Aviso aos navegantes

Este blog é apenas uma voz que clama no deserto deste mundo dolorosamente atribulado; há outros e em muitos países. Sua mensagem é simples, porém sutil. É uma espécie de flecha literária lançada ao acaso, mas é guiada por mãos superiores às nossas. À você cabe saber separar o joio do trigo...

18 de março de 2015

Bem-vindo ao Mundo Real

Vídeo do diretor Jörg Dittmar abordando o tema da iluminação na perspectiva budista.
Adaptação e Legendas: Gaspar Guimarães
Tradução: Denise Kato

1 de março de 2015

Sobre o condicionamento corporal



Quando deixamos de nos identificar totalmente com as formas, a consciência - quem somos - é liberada do seu aprisionamento à forma. Esta libertação é o despontar do espaço interior. Chega como uma espécie de quietude, uma paz subtil que se apodera do fundo de nós mesmos, inclusive perante algo aparentemente negativo. Também isto irá passar. De repente, cria-se um espaço à volta do acontecimento. Há igualmente um espaço em redor dos altos e baixos emocionais, e até mesmo à volta da dor. E, acima de tudo, existe um espaço entre os nossos pensamentos. E esse espaço emana uma paz que não é «deste mundo», pois este mundo é a forma, e a paz é o espaço. Esta é a paz de Deus.


Agora podemos apreciar e honrar as coisas deste mundo sem lhes dar uma importância e um significado que elas não tem. Podemos participar na dança da criação e ser ativos sem apego aos resultados e sem fazer exigências despropositadas ao mundo: faz-me sentir realizado, faz-me feliz, faz-me sentir seguro, diz-me quem sou. O mundo não nos pode dar estas coisas e, quando deixamos de ter estas expetativas, todo o sofrimento criado por nós próprios chega ao fim. Todo este sofrimento deve-se a uma sobrevalorização da forma e a uma inconsciência da dimensão do espaço interior. Quando esta dimensão está presente na nossa vida, podemos desfrutar das coisas, das experiências e dos prazeres dos sentidos sem nos perdermos neles, sem um apego interior a eles, ou seja, sem nos viciarmos no mundo.

Eckhart Tolle (Um Novo Mundo, pág. 185)

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