Thiago: Opa! Está online!!! Legal!
Nelson: Tudo bem Thiago? Vivendo excelência no agora que é 
você?
Thiago: Sim tudo bem! Cara, eu estou surtando com tantas coisas 
boas que tenho aprendido... 
Nelson: Fico contente por você!
Thiago: Sim, acredito; você deve ter esses insights também.
Nelson: Então, diga lá!
Thiago: Então, tem algo que veio do Krishnamurti que mudou sua 
vida e que você possa responder agora?
Nelson: Não tenho como colocar algo em especifico... Foi tudo, 
toda a maneira de estar na vida de relação, e continua mudando; não estou 
pronto, a faxina tem sido total.
Thiago: Certo! Ok, vejo assim também, sim, é por ai comigo 
também.
Nelson: Não tem como ser diferente; a abordagem dele nunca se 
prende em algo especifico; ele começa com algo e termina do outro lado do 
mundo... Cada leitura dele, se você está atento, toca em muita coisa, mas, o 
principal foi a consciência do estado de observação.
Thiago: Mas sabe cara, é necessário buscar incessantemente, não 
sei até qual limite...e tem muitas pessoas que não buscam e se hipnotizam com a 
vida de forma deprimente.
Nelson: As pessoas não tem culpa. Veja: elas foram sabotadas 
desde a mais tenra idade; é um processo que chamo de "transgeracional"... Hoje 
postei um texto do Osho que mostra bem isso. A inteligência QUE SOMOS - veja bem 
- QUE SOMOS e não que PENSAMOS TER foi bloqueada desde a mais tenra idade; fomos 
incentivados a acreditar e investir no sistema, na crença, na religião, no 
patriotismo, por isso não há interesse por essa área de autoconhecimento... a 
hipnose mental é para buscar acumulo de conhecimento externo.
Thiago: Acumulo externo! Sim, conheço esse entendimento também, 
com algumas palavras diferentes. Mas, meus estudos mostram isso 
detalhadamente... Quantos anos você tem Nelson?
Nelson: Tenho quase 49.
Thiago: 49 heim cara; você deve ser muito feliz; eu com 34 
estou muito feliz por ter encontrado bons ensinamentos.
Nelson: Não digo que sou feliz, mas posso lhe afirmar que 
muitos dos conflitos cessaram.
Thiago: hum, bem colocado.
Nelson: por isso eles não tem interesse. O problema é que elas 
só despertam para essa necessidade quando entram em crise e com a mente 
conflitada, fica muito difícil o entendimento, a meditação, a contemplação.
Thiago: entendi e este é o problema mesmo.
Nelson: Olha, vou lhe indicar um cara.
Thiago: sim.
Nelson: ele não fala direto sobre a busca de autoconhecimento, 
no entanto, você percebe pelas falas dele que ele é um buscador.
Thiago: certo
Nelson: e que se identificou em conscientizar a população sobre 
o processo de sabotagem; talvez você já o conheça
Thiago: amigo eu?
Nelson: Conhecido da Net; chama-se EDUARDO MARINHO; têm vídeos 
dele na net. Ele fala bem sobre isso.
Thiago: nunca ouvi falar, vou procurá-lo.
Nelson: já te passo os links que eu acho interessante você ver
Thiago: ah, espera ai, é um artista, não é?
Nelson: sim esse mesmo.
Thiago: já sei; bem inteligente mesmo. Gostei dele.
Nelson: a partir dele, mudei muito meu ponto de vista sobre 
essa falta de interesse coletivo; ele conhece isso pelas bases, viveu com a 
galera das favelas; largou família de renome e com posses para se aventurar no 
mundo, então, conhece na veia.
Thiago: certo.
Nelson: em nossas conversas, ficou clara a manifestação de 
sabotagem coletiva, para que se identifiquem com a normose; essa doença para ser 
normal.
Thiago: sim
Nelson: para se iludirem com o consumismo imediatista 
temporário
Thiago: você conhece ele?
Nelson: só pelo MSN e e-mail.
Thiago: ok
Nelson: o blog dele: http://observareabsorver.blogspot.com.br 
, sem dúvida, a inteligência amorosa esta desperta nele.
Thiago: inteligência amorosa?
Nelson: tenho procurado colocar nas minhas falas sobre a 
questão da ausência de uma educação psíquica.
Thiago: hum ok
Nelson: inteligência amorosa e criativa. Veja a natureza... 
criativa inteligência... é só um modo de apontar para essa energia que visa o 
coletivo, o bem-estar coletivo.
