pensamento que ambiciona chegar ao sentimento de satisfação total, de completude. Só que, na verdade, essa satisfação total e não fugídia, e a completude, não podem ser conquistadas pelo pensamento, pois, foi exatamente pelo domínio do pensamento sobre a Verdadeira Consciência que o sentimento de insatisfação e de incompletude se instalaram na mente humana. A segunda cobrança do pensamento é para verificarmos se o que estamos fazendo, no presente, está de acordo com nossos compromissos, com nossos ideais, pois, se não, devemos largá-lo ou resistirmos psicologicamente à ação. Porém, se está de acordo com o planejado: está tudo bem, e, assim, devemos fortalecer o vínculo, a identificação. Pessoal, o fortalecimento do vínculo, da identificação, não passa de uma sutil fuga AO QUE É; fuga do Presente. Só um expectador imparcial, destacado é que pode perceber essa artimanha enganadora do pensamentopara dar continuidadeai seu próprio movimento. Por último, o pensamento diz: seus objetivos são as coisas mais importantes da sua vida, pois, sem eles, você passará a ser uma criatura sem sentido, sem esperanças e, estará fadada ao fracasso e a desgraça. Com essa artimanha, o pensamento fecha todo o ciclo e realimenta esse sistema vicioso e interminável. Pois, quando os objetivos, os ideais não são traçados pela Verdadeira Inteligência, que está sempre em fase com o Aqui e Agora, os resultados são sempre catastróficos para o indivíduo. Isso pode não ser bem visível aos "olhos" condicionados, pois, os dilatados espaços de tempo entre causas e efeitos enganam a mente condicionada. Fazem ela perder a sequência, o fio do meado, mesmo dentro desse falso contínuo espaço-tempo.

Uma coisa que o pensamento nunca diz e nunca o irá dizer é que no Verdadeiro Presente, o Ser pode fazer tudo, inclusive, projetar ideais e realizá-los sem pressa alguma. Pois, para que a pressa se já se tem tudo o que realmente se necessita? Algumas coisas, ações - mesmo para o Ser - necessitam ser realizadas, mas isso é feito dentro da inteireza e nunca se constitui num problema e nem arrebata a mente do estado de Presença. Só no verdadeiro presente é que existe a verdadeira Felicidade, a verdadeira Paz. Toda corrida humana para conseguir realizar pensamentos ambiciosos e, principalmente, gananciosos, afasta-nos do Presente, e, consequentemente, da Verdadeira Paz.
O mais estranho de tudo isso, é que a antonomia do pensamento nos tira, arrebata-nos do Verdadeiro estado de Felicidade, e, na sequência, o próprio pensamento diz: vamos atrás de nossas felicidades; vamos encontrá-la, custe o que custar.

Finalizando: A coisa mais importante que pode existir é a nossa completa atenção ao que nos está acontencendo e ao que estamos fazendo no Presente. O resto faz parte da grande ilusão, da grande enganação.
Vinícius G A Gerra

Você nunca está satisfeito


Você nunca está completamente satisfeito com o que você é e com o que a existência lhe deu porque você tem sido distraído. Você tem sido dirigido para onde a natureza não tencionava colocá-lo. Você não está se movendo em direção ao seu próprio potencial.

Você está tentando ser o que outros queriam que você fosse, mas isso na pode ser satisfatório. Quando não é satisfatório, a lógica diz: “Talvez não seja o suficiente – tenha mais”. E você  vai em busca de mais e você começa a olhar em volta.

E todos estão usando uma máscara sorridente, aparentando uma felicidade, assim, todos estão enganando aos outros. Você também usa uma máscara, então os outros pensam que você é feliz; você pensa que os outros são mais felizes. Do outro lado da cerca, a grama parece mais verde. Eles olham a sua grama e ela parece mais verde. Parece realmente mais verde, mais espessa, melhor. Essa é a ilusão que a distância cria.

