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Este blog é apenas uma voz que clama no deserto deste mundo dolorosamente atribulado; há outros e em muitos países. Sua mensagem é simples, porém sutil. É uma espécie de flecha literária lançada ao acaso, mas é guiada por mãos superiores às nossas. À você cabe saber separar o joio do trigo...

1 de agosto de 2011

Renuncie a si mesmo: celebre!


Pergunta a Osho:

Através da meditação, às vezes sinto me isolando das pessoas e indo embora para ficar só para que eu possa mergulhar fundo em mim mesmo e ser independente. Porém isso aborrece minha namorada. O que devo fazer?

Você está interpretando mal. Você está interpretando interdependência como dependência. Essa é uma noção errada, e devido a essa noção errada, surge um desejo errado: como ser independente. A partir de um erro nasce outro erro. Você não pode ser; e se alguém lhe ensinar independência – existem pessoas que ensinam isso – eles estarão ensinando pura estupidez. Você é parte, você é um com o todo, você é uma onda no oceano.

Portanto, a primeira coisa a ser entendida: eu não ensino isolamento porque não ensino o ego. Eu não ensino isolamento porque quero que você abandone o ego, e não o mundo. O mundo não é o problema. O mundo é tremendamente belo: é pura alegria; não há nada de errado nele. Algo está errado com você, não com o mundo. Abandone o erro em você; não renuncie ao mundo. Eu lhe ensino a celebrar o mundo, não a renunciá-lo. Eu afirmo a vida, e a afirmo incondicionalmente.

Assim, se você quer deixar alguma coisa, deixe a si mesmo. Se você quer renunciar algo, renuncie a si mesmo. E a única maneira, o único caminho de renunciar a si mesmo é celebrar. Porque sempre quando você está feliz, você não é; sempre quando você está triste, você é: sempre quando você está deprimido, você é; sempre quando você está em deleite, você não é.

Osho, em "Come Follow To You"
Fonte: Osho.com
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