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Este blog é apenas uma voz que clama no deserto deste mundo dolorosamente atribulado; há outros e em muitos países. Sua mensagem é simples, porém sutil. É uma espécie de flecha literária lançada ao acaso, mas é guiada por mãos superiores às nossas. À você cabe saber separar o joio do trigo...

17 de julho de 2013

Na jornada do autoconhecimento, os livros não têm importância

Pergunta: Como você aprendeu tudo isso que fala, e como chegaremos a conhecê-lo?

Krishnamurti: Esta é uma boa pergunta, você não acha? Pois bem; se posso falar um pouco sobre minha própria pessoa, saiba que não li nenhum dos livros que tratam dessas coisas, nem o Upanishads, nem o Bhagavad Gita, nem livros de psicologia; mas, como já lhe disse, se você observar sua própria mente, lá encontrará tudo. Assim, pois, quando você empreende a jornada do autoconhecimento, os livros não têm importância. É como entrar num país estranho onde se começa a ver coisas novas, a fazer extraordinários descobrimentos. Mas, veja, tudo isso é destruído, se você dá importância a si mesmo. No momento em que diz: “Descobri, sei, sou um grande homem porque descobri isto e aquilo”, nesse momento você está perdido. Se você tem de fazer uma longa viagem, deve levar pouquíssima bagagem; se deseja galgar grandes alturas, deve viajar leve.

Esta pergunta, por conseguinte, é importante, porque o descobrimento e a compreensão vêm com o autoconhecimento, pela observação dos movimentos da mente. O que você diz a respeito do próximo, sua maneira de falar, de andar, de olhar o céu, sua maneira de tratar as pessoas, de cortar um ramo de árvore — todas essas coisas são importantes, porque atuam como espelhos que lhes mostram exatamente como você é, se está vigilante, descobre “de novo” todas as coisas, momento por momento. 

Krishnamurti — A Cultura e o problema humano

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