Quando você chega perto começa então a ver que não é assim. Mas as pessoas mantêm os outros à distância. Mesmo amigos, mesmo amantes, mantêm distância entre si. Muita proximidade será perigoso; os outros podem ver a sua realidade.

E você foi desencaminhado desde o princípio, assim, não importa o que faça, você permanecerá infeliz. Você vê alguém com muito dinheiro: talvez o dinheiro traga alegria, pensa você. Olhe aquela pessoa...como parece feliz. Então corra atrás de dinheiro. Alguém tem mais saúde – corra atrás de saúde. Alguém está fazendo alguma outra coisa e parece mais satisfeito – siga-o. Mas são sempre os outros.

A sociedade fez uso disso para que você nunca pense sobre o seu próprio potencial. E todo o tormento é que você não está sendo você mesmo. Simplesmente seja você mesmo e então não existe tormento, não existe competição, não existe aborrecimento, porque outros têm mais, porque você tem menos.

Se você gosta da grama mais verde, não há necessidade de olhar para o outro lado da cerca; torne a grama mais verde do seu lado da cerca; é tão simples tornar a grama mais verde.

O homem tem de estar enraizado em seu próprio potencial, seja ele qual for. E o mundo ficará tão satisfeito que você mal poderá acreditar.

Osho

A justiça não é cega


Num ritmo diferenciado dos demais dias, ele adentrou na padaria, vestindo uma engomada camisa social, uma vincada calça de linho e sapatos impecavelmente lustrados. Como de costume, me cumprimentou com aquele social "bom dia", o qual retribui, seguido da pergunta:

— Onde vai logo cedo com tamanha elegância? Fazer exames?

— Antes fosse; hoje tenho que prestar depoimento diante do juiz. Vamos em quatro: eu, um delegado e mais dois amigos, também policiais. Tenho que ir assim vestido por causa desse juiz, já conheço o figura. Com ele, preso tem que ir vestido com roupa de preso e, se você for de qualquer jeito, ele nem te deixa entrar na sala de audiência, não te escuta. O figura é casca grossa!

Uma vez dito isto, cumprimentou os demais colegas da padaria e se posicionou como sempre, diante da mesma, com seu olhar silenciosamente observador. 

Enquanto me deliciava com mais um gole de café expresso, questionei com meus botões:

— Que raio de justiça é essa que, para sermos ouvidos, nos rouba o direito da liberdade de nosso cotidiano modo de ser?

Nelson Jonas - nj.ro@hotmail.com

Uma pergunta essencial


Quanto mais observo a acelerada, superficial, mecânica e logisticamente automatizada vida das pessoas, mais me dou conta do quão pouco me é necessário para, de forma positiva, responder a essencial pergunta: sem isso tudo, sou feliz?

Nelson Jonas - nj.ro@hotmail.com

Curtas do dia


"Quando você não exigir nada do mundo, nem de Deus, quando você não quiser nada, não buscar por nada, e não esperar nada, então o Estado Supremo virá até você sem ser convidado, e inesperado."
Nisargadatta Maharaj

"Uma vez que tenha reconhecido sua responsabilidade com relação ao cumprimento deste propósito superior, para o qual a Sabedoria Infinita o pôs aqui, ele também terá que reconhecer a obrigação de devotar algum tempo todo dia para estudo e meditação sobre esse propósito..."
Paul Brunton

"Guardai silêncio e preservai um local adequado para vossos contatos."
Trigueirinho

