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Este blog é apenas uma voz que clama no deserto deste mundo dolorosamente atribulado; há outros e em muitos países. Sua mensagem é simples, porém sutil. É uma espécie de flecha literária lançada ao acaso, mas é guiada por mãos superiores às nossas. À você cabe saber separar o joio do trigo...

3 de dezembro de 2012

A alegria através do outro é momentânea


Se a vida transcorrer naturalmente, belamente, se não houver professores negadores da vida, se não houver políticos e sacerdotes para aturdi-lo — então, quando você tiver por volta de 42 anos de idade, exatamente como vem a maturidade sexual, vem a maturidade da meditação. Por volta dos 42 anos a pessoa começa a se tornar introvertida. Por volta dos 14 anos, ela começa a se voltar para os outros, torna-se extrovertida. Amor é extroversão; relacionamento é pensar no outro. Meditação é introversão; meditação é pensar no próprio ser, no próprio centro.

Entre as idades de 14 e 42 anos, ocorre uma mudança. A pessoa vai vivendo, aprende o que é o amor, conhece seu prazer e sua frustração, sua alegria e sua tristeza, sua beleza e sua fealdade — ela sabe que há momentos de grande êxtase e de grandes vales de trevas. Então ela começa, pouco a pouco, a se mover na direção do seu próprio ser, porque depender do outro nunca pode ser realmente extasiante. Se a sua alegria depender do outro, essa alegria jamais pode ter em si a qualidade da liberdade. E a alegria que não tem em si a qualidade da liberdade não é tão alegria assim. Se você depender do outro, há uma limitação. A alegria que vem através do amor é momentânea. Você pode encontrar-se com o outro apenas por momentos e, então, novamente, vocês se separam e se afastam. Justamente no meio desse encontro, se afastam. Unem-se apenas por momentos. E aí você começa a pensar: “Há um modo de se fundir à existência e nunca se separar dela novamente?”

Meditação é isso. Amor é unir-se à existência através de uma outra pessoa, apenas por momentos. Meditação é unir-se com a existência eternamente.

“Ioga” significa “união”. Isso tem de acontecer em algum lugar no âmago mais profundo. E então há alegria, e então há liberdade. E há bem-aventurança e não há vale algum de trevas depois. Assim, a felicidade e a celebração são eternas.


Osho
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