Os meios modernos de comunicação trazem diariamente o mundo todo para o interior de cada lar; as técnicas de propaganda e de venda foram apuradas e sistematizadas; mal se encontra no mundo um lugar de refúgio contra o constante assalto visual e verbal ao espírito. As pressões da vida diária impelem cada vez mais as pessoas de procurarem um meio de fuga fácil da responsabilidade e da maturidade. Na verdade, é difícil suportar essas pressões; para alguns é muito sedutora a oferta de uma panaceia política; para outros, é irresistível a tentação de fuga pelo álcool, pelas drogas ou por outros meios de prazer artificial.
Os homens livres de uma sociedade livre devem não apenas aprender a distinguir esses ataques sub-reptícios à integridade mental e combatê-los, mas precisam também conhecer o que há no interior da mente humana, capaz de tornar o homem vulnerável a esses ataques e de levá-lo, em muitos casos, a realmente ansiar por fugir das responsabilidades de que o investem a democracia e a maturidade.
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Opiniões pré-fabricadas podem ser distribuídas dia a dia através da imprensa, do rádio e de outros meios, repetidamente, até que atinjam a célula nervosa e implantem no cérebro um padrão rígido de penamento... A opinião pública dirigida é o resultado de uma boa técnica de propaganda... repita mecanicamente seus temas e sugestões, diminua a oportunidade de se divulgarem dissenção e oposição. É essa a fórmula simples de condicionamento político das massas. Esse é também o verdadeiro ideal de algumas das nossas máquinas de relações públicas, que assim esperam conduzir o público a comprar determinado sabão ou a votar em dado partido.
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A rotina criada pela cultura e a formação de hábitos, por força das regras e mitos locais, faz de todas as pessoas autômatas parciais. Preconceitos nacionais e raciais manifestam-se inadvertidamente. Ódios coletivos explodem muitas vezes quase que automaticamente, quando se aperta o gatilho dos "slogans" e das palavras de engôdo. Num mundo totalitário, esse severo condicionamento disciplinar é realizado com mais perfeição e mais ad absurdum.
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Opiniões pré-fabricadas podem ser distribuídas dia a dia através da imprensa, do rádio e de outros meios, repetidamente, até que atinjam a célula nervosa e implantem no cérebro um padrão rígido de penamento... A opinião pública dirigida é o resultado de uma boa técnica de propaganda... repita mecanicamente seus temas e sugestões, diminua a oportunidade de se divulgarem dissenção e oposição. É essa a fórmula simples de condicionamento político das massas. Esse é também o verdadeiro ideal de algumas das nossas máquinas de relações públicas, que assim esperam conduzir o público a comprar determinado sabão ou a votar em dado partido.
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A rotina criada pela cultura e a formação de hábitos, por força das regras e mitos locais, faz de todas as pessoas autômatas parciais. Preconceitos nacionais e raciais manifestam-se inadvertidamente. Ódios coletivos explodem muitas vezes quase que automaticamente, quando se aperta o gatilho dos "slogans" e das palavras de engôdo. Num mundo totalitário, esse severo condicionamento disciplinar é realizado com mais perfeição e mais ad absurdum.
Joost A.M. Merloo