"Vocês não podem ser sensíveis se não são apaixonados. Não tema essa palavra paixão. Quase todos os livros religiosos, quase todos os gurus suamis, lideres e demais tem dito: “Não sinta paixão”. Porém, se você carece de paixão, como pode ser sensível ao feio, ao belo, as folhas sussurrantes, ao por do sol, a um sorriso, a um canto? Como pode ser sensível sem um sentido de paixão que implica a entrega de si mesmo? Senhores, por favor, escutem-me, não perguntem como adquirir a paixão. Sei que todos são bastante apaixonados quando tratam de conseguir um emprego, ou quando odeiam a um pobre tipo, ou quando estão com ciúmes de alguém; porém, eu me refiro a algo completamente diferente: uma paixão que ama. O amor é um estado em que não existe “eu”; é um estado em que não existe condenação alguma, nem um julgar que o sexo é bom o mal, que isto é superior e aquilo outro é inferior. O amor não é nenhuma destas coisas contraditórias. A contradição não existe no amor. E como se pode amar se não é apaixonado? Sem paixão, como se pode ser sensível? Ser sensível é perceber ao vizinho que se senta junto a nós; é ver o desagradável da cidade com sua esqualidez, sua sociedade, sua pobreza, ver a beleza do rio, do mar, do céu. Se você não é apaixonado, como pode ser sensível a tudo isto? Como pode sentir um sorriso, uma lágrima? O amor, lhes asseguro, é paixão."
Krishnamurti

Sagrada insistência


Mesmo sem renda ter,
não me rendo;
insisto em ser,
eu mesmo.

Nelson Jonas - nj.ro@hotmail.com

25 de abril de 2012

Fato

"Não há escravos mais felizes, 
do que aqueles que acreditam que são livres......"
Goethe

Security Essentials


A meditação é o antivírus do espírito,
um firewall contra condicionamentos.

Nelson Jonas - nj.ro@hotmail.com

Chico Mendes - O preço da floresta - 2008



Chico Mendes era visto pelos poderosos no Brasil como um estorvo, como um terrorista, como um guerrilheiro, mesmo sem nunca ter pegado numa arma e sempre ter pregado a paz. Frequentemente pessoas como ele são assassinadas no Brasil por pessoas nunca chamadas de terroristas. Foi morto por representar um empecilho ao pensamento atrasado dos latifúndiários pecuaristas e dos madeireiros, ou seja, pelo impedimento de se destruir a floresta. Muitas de suas idéias à frente de seu tempo, hoje são realidade, como o desenvolvimento e manejo sustentável de madeira da Amazônia, as cooperativas que agregam valor a produtos da floresta. Hoje graças a ele, inúmeras reservas extrativistas foram criadas no Brasil e tem o tamanho maior que Portugal. Chico Mendes conseguiu junto ao Banco Interamericamo de desenvolvimento, na condição de seringueiro, o cancelamento do investimento da Transamazônica, projeto dos militares que acabaria de vez com a floresta. Apesar de não ser conhecido no Brasil, ele era figura renomada na Europa e América do Norte, inclusive recebendo o maior prêmio da ONU em proteção ambiental. A sua morte só foi passada aqui por ter sido noticiada antes no mundo inteiro. Vale muito a pena ver a história dessa luta e o legado que Chico Mendes deixou para Xapuri, para a Amazônia, para o Brasil e para o Mundo.

Chico Mendes: eu quero viver



Chico Mendes: eu quero viver
Ano: (1989)
Direção: Adrian Cowell e Vicente Rios

"Meu sonho é ver toda esta floresta conservada, porque nós sabemos que ela pode garantir o futuro de todas as pessoas que vivem nela. E não é só isso. Eu acredito que em alguns anos a Amazônia pode se tornar uma região economicamente viável, não apenas para nós, mas para a nação, toda da humanidade e todo o planeta. Não quero flores em meu funeral porque sei que elas seriam tiradas da floresta. Só desejo que meu assassinato sirva para por fim à impunidade de pistoleiros que são protegidos pela Polícia Federal do Acre. Se um mensageiro descesse do céu e garantisse que minha morte ajudaria a fortalecer nossa luta, ela até valeria a pena. A experiência nos ensina o contrário. Não é com grandes funerais e manifestações de apoio que iremos salvar a Amazônia. Eu quero viver [...]" (Citação de Francisco Mendes Filho, líder nacional dos seringueiros e presidente dos Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri-AC. Assassinado no dia 22 de dezembro de 1988 a mando de latifundiários da região" (COWELL, 2010, não paginado).

