Aviso aos navegantes

Este blog é apenas uma voz que clama no deserto deste mundo dolorosamente atribulado; há outros e em muitos países. Sua mensagem é simples, porém sutil. É uma espécie de flecha literária lançada ao acaso, mas é guiada por mãos superiores às nossas. À você cabe saber separar o joio do trigo...

2 de fevereiro de 2013

Como se libertar do “sistema”?

Pergunta: estou contaminado pela sociedade. Como poderei livrar-me dessa contaminação?

Krishnamurti: Ora, a questão não é de como vos libertardes dessa contaminação, porque, assim, apenas criais outro conflito, outro problema. O “eu” não está contaminado pela sociedade; ele é a própria contaminação. O “eu” é uma coisa que se formou pelo conflito, pela inveja, pela ambição e o desejo de poder, pela agonia, o sentimento de culpa, o desespero. E é possível o “eu” dissolver-se sem conflito?

Isso não são questões teóricas ou teológicas. Se uma pessoa tem sério interese em compreender a si própria, verá que todo esforço para dissolver o “eu” tem motivo; resulta de uma reação e, por conseguinte, faz parte ainda  do “eu”. Que se pode fazer, então? Pode-se ver o fato e nada fazer em relação a ele. O fato é que todo pensamento, todo sentimento é resultado da sociedade, com suas ambições, sua inveja, sua avidez; e esse processo constitui a sua dissolução; não se precisa fazer esforço nenhum para dissolvê-lo. perceber uma coisa venenosa é deixar de tocá-la.

Krishnamurti —10 de julho de 1962

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