Thiago: sim, importante mesmo: bem estar coletivo; vejo isso 
como principal, mas sem acomodações; concordo também com o desenvolvimento 
psíquico necessário.
Nelson: as acomodações são frutos do sufocamento da 
inteligência amorosa criativa pela influência condicionante.
Thiago: ok
Nelson: uma vez percebido o imenso cerco de influências 
estagnantes, a inteligência começa a subir — digamos assim — e ai, só há impulso 
para SERVIR. A falta de inteligência leva à um modo de vida que corre atrás de 
privilégios, quando essa inteligência, digamos assim, DESPERTA, ela aponta para 
a busca dos DIREITOS COLETIVOS.
Thiago: ok. Você já escreveu um livro?
Nelson: estou trabalhando num; veja: fomos sabotados pela 
cultura - tanto parental como social.
Thiago: sim!
Nelson: isso RETARDOU a ciência da Consciência que somos; 
retardou a consciência da Inteligência que somos; sem a consciência da 
Consciência e sem a consciência da amorosidade criativa dessa Consciência, não 
há como o não manifesto se manifestar... compreendeu?
Thiago: espere ai...
Nelson: então, sem isso, é só repetição, só mesmice, só 
continuidade das influências do sistema...
Thiago: compreendi sim; gostei!
Nelson: ... É só robotização; minimização da sensibilidade, da 
compaixão, do poder de empatia que quebra a ilusão de separatividade; sem o 
despertar dessa inteligência o "outro" é visto como "outro"... 
Visto como alguém com quem devo DISPUTAR por privilégios.
Thiago: ok.
Nelson: agora, se essa consciência da Consciência se manifesta, 
ela traz consigo a inteligência que traz o chamado — digamos assim — para sermos 
"facilitadores" dessa retomada de consciência da Consciência que somos, da 
unidade no que pensamos ser diversidade... Estou escrevendo sobre isso, sobre 
esse processo de sabotagem psíquica, que talvez seja o mesmo que os cristãos 
chamam de "PECADO ORIGINAL"...
Thiago: gostei; não sei o que é o pecado original, mas se você 
está colocando-o como semelhança posso entender.
Nelson: o erro original de uma cultura que despreza o interno 
em nome do externo... Jogue fora o preconceito religioso... Pecado = errar a 
meta, só isso!
Thiago: ok! Saquei!
Nelson: o erro de uma educação comparativa, amoldante, 
limitante, enclausurante...
Thiago: sim!
Nelson: ...alucinante!
Thiago: ilusória!
Nelson: eu agora não tenho como conversar por microfone com você mas noutro momento se for possível para você, 
mas, prefiro. Minha esposa está ouvindo a fala de nossa reunião de sexta-feira.
Thiago: sim.
Nelson: as palavras já nos limitam, imagine então quando são 
escritas...
Thiago: lembra da pizza cósmica? vamos ver se uma hora rola!
Nelson: ah! Sim! Podemos marcar, ficaríamos contentes, afinal, 
é difícil encontrar oportunidades para conversações nutritivas.
Thiago: eu não já não consigo expressar minhas ideias muito bem 
se não for por escrito... sou um cara meio tímido por que passei por um problema 
psicológico forte, mas vou a guerra! rsrsrs
Nelson: veja: existem pessoas, que potencializam a nossa fala, 
enquanto outras, nos bloqueiam. Tenho certeza que você não encontrará 
dificuldades comigo.
Thiago: ah, que bom!
Nelson: quando estamos reverberando na mesma frequência, um 
acaba potencializando o outro, percebe?
Thiago: sim!
Nelson: isso é a verdadeira ação do educador e, só pode ser um 
educador, aquele que educou sua dor. Só aí ele pode ver a dor no “outro”, que é 
a dor manifesta pela dificuldade de manifestar o SI-MESMO.
Thiago: entendi!
Nelson: Mesmo com a Deca, minha esposa, sei que você vai gostar 
muito de trocar com ela também.
Thiago: ok!
Thiago: Quantas páginas você já escreveu de seu livro?
Nelson: Veja, esse livro está em gestação...
Thiago: ok!
Nelson: Não tenho colocado ainda no papel e isso é o de menos! 
Ele está ocorrendo, nascendo da Consciência na consciência, maturando-se uma 
linguagem bem acessível, sem os obstáculos das dificuldades de linguagem, seja 
mística/esotérica, ou cientifica/religiosa. Há essa preocupação, digamos assim!