O que é um estado de Supraconsciência?


Para alcançar as regiões mais silenciosas da consciência, temos de escapar das regiões barulhentas da nossa mente, nas quais desperdiçamos a maior parte de nosso tempo. Isso requer um controle de nossos pensamentos. Poderemos então ser capazes de alcançar aquela região silenciosa que é a moradia do Espírito, pois não conheço melhor definição da palavra Espírito senão a de que ele é a Consciência pura, desprovida de quaisquer pensamentos e palavras. A aquisição de níveis mais elevados de consciência está intimamente vinculada a certas práticas religiosas e, mais especificamente, às práticas de meditação e contemplação. Estas constituem os primeiros passos para a disciplina da mente, o que, no decorrer do tempo, pode conduzir à aquisição de níveis mais elevados de consciência. A meditação também é a entrada para um caminho novo e muito mais direto do conhecimento, um caminho no qual o "conhecido" e a "coisa conhecida" unum-se e tornam-se a mesma coisa. Trata-se de uma senda difícil de ser trilhada porque nossa atenção está sendo, repetida e novamente, atraída pela incessante tagarelice que ocorre em nossas cabeças. Eventualmente, porém, podemos conseguir, por um curto espaço de tempo, alcançar um estado de consciência pura, isenta de pensamentos, um estado no qual a verdade nos é revelada diretamente e sem o uso de palavras.

Nesses momentos, vemos, em vez de pensar, e é só mais tarde que começamos a procurar de modo desajeitado as palavras através das quais tentamos expressar o que nos foi revelado. Não há nada de "pessoal" ou mesmo individual no conhecimento direto que nos chegam num estado Supraconsciente. Nossa consciência individual dissolveu-se numa consciência muito mais ampla, que consideramos Universal. Desse modo, também estivemos cientes da presença, em nosso interior, de algo muito mais elevado do que nós próprios, de algo que, na falta de algum outro termo, fomos forçados a chamar de Deus. 

Os estados supraconscientes podem surgir, mas não necessariamente, como uma recompensa pela autodisciplina da meditação. Embora nunca perdurem por um tempo muito longo, durante esses estados temos a impressão de estarmos habitando num "eterno agora". Em breve, porém, a intensidade de nossa nova sensação de "ser" enfrequece, o nível de nossa consciência diminui, nossas personalidades afirma-se de novo e retornamos, uma vez mais, ao mundo do tempo e das tagarelices interiores. Daquilo que se passou, permanece apenas uma sensação de gratidão pelo que aconteceu. A vida então absorve-nos de novo e desaparecemos. Contudo, é bem provável que jamais nos esqueceremos daquilo que nos aconteceu. Nossa experiência do estado supraconsciente  permanece para nós como o evento psíquico mais importante de nossas vidas.

Kenneth Walker

Curtas do dia


"O seu próprio Self é o seu professor definitivo. O professor externo é meramente um marco na estrada. É apenas o seu professor interior que caminhará com você até a meta, porque ele é a meta."
Nisargadatta Maharaj

"Seria completamente falso considerar o Vazio como sendo um nada e contendo nada. Ele é o próprio Ser, e contém a realidade subjacente a todas as cosias. Nem é ele um tipo de inércia, de paralisia. Toda ação surge dele, todas as forças do mundo provém dele."
Paul Brunton

"Quando tarefas internas vos são reveladas, trazem uma prova para o vosso eu consciente."
Trigueirinho

"A maioria de nós emprega a paixão somente em relação com uma coisa: o sexo; ou bem se sofre apaixonadamente, ou se trata de resolver esse sofrimento. Porém, eu uso a palavra paixão no sentido de um estado da mente, um estado de ser, um estado de nossa essência interior – se é que existe tal coisa – que sente com muita força, que é altamente sensível, tão sensível à sociedade, à esqualidez, à pobreza, como as enormes riquezas com sua corrupção, à beleza de uma árvore, de um pássaro, do fluir do rio, do charco que reflete sobre si o céu noturno. É indispensável sentir tudo isto intensamente, energicamente. Porque sem paixão a vida se torna vazia, superficial, e não tem muito sentido. Se você não pode ver a beleza de uma árvore e amar essa árvore se não pode sentir afeto por ela, você não está vivendo."
Krishnamurti

