Aviso aos navegantes

Este blog é apenas uma voz que clama no deserto deste mundo dolorosamente atribulado; há outros e em muitos países. Sua mensagem é simples, porém sutil. É uma espécie de flecha literária lançada ao acaso, mas é guiada por mãos superiores às nossas. À você cabe saber separar o joio do trigo...

11 de novembro de 2019

Sobre os impulsos emotivos reativos suicidas

A ausência de sentido do processo de despessoalização

A crença gera o sofrimento que gera novas crenças

Sobre o abuso da vontade pessoal

Sobre a questão do tempo e do espaço

Sobre a observação passiva e não reativa

Pela crença em novos conceitos, não se vive a Inconceituada Natureza

A mudança do padrão de sono, na maturação do observador

A instalação do observador, já é uma manifestação transpessoal

Não é o mundo que cria a pessoa, é a pessoa que cria o mundo

Sobre o funcionamento da instalação da adulterante pessoalidade

Desesperar jamais, e esperar, menos ainda

A incondicionada realidade última é transpessoal, atemporal e não espacial

30 de outubro de 2019

O observador e o aterrorizante vazio de identificação pessoal

No conhecimento de sua exata natureza, a definitiva libertação do medo

Praticar o poder do agora, é uma prática na ilusão

Enquanto na pessoa, você é um pacote de memórias reagentes

Sobre o condicionamento da ação da Graça

A comunhão é uma construção dentro da ilusão pessoal

O observador e o xeque-mate da estranheza e do nada

A pessoalidade é a droga mais vendida

O observador, a morbidez e a Suicidal Tendencies

A pessoalidade não suporta se entregar ao nada fazer

Evitar o desequilíbrio, já é um modo de desequilíbrio

É possível equilíbrio na ilusão?

Será realmente necessário o estudo de várias escolas espirituais?

19 de outubro de 2019

Que vida é essa que você se ressente de estar perdendo?

Pare de tentar compreender o que já é você desde toda eternidade

Devo ou não devo comer carne?

Como assim, a pessoa não existe?

Quando o observador está pronto, o pessoal junto com ele desaparece

Na não ação que não é reação, a liberdade

O massacre da pessoa e a sensação de estar a par da vida

Falando do clube de luta do vazio pessoal

A dependência de sexo e relacionamento como trave de tropeço ao amor tra...

A influência do trabalho na percepção de nossa exata natureza

Diálogo sobre o vislumbre do Transpessoal

29 de setembro de 2019

6 de abril de 2019

Sem o amor transpessoal, como viver nesse mundo?

Enquanto funcionamos com base numa mente adquirida, com uma mente fundamentada no medo e no cálculo autocentrado; enquanto por não identificarmos, de imediato, o mecânico e não solicitado fluxo do imaginal-sensorial condicionado pela cultura, nos identificamos com os neuróticos impulsos emotivos reativos. Por causa de tal adulterante identificação, nos comprometemos com situações, empregos, atividades e relações, os quais não tem a verdade e o amor como fundamento, mas sim a busca de segurança, de prestígio, de satisfação sensorial, de validação social, que acabam por se transformar, inevitavelmente, em falsas dependências. Por nos faltar a amorosa, espontânea e integrativa lucidez, vivemos num constante círculo de adulterações, as quais vão se acumulando até chegar um ponto em que as mesmas nos sufocam, retirando todo o sentido de nossa existência e nos levando à um constante estado de ansiedade, conflito, pensamentos contraditórios, medos e confusão. Enquanto não percebemos essa total ausência da amorosa, espontânea e integrativa lucidez, permanecemos alimentando esse círculo de adulteração, cuja base é o cálculo autocentrado. Quando nos tornamos conscientes desse mecanismo pelo qual funcionamos durante toda a existência, percebemos a nossa real impotência, a qual se manifesta na ausência dessa amorosa e integrativa lucidez, desse espontâneo percebimento libertário que nos aponte a ação correta, pela qual uma nova intencionalidade, uma nova qualidade de sentir, possa se apresentar diante das situações, atividades e relacionamentos com os quais estamos comprometidos. 

Sem a eclosão dessa amorosa, espontânea e integrativa lucidez, continuamos perdidos, reagindo imaturamente, ainda que tentado acertar, mas alimentando novas formas de ilusão. Quando percebemos, com a totalidade de nosso ser, a ausência dessa amorosa, espontânea e integrativa lucidez reparadora, nos vemos envolvidos por um misto de ansiedade, angústia e medo; a ansiedade pela mudança libertária, a angústia de não saber como realiza-la e o medo de perder as situações a que nos apegamos. 

Perceber que não sabemos o que é amor, felicidade, liberdade, comunhão e genuína criatividade é algo extremamente doloroso. Ver a natureza exata dos sentimentos que sustentam nossas atividades e relacionamentos, se mostra algo assustador: medo da solidão, medo do desamparo, medo do desconhecido, medo de não ter as necessidades sensoriais satisfeitas, medo de perder as conveniências que os mesmos nos fornecem, uma má vontade para com quase tudo que nos força a um estado de simulação. Diante de tal percepção dolorosa, surgem as perguntas: como mudar tudo isso? Como conhecer outra forma de intencionalidade diante dos mesmos? Como dar um novo sentido a tudo? Como ver tudo com novos olhos? Como tocar de um novo modo, já que, pelo esforço, percebemos que não produz a naturalidade que sentimos ser necessária para que tudo se mostre com real significação e afetação? A ausência de respostas amplia a ansiedade e a angústia.

Tudo aponta para a necessidade de uma ocorrência de algo que nos é desconhecido, que ultrapassa nosso limitado conhecimento, esforço e intenção. Algo que não se encontra nos livros, nos filmes, nas programações, nos sistemas, nas crenças, nas palavras dos mestres, no que nos é conhecido. Sem a eclosão desse revolucionário e transcendente algo desconhecido, permanecemos nesse limitado movimento conhecido que só produz adulteração, insatisfação, tédio e frustração. Essa me parece ser a maior impotência do ser humano: produzir um revolucionário e significativo salto de si mesmo; um salto que o retire do estado disfarçado de má vontade diante das situações, que o lance numa capacidade de escuta amorosa e não reativa. Ciente de tudo isso, e preso nessa qualidade de sentir e interagir, viver neste mundo torna-se algo extremamente patético.

Outsider

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