Thiago: ok!
Nelson: Penso que a linguagem tenha que ser algo digamos 
assim... Iniciático (não gosto dessa palavra mas só para me explicar)... 
Iniciático no sentido de “apontar para isso”; só! Algo necessário para nos 
aproximar, para colocar pessoas identificadas para uma possível etapa de 
aprofundamento mais direto, mais próximo. 
Thiago: ok! Muito bom!
Nelson: Penso que esse livro vai retratar uma viagem que parte 
dos pensamentos do eu à consciência da Consciência que somos.
Thiago: legal!
Thiago: eu escrevi um livro que tem 20 textos.
Nelson: Sinto que esse livro está quase que saindo do forno.
Thiago: entendi!
Nelson: vou um pouco mais longe: sinto que, esse texto, precisa 
estar o mais limpo possível deste que se coloca à disposição para — digamos 
assim — codificá-lo...
Thiago: hum, bom!
Nelson: Sinto que uma espécie de “limpeza” está sendo feita e, 
através dessa limpeza é que seus capítulos estão surgindo... cada limpeza é um 
capítulo!... Percebe?
Thiago: não cara, como assim: cada limpeza é um capitulo?
Nelson: ehehehe... Meu momento é o de perceber os diversos 
condicionamentos; em cada percepção, dá-se uma superação; em cada superação, uma 
história de cura para ser contada, ou seja, um capítulo!
Thiago: ok, entendi!
Nelson: por exemplo: neste momento, estou deparando-me com o 
profundo medo da solidão e do desamparo que penso que está quase que em nosso 
DNA, em nossa genética transgeracional.
Thiago: ok!
Nelson: sem a observação disso, sem a compreensão disso e sem a 
transcendência disso, como você pode saber o que é liberdade?
Thiago: sim! Muito bem!
Nelson: Sem isso, como você pode saber o que é um estado de ser 
em que seja natural a unidade interna entre mente e coração?... E, sem isso, 
como você pode saber o que é bem-estar, felicidade e genuína amorosidade?... E 
digo que não é fácil olhar para isso! O pensamento diz: NÃO SE ATREVA... ahahaha
Thiago: entendi! Você não acha que liberdade é utopia?
Nelson: porque você acha isso?... Ou melhor: o que você acha 
que é liberdade?
Thiago: ok, espere aí! Acho que podemos ser mais livres, mas 
não libertos, completamente... Liberdade é fazer o que lhe dá na gana!
Nelson: posso lhe dizer como compreendo liberdade?
Thiago: sim!
Nelson: Não vejo como liberdade, nada que esteja relacionado 
com o externo, com o desejo, com a vontade, com a entidade que "acha" ou "não 
acha"; “liberdade”, para mim, está na compreensão e superação dessa entidade 
desejante, dessa entidade "achante"...
Thiago: ok! Verdade!
Nelson: o desejo e achismos dessa entidades... É a própria 
prisão!
Thiago: legal!
Nelson: isso não é algo intelectual, para mim, é factual!
Thiago: muito bom! Isso desmonta qualquer pseudo guru.
Nelson: sim! Essa entidade desejante — e que está presa no 
"acho" ou "não acho" — está presa no tempo! Percebe isso?
Thiago: sim, gostei muito disso que você falou.
Nelson: o "acho" e o "desejo" são fugas da compreensão do 
agora. 
Thiago: você crê que podemos entender a vida? O todo?
Nelson: Bem, não fico na crença; eu busco isso aqui e agora... 
Se isso ocorrer, tudo bem! Seria “lucro ampliado”!
Thiago: ok!
Nelson: No entanto, veja bem... Veja bem!... Não vejo como esta 
entidade limitada, condicionada, poder chegar nessa compreensão, a não ser que 
ela MORRA pelo processo de observação de si mesmo; quem sabe, dá-se a percepção 
do SI-MESMO ou do TODO como você assim colocou. Penso que o problema, 
veja, é que, lá no fundo, temos medo de ir fundo nisso; temos medo de aprofundar 
no si-mesmo; temos medo do desconhecido; medo dessa morte psicológico do que 
pensamos ou "achamos" ser.
Thiago: sim!
Nelson: além do mais, esse que "acha", que "pensa", que 
"deseja" existe não só em mim, mas em você e nos assim chamados "outros"... 