Palhaçada Governamental

"Brasileiros, continuem cobrando e se manifestando porque essa palhaçada vai piorar quando tiver a um ano e meio da Copa. O pior ainda está por vir, porque o governo deixará que aconteçam as obras emergenciais, as que não precisam de licitações. Ai vai acontecer o maior roubo da história do Brasil",

Romário

Filme - Um coração dividido

Um Coração Dividido
Título original: The Lady
De: Luc Besson
Com: Michelle Yeoh, David Thewlis, Jonathan Raggett
Género: Drama, Biografia

País: FRA, 2011, Cores, 132 min.

Um filme biográfico sobre Aung San Suu Kyi (Michelle Yeoh), ativista política e Prêmio Nobel da Paz em 1991, que se tornou um símbolo da revolução birmanesa em favor da democracia. A sua vida está indelevelmente ligada à história de amor com o escritor Michael Aris (David Thewlis), com quem foi casada até à morte deste, em 1999. Apesar de nem sempre ter podido estar ao seu lado, Aris tentou manter o foco da opinião pública mundial sobre a sua mulher e os problemas humanitários da Birmânia. A 13 de Novembro de 2010, após década e meia em prisão domiciliária, Aung San Suu Kyi foi finalmente libertada.


24 de abril de 2012

Sangue Latino - Leonardo Boff


Leonardo Boff • Sangue Latino 2010 from Breno Cunha on Vimeo.

Volte Para O Seu Lar


Volte Para O Seu Lar
Marisa Monte

Aqui nessa casa
Ninguém quer a sua boa educação
Nos dias que tem comida
Comemos comida com a mão
E quando a polícia, a doença, a distância, ou alguma discussão
Nos separam de um irmão
Sentimos que nunca acaba
De caber mais dor no coração
Mas não choramos à toa
Não choramos à toa

Aqui nessa tribo
Ninguém quer a sua catequização
Falamos a sua língua,
Mas não entendemos o seu sermão
Nós rimos alto, bebemos e falamos palavrão
Mas não sorrimos à toa
Não sorrimos à toa

Aqui nesse barco
Ninguém quer a sua orientação
Não temos perspectivas
Mas o vento nos dá a direção
A vida que vai à deriva
É a nossa condução
Mas não seguimos à toa
Não seguimos à toa

Volte para o seu lar
Volte para lá

Volte para o seu lar
Volte para lá

O Fenômeno Finlandês


“Existe um país onde os estudantes começam a estudar em uma idade mais avançada, assistem a menos aulas, tem três meses de férias de verão, passam menos tempo na escola por dia, raramente tem dever de casa e raramente são avaliados.”

“Existe um país onde professores são profissionais respeitados e rapidamente recebem um cargo, são raramente avaliados, ganham bons salários e tem um sindicato forte. ”

“Existe um país onde as escolas recebem fundos modestos, desenvolvem seus próprios currículos, pesquisam e adotam novas tecnologias, não tem diferenças de rendimento entre os alunos e não deixam nenhuma criança para trás.”

“Esse país é classificado no topo da lista por quase todas as medições.”
“Bem vindo à Finlândia.”

São com essas sentenças que começa o documentário “The Finland Phenomenon: Inside the World’s Most Surprising School System” (O Fenômeno Finlandês: Dentro do Mais Surpreendente Sistema Escolar do Mundo) de Robert A. Compton, dirigido por Sean T. Faust e apresentado pelo Dr. Tony Wagner. O filme mostra o sistema de ensino na Finlândia, um país que saiu da segunda guerra mundial com uma economia agrária e hoje é líder em desenvolvimento tecnológico sendo classificado pela ONU em 1º lugar em matéria de educação no mundo.

