A liberdade é o fenômeno mais divino; por isso, nunca sacrifique sua liberdade por coisa alguma, nem mesmo pelo amor, porque nada supera a liberdade.
Tudo pode ser sacrificado pela liberdade, até a vida, mas a liberdade não pode ser sacrificada por coisa alguma. Até Deus pode ser sacrificado pela liberdade, mas ela não pode ser sacrificada por Deus.
Buda não acredita em Deus, mas acredita na liberdade. Mahavira nunca acreditou em Deus, mas acreditava na liberdade. Eles podiam descartar a hipótese de Deus, mas não a hipótese da liberdade — na verdade, a liberdade é o verdadeiro Deus.
Viver em liberdade é viver uma vida espiritual. Mas os supostos santos vivem em escravidão. Não são pessoas livres, são os maiores escravos da terra, escravos de velhas ideias e ideologias.
Quando sua consciência está completamente livre, ela não se deixa mais aprisionar. O esplendor até então aprisionado é liberto. Pela primeira vez você sabe quem é, conhece sua glória, sua beleza.
E essa é a experiência pela qual Jesus viveu e morreu, a experiência que Buda ensinou a vida toda, e pela qual Sócrates se sacrificou.