Veja: tenho percebido que, quanto mais, pela observação desse egoísta si-mesmo, 
nos aproximamos da consciência do SI-MESMO, sofremos influencias fortes, fortes 
ataques desses que ainda se identificam com o pequenino si-mesmo e que tentam, 
digamos assim, nos PUXAR, RETARDAR isso que poderíamos aqui nomear de 
ILUMINAÇÃO. Será que conseguir expressar?
Thiago: Preciso ler de novo, espere aí!
Nelson: ehehehe... Vou tentar me expressar de outro modo...
Thiago: sim, concordo, mas o que você entende por iluminação? 
isso não entendi!
Nelson: veja: estamos prisioneiros daquilo que ainda estamos 
inconscientes, certo?
Thiago: certo!
Nelson: vamos com calma!... Essa inconsciência, é resultante de 
nossos condicionamentos e da enorme incapacidade de fazer frente à forte rede de 
influências; esses condicionamentos e essas influências, acabam bloqueando a 
"fluidez" dessa inteligência natural, original, que agora, parece só funcionar 
em nós quase que em 100%, apenas no tocante ao funcionamento e manutenção do 
corpo "físico/orgânico". Por isso, vemos de modo "escuro" — digamos assim.
Thiago: ok! Limitado mesmo!
Nelson: Devido à falta dessa “fluidez da inteligência” — essa 
inteligência fluída, seria a iluminação — ou, sem misticismo algum, a simples 
limpeza dessas influências, desses condicionamentos —não pelo esforço, mas pela 
observação, pela compreensão.
Thiago: ok!
Nelson: então, já que você compreendeu isso, veja:
Thiago: sabe cara, é que pra mim o termo iluminação vai além! 
Muitos por aí se dizem iluminados e vejo isso como algo que me deixa até triste.
Nelson: deixe-me completar o raciocínio...
Thiago: ok, manda a ver!
Nelson: não acredito num ego "individual" — meu ou seu. Percebo 
que isso é uma rede, um estado de consciência muito primária, digamos assim, da 
qual, pela ação da compreensão, dela vamos saindo; ela é irreal - apesar de 
mostrar-se factual... Pela ação da compreensão vamos —digamos assim — adentrando 
numa maior consciência dessa Consciência que somos.
Thiago: ok!
Nelson: o que ocorre, é que, a grande maioria que ainda se 
encontra identificada com essa inferior e limitante rede egóica, quando entram 
em contato conosco, que despertamos , que iniciamos nessa busca de 
autoconhecimento, estes tentam nos influenciar para uma identificação 
retroativa; penso que, perceber isso, é fundamental! 
Thiago: ok, gostei!
Nelson: Um exemplo: se você está — digamos assim — “mais 
próximo” desse estado de consciência da Consciência que é você, em nosso 
contato, feito um fermento, você me potencializa (isso se estou aberto!); caso 
contrário, em nosso contato, tento fazer com que você se identifique com meu 
estado de inconsciência e, através dessa identificação, você acabe retroagindo 
de seu estado de consciência (o que acaba ocorrendo apenas momentaneamente; uma 
espécie de “cochilo”). Essa influência retroativa ocorre, sem que eu tenha 
consciência de que estou causando isso em você. Isso parece loucura para você, 
ou está reverberando?
Thiago: Não cara, está legal!
Nelson: Ótimo!
Thiago: deixe me ler novamente... Ok, entendi!
Nelson: Iluminação, para mim, seria a percepção disso de modo 
digamos assim, "Multi-focal", em outras palavras, de modo "holístico"; uma visão 
que percebe tanto as tentativas de influências retroativas — sejam externas ou 
internas — e que, por “percebe-las”, à elas é totalmente imune. 
Isso, para mim, É LIBERDADE!
Thiago: ok! Faz sentido, sim!
Nelson: Beleza!... Bem, agora, preciso sair para jantar; gostei 
de conversar com você!
Thiago: Cara, você tem um raciocínio interessante; até outra 
hora então. Valeu!
Nelson: Olha só..
Thiago: sim!
Nelson: Posso compartilhar nossa conversa?
Thiago: Pode!
Nelson: Você quer que eu coloque seu nome ou um nick?
Thiago: Fique à vontade! Não me importo nem um pouco! Deixe meu 
nome mesmo!
Nelson: Penso que nossa conversa possa render para mais amigos 
evolutivos!
Thiago: Sim!
Nelson: Agradeço pela sua presteza em servir!
Thiago: Sim!
Nelson: um fraterabraço aí!
Thiago: Sim! Abração! Valeu pelo papo; depois nos falamos, 
até!