A grande diferença é que em vez dos professores ensinarem um conteúdo para os alunos, as crianças são ensinadas a pensar por elas mesmas incentivando a criatividade, a curiosidade e a imaginação. Elas são estimuladas a resolver problemas, pesquisando e analisando as informações sozinhas, ter clareza de pensamento e fazer críticas.

Um bom exemplo desse método é quando ensinam o teorema de Pitágoras, em vez do professor explicar para os alunos como chegar na famosa fórmula (a2 = b2 + c2), ele os conduz para que descubram o teorema por si mesmos.

No decorrer das aulas procura-se que 60% do tempo seja dos alunos, para discutir o assunto, e os 40% restantes do professor, deixando os estudantes mais livres para chegarem as suas próprias conclusões. Além disso, também permite que os professores dediquem mais atenção para as crianças com maior dificuldade não permitindo que ninguém fique para trás.

A necessidade de testes e provas para avaliar o desempenho do aluno é quase inexistente assim como não existem turmas especiais, todos os alunos recebem a mesma qualidade de ensino, não importando onde estudem, sua condição social, raça, religião etc.

Todos os professores, até os de 1º grau, precisam ser mestres para exercer a profissão, significando pelo menos 5 anos de estudos, 3 para o bacharelado mais 2 para o mestrado e mesmo assim apenas 10% dos candidatos são absorvidos pelo sistema de ensino que diga-se de passagem é público.

Os candidatos que conseguem se tornar professores primeiro viram “professores-estudantes” onde terão que assistir as aulas, junto com os alunos, ministradas pelos mais experientes “professores-mestres”. Depois de cada aula os professores-estudantes discutem com os professores-mestres suas observações sobre o método de ensino, o que fariam diferente e assim por diante. Esse sistema cria um ambiente onde os professores estão constantemente aprendendo e aperfeiçoando-se com o “feedback” dos demais. É um sistema dinâmico onde o professor não é um profissional solitário diferente da maioria dos outros países.

E isso é possível porque na base do sistema está a confiança de que está sendo realizado um trabalho de alta qualidade pelas instituições educacionais e professores. Um bom exemplo são os currículos. O Ministério da Educação da Finlândia tem um currículo básico, mas confia nos municípios e suas escolas para adequá-los as necessidades locais, ou seja, as escolas criam seus próprios currículos em cima do básico. Por sua vez as escolas confiam nos professores para ensinar da maneira que acham melhor não havendo a necessidade de avaliá-los.

O surpreendente é que o sistema foi implantado em apenas 25 anos. Na década de 1970 quando a força de trabalho começou a diminuir, o governo tomou a decisão que a base do desenvolvimento do país não iria mais ser a produção industrial, mas a capacidade de desenvolvimento intelectual da população. Isso levou a Finlândia, hoje, ter um orçamento de 3,5% do PIB para Pesquisa e Desenvolvimento, o 3º maior do mundo e também ser o país com a maior taxa per capita de pesquisadores no mundo.

Como Einstein uma vez disse: “A formulação do problema é mais importante que a solução”.

Por: Francisco Roland Di Biase

Referência:
The Finland Phenomenon: Inside the World’s Most Surprising School System de Robert A. Compton e dirigido por Sean T. Faust.

