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Este blog é apenas uma voz que clama no deserto deste mundo dolorosamente atribulado; há outros e em muitos países. Sua mensagem é simples, porém sutil. É uma espécie de flecha literária lançada ao acaso, mas é guiada por mãos superiores às nossas. À você cabe saber separar o joio do trigo...

1 de junho de 2011

Armadilhas dos supermercados

Ilustração: Perkins/Fonte: ProTeste
As pesquisas comprovam que, na grande maioria das vezes, você sai do supermercado (ou do hipermercado) com mais produtos no carrinho do que planejava comprar.

Como isso é possível? É possível porque, antes de tudo, as mesmas pesquisas apontam que 60% ou mais das compras são decididas no ponto de venda. Como conseqüência (e também como causa) disso, os supermercados e principalmente as grandes redes de hipermercados se especializam cada vez mais em técnicas de marketing que estimulam você a comprar mais e mais.

A regra de ouro dos marqueteiros do auto-serviço diz: “Quanto mais tempo o cliente fica dentro do mercado, mais ele compra”. Por isso, a grande maioria dessas técnicas visa fazer com que você demore mais que o necessário lá dentro.

  1. Todos os seus sentidos são explorados pelo mercado. Até a música ambiente ou o aroma das seções procuram estimular a compra ou ajudar a retardar o seu passo.

  2. Não existem relógios nem janelas. Isso faz com que você não perceba que o tempo está passando.

  3. A temperatura está sempre boa. Não faz frio nem calor. Isso faz com que você fique mais tempo no local. Você não deve perceber que o tempo está passando.

  4. Luzes e cores também ajudam a construir a imagem de um (grupo de) produto e a estimular a compra. Por exemplo, o verde aparece na seção de frutas e verduras, como associação com a natureza; o vermelho, nas carnes; e o azul, que lembra a água e o frio, nos peixes.

  5. Os produtos que você habitualmente compraria, como os de primeira necessidade (leite, carne, frutas, etc.), localizam se normalmente no fundo da loja. Até chegar lá, você passará por uma infinidade de outros produtos que, antes de entrar, você nem imaginava que poderia levar.

  6. Muitos hipermercados, de vez em quando, mudam o local de exposição de alguns produtos para forçar você a procurar de novo o produto, e assim percorrer seções que, normalmente, ficariam de fora na compra.

  7. Alguns mercados começam a adotar áreas de lazer, com espaço para café, perto de livros, por exemplo. É uma nova tendência para você ficar mais tempo na loja.

  8. Os corredores centrais são mais largos, enquanto os interiores ou transversais são mais estreitos e sujeitos ao congestionamento dos carrinhos, o que faz com você tenha de diminuir a velocidade e prestar mais atenção nos produtos destas gôndolas.

  9. Os produtos que ficam nas prateleiras mais altas, na altura dos olhos, muitas vezes não são os de primeira necessidade, que você acaba buscando até encontrar. Alguns mercados deixam mais à vista os produtos em oferta para estimular sua venda.

  10. Uma promotora que oferece um pedacinho do produto ou um brinde ajuda a aumentar as vendas, assim como uma bancada separada da gôndola dá destaque ao produto que se quer vender.

  11. Enquanto você espera na fila do caixa, há pequenos mostruários ao lado com pilhas, revistas, salgadinhos, etc. Tudo pode ainda entrar no carrinho, na última hora.

  12. A entrada de um hipermercado é uma área nobre por excelência. Normalmente é aí que são organizadas as bancas temáticas, que se referem, muitas vezes, a alguma data festiva (os ovos de Páscoa, os brinquedos do Dia da Criança, etc.). Como o carrinho ainda está vazio neste momento, você pode estar mais receptivo a levar alguma coisa que não pretendia. A cor e o desenho do piso podem ajudar a acelerar ou atrasar o seu passo. Ao contrário do que se vê nos shoppings, não existe mapa de localização das seções. Você deve procurar o que quer.
ESTRATÉGIA PARA O CONSUMIDOR

Não se desespere! Aproveitar promoções é sempre uma forma de economizar, desde que isso não traga outros gastos a reboque. O importante é ficar atento para saber diferenciar promoção de armadilha de consumo. Para isso, nada melhor do que planejar bem a tarefa das compras. Você também pode adotar algumas medidas para não descobrir, quando chegar em casa, que gastou o dobro do que pensava.

Faça a lista de compras – Relacione o que você realmente precisa comprar e também o que pode levar. E seja fiel à sua lista.

Jamais faça compras com fome – Uma pessoa com fome não resiste às tentações deliciosas que se espalham nas prateleiras dos supermercados.

Antes só que acompanhado – Toda vez que alguém vai acompanhado ao mercado, tende a comprar mais, para acompanhar os desejos do(a) outro(a) ou até por questão de status... A situação é mais delicada se o acompanhante é uma criança. Elas se sentem estimuladas a se tornar “consumidores-mirins”. Em alguns mercados, há até carrinhos do tamanho delas e os produtos de que elas gostam, muitas vezes, estão nas prateleiras que ficam na altura dos olhos delas.

Leve uma calculadora – Vá somando o que você está colocando no carrinho. Por melhor que seja a promoção, você pode ultrapassar seu limite.

Não deixe passar muito tempo entre uma compra e outra –A possibilidade de comprar produtos supérfluos aumenta.

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