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Este blog é apenas uma voz que clama no deserto deste mundo dolorosamente atribulado; há outros e em muitos países. Sua mensagem é simples, porém sutil. É uma espécie de flecha literária lançada ao acaso, mas é guiada por mãos superiores às nossas. À você cabe saber separar o joio do trigo...

21 de janeiro de 2014

Há necessidade de "tempo" para a ocorrência do despertar?

Só faltou a foto do Ramana ou do Osho
Uma pergunta corrente nas redes sociais é se há ou não a necessidade de "tempo", se há ou não a necessidade de um "processo" para a ocorrência do despertar.

Penso que, sem que se tenha vivenciado um "processo de despertamento", de "percebimento daquilo que se pensa ser", de "relembramento" Daquilo que se É, não haveria se quer o interesse por esse tipo de material, quanto mais a capacidade de entendimento do mesmo. De fato, o processo de despertar, não é uma ocorrência no futuro, mas sim, um PROCESSO, onde se vai despertando — de momento a momento —, até, quem sabe, estejamos PLENAMENTE despertos.

Pegue por exemplo, o seu processo de despertar matinal... ele não é instantâneo... Você vai acordando durante a manhã e, geralmente, nesse processo, ocorrem variações de humor, oscilações... Isso é muito simples e natural!

O interessante é notar que alguns dos que afirmam que o despertar é instantâneo, geralmente nem se quer despertaram quanto a codependência de sua relação com um determinado "guru", ou a uma determinada "metodologia" ou "linhagem espiritual"; o que se apresenta é só um joguinho de novas palavras e sorrisos momentâneos. É só no "longo processo" do rala rala do dia a dia, que a falsa consistência disso que pensam ser um "estado desperto no agora", se apresenta.

É como uma droga: inicialmente dá um imenso "barato" (apesar de ela não ser barata, não vir de graça - tem sempre um traficante da Graça). Só depois de muito tempo de exposição e uso (e de ter sido usado) é que os nefastos sintomas reais dessa irrealidade começam a bater de frente e a afetar todas as atividades.

É claro que um traficante vai sempre afirmar as "qualidades da droga que vende" (e que "venda" os olhos espirituais do usuário), tentando manter a sedução inicial daqueles a quem mantém cativo; assim como, do mesmo modo, o usuário irá defender as qualidades de tal droga, bem como difundir o local e o nome de quem a trafica.

E, desse modo, dá-se a continuidade do inconsciente e narcotizado baile de máscaras dos despertos sonâmbulos da pura luz.



Outsider


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