Educação ainda que tardia


Nossa educação sofreu e parece ainda sofrer de uma enorme inversão de valores, os quais ainda não foram devidamente estudados pela ciência. Somos educados para a busca do alcance do estado mais elevado de padrão social e não para a busca do mais elevado estado de consciência, capaz de esclarecer um processo de descontinuidade do herdado caos formado pela ambição geradora da enorme desigualdade social. Somos educados para dedicar nossa vida à uma alienante especialização, desde que lucrativa, e não ao pleno desenvolvimento de todos os nossos canais de sensação e percepção de mundo. Em resultado disso, todo homem alienado é um co-responsável pelo presente, complexo e intrincado caos social, este resultante da supressão sistêmica de seus sentidos mais intrinsícos que apontam para a manifestação de uma consciência amorosa, dotada de uma genuína responsabilidade social. Sair do controlado e egocentrado estado de consciência, socialmente culturado, significa ter a ousadia de lutar pelo resgate do abortado processo de desenvolvimento da inteligência humana e, através desse resgate, ser mais um conspirador pelo alastramento dessa inteligência no absurdo, gritante e desnivelado terreno social.

Nelson Jonas - nj.ro@hotmail.com

Sobre a revolução radical

Clique na imagem para ler melhor a tira

No café da manhã, o homem parece estar mais preocupado em discutir uma revolução radical no ritmo do time de seu coração, do que na revolução saneadora da disritmia de seu coração sem coração.

Nelson Jonas - nj.ro@hotmail.com

A Realidade das Coisas

610

Este viver continuamente em Mim poderá ser difícil no princípio, porque o Mundo, o Demônio e a Carne ainda se fazem sentir em tua consciência. Porém, acostumar-te-ás ao uso dos Meus Olhos Im-pessoais, e serás de pronto capaz de olhar para dentro da Realidade das coisas, sim, até mesmo dentro da Realidade desses aparentes Senhores da Terra. Constatarás, então, que vives em um maravilhoso Mundo novo, povoado de Seres Angelicais, usando seus corpos carnais de suas personalidades humanas, meramente como veículos, ou instrumentos ou roupagem, que lhes servem para pôr-se em contato com as condições e experiências terrenas que Eles criaram a fim de desenvolver as qualidades da Alma necessárias para a perfeita expressão de Minha Idéia sobre a terra.
 
JOSEPH S. BENNER.

Curtas do dia


"Não há esforço no testemunhar. Você só compreende que é a testemunha, e o testemunhar age. Você não necessita de nada mais, apenas precisa se lembrar de que você é a testemunha."
Nisargadatta Maharaj

"... Uma vez que ele tenha se comprometido com essa busca, descobrirá que os eventos se ordenam de tal forma como que para lhe indicar sua sinceridade, examinar seus motivos, mostrar suas fraquezas e descobrir suas virtudes. Sua devoção ao ideal filosófico será testada, sua lealdade à meta será provada."
Paul Brunton

"Maior oportunidade de transcendência é oferecida aos seres que se trabalham e se purificam continuamente."
Trigueirinho

"A tomada de consciência da ignorância é o começo da franqueza e da honestidade. Já não possuir essa consciência da ignorância conduz à obstinação e à credulidade.(...) A mente deve libertar-se do desejo que é a causa da ignorância e da infelicidade, porquanto é essencial que a mente possua virtude e seja livre da ânsia do querer; é essencial que detenhamos uma mente completamente franca e honesta e isso procede da humildade. E uma integridade assim não é uma virtude nem um fim em si mesma mas um subproduto do pensamento que se liberta por si mesmo do processo do desejo de mais- que se exprime a si mesmo principalmente na sexualidade ou através da prosperidade mundana, da imoralidade impessoal e da fama."
Krishnamurti

Sob os telhados da burguesia


Sob os telhados de um lar burguês, 
quanto maior a metragem, 
maior o eco da ambição, 
mentiras, segredos e solidão.

Nelson Jonas

23 de abril de 2012

Plinio Marcos




Entrevista de Plínio Marcos de Barros (Santos, 29 de setembro de 1935 — São Paulo, 19 de novembro de 1999), escritor brasileiro, autor de inúmeras peças de teatro, escritas principalmente na época da censura no Jô Soares em 1988. Foi também ator, diretor e jornalista. É pai do dramaturgo Léo Lama



Milton Santos no Roda Viva



...Como intelectual eu devo me habituar a estar sozinho; não tenho que me preocupar com quem me acompanha, porque não é próprio do intelectual se preocupar se tem apoio ou não. São a exposição das idéias, a coragem de defendê-las até o fim...

