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Este blog é apenas uma voz que clama no deserto deste mundo dolorosamente atribulado; há outros e em muitos países. Sua mensagem é simples, porém sutil. É uma espécie de flecha literária lançada ao acaso, mas é guiada por mãos superiores às nossas. À você cabe saber separar o joio do trigo...

21 de julho de 2013

Por que o homem é tão insensível?

Por que o homem é tão insensível?

Isso é bastante simples, não? Quando a educação se limita a transmitir conhecimentos e a preparar o estudante para obter empregos; quando lhe acena com ideais e o ensina a interessar-se unicamente em seu próprio sucesso — é obvio que o homem tem de tornar-se insensível. A maior parte de nós não tem amor em nossos corações. Nunca olhamos para as estrelas ou nos deleitamos com o murmúrio das águas; nunca observamos a dança do luar sobre as águas de uma torrente, ou o voo de uma ave. Nenhuma canção temos em nosso coração; estamos sempre e sempre ocupados; nossa mente está cheia de planos e de ideais de salvação da humanidade; professamos a fraternidade, e nossa própria fisionomia nos desmente. Eis porque é tão importante recebermos a educação correta enquanto ainda somos jovens, enquanto nossa mente e coração são receptivos, sensíveis, ardorosos. Mas esse ardor, essa energia, essa compreensão “explosiva”, são destruídos quando temos medo; e, em geral, tememos. Tememos nossos pais, nossos mestres, o sacerdote, o governo, o patrão; temos medo de nós mesmos. Consequentemente, a vida se torna coisa temível, sombria, e por isso o homem se torna insensível. 
Krishnamurti — A cultura e o problema humano 

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