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Este blog é apenas uma voz que clama no deserto deste mundo dolorosamente atribulado; há outros e em muitos países. Sua mensagem é simples, porém sutil. É uma espécie de flecha literária lançada ao acaso, mas é guiada por mãos superiores às nossas. À você cabe saber separar o joio do trigo...

15 de outubro de 2011

As Chagas do Inferno nosso de cada dia





O sofrimento moral, a dor emocional, nos remete às trevas de nossa personalidade. Visitar as trevas de nossa personalidade, lançar um olhar sobre elas... mais do que um olhar, mergulhar nelas... nos deixa atolados até o pescoço de um líquido viscoso, como areia movediça.

Quanto mais nos movimentamos nesta viscosidade, tanto mais afundamos.


E a dor emocional é subjetiva. 
Para muitos, nem considerada é... nem é considerada real.

Quem realmente vivencia um sofrimento emocional, sente tanta dor que fica inconformado com a ausência de uma chaga visível, fica inconformado em gozar de um organismo físico em perfeito estado de saúde.
Querendo tornar o sofrimento moral, a dor emocional, tão visível a olhos alheios quanto o é no íntimo, impingimos comportamentos limítrofes ao nosso corpo, na esperança de deixar nele as marcas das nossas chagas emocionais.

No entanto, dor emocional é apenas um nome... um nome que nos acostumamos a dar para o contato com o que há de mais profundo em nós. Porque temos aumentado tanto a viscosidade dos corpos constituintes de nossa natureza encarnada que, para entrar em contato com o mais sutil e profundo em nós mesmos há, de início, impacto. 

Impacto que machuca, que causa dor, dor subjetiva... dor que chamamos de dor emocional.

A pretexto deste contato com o mais sutil em nós mesmos podem haver relacionamentos frustrados, ou frustrações no campo profissional, ou mesmo a perda de algum ente querido.
Não é a perda de um ente querido que gera dor emocional, mas é a necessidade de contato com o que há de mais íntimo que gera episódios de aparência trágica como a perda de um ente querido.  
Então, quem já está em contato com o que há de mais íntimo não sente dor, nem mesmo com a perda de um ente querido?

Não, não sente dor, pois o mais íntimo é imorredouro. 

O contato com o imorredouro em nós está unido ao imorredouro do outro, tornando a separação uma ideia desprovida de sentido.
Onde a união está entranhada, a separação não é estranhada... nem chorada!

LibaN RaaCh
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