...O intelectual existe pra criar um desconforto; é o seu papel e ele tem que ser forte o bastante sozinho pra continuar exercendo esse papel. De tal maneira que o que os outros pensem, lhe é indiferente.
Milton Santos

A Unidade

501

Porém, se já estás farto de ensinamentos e mestres, estiveres seguro de que em teu interior é que se acha a Fonte de Sabedoria, estas palavras haverão de levar a teu coração alegria indescritível. Pois não te confirmam elas aquilo que tu já havias sentido em teu interior como verdadeiro?

502

Mas, para ti que ainda não podes compreendê-lo e necessitas de um Mediador, para ti tenho previsto a história do Cristo crucificado para tua redenção. Ela te faz ver como desejo Eu que tu vivas, de modo que, pela crucificação de tua personalidade, possas expandir tua consciência até atingir a Unidade Comigo.
 
 
JOSEPH S. BENNER.

Você sabe com quem está falando?


Palestrante e filósofo, Mario Sergio Cortella, em uma palestra para funcionários do Banco do Brasil, abrindo a mente de muita gente arrogante.

Marçal de Souza Tupã





Marçal de Souza Tupã i : Pequeno Deus, um grande ideal uma história esquecida.

Vídeo Documentário sobre um dos maiores líderes indígenas de Mato Grosso do Sul.

Trabalho Final de Graduação realizado pelos alunos de Produção Multimídia da Faculdade Anhanguera Uniderp Dourados sob coordenação do Professor Osni Dias

Produzido por: Dalila Cividini,Ednaldo Rocha, Leonardo Fernandes e Marcos Bonilha

- Exibido no Festival VIB Vídeo Índio Brasil - Campo Grande - MS (2008)
- Exibido no VIII Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros - GO (2008)
- Exibido no Festival América do sul - Corumbá - MS (2009)
Prêmio de Melhor Roteiro Original no Festival Pipoca de Ouro - UCDB
Prêmio de Melhor Vídeo Documentário no Festival Universitário Áudiovisual de Mato Grosso do Sul (FUÁ 2008)

Quem quer saber o que?

Sobre orgulho ferido


O que nos faz acreditar em falsas promessas?
Nossa incapacidade de percepção do real.
Culpar o outro por nossa limitação
é ausência de humildade, é orgulho ferido,
e este, sempre busca por um bode expiatório.

Nelson Jonas

A Vida Impessoal

Caros Amigos,
 
sugiro a leitura do livro A VIDA IMPESSOAL de

JOSEPH S. BENNER.

 
 
 
 

Curtas do dia


"O que quer que você faça, na busca pela iluminação, te aproxima. O que quer que você faça, sem se lembrar da iluminação, te afasta. Mas para que complicar? Apenas saiba que você é além de todas as coisas e pensamentos. O que você quer ser, você já é. Apenas mantenha isso em mente."
Nisargadatta Maharaj

"Este é o paradoxo: que tanto a capacidade para pensar profundamente quanto a capacidade para se abstrair do pensar são necessárias para se atingir esta meta."
Paul Brunton

"Abri-vos a reconhecer onde deveis estar, o trabalho que deveis fazer e a atitude que deveis ter a cada momento."
Trigueirinho

"Na maioria de nós existe pouquíssima paixão. Podemos ser voluptuosos, ansiar por algo, desejar fugir de algo, e tudo isto nos dá certa intensidade. Porém, a menos que despertemos e exploremos nesta chama de paixão sem causa, não poderemos compreender isso que chamamos dor. Para compreender algo, vocês devem ter paixão, a intensidade da atenção total. Quando existe paixão por algo que produz contradição, conflito, não pode existir esta chama pura da paixão; e esta chama pura da paixão deve existir para terminar a dor, para dissipá-la completamente."
Krishnamurti
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Que bom que você chegou! Junte-se à nós!