Estar liberto da avaliação entre o bem e o mal pressupõe um estado de lucidez que não é do raciocínio, pois este nos atraiçoa, este atua como Judas que entregou Cristo aos poderes do mundo através de um beijo.
Ao raciocínio é possível e relativamente fácil entender o
alcance daquele estado redentor de lucidez.
Porém, a assimilação cognitiva tem demonstrado ser
insuficiente para a preservação do nosso núcleo amoroso, da afetividade como
potência nuclear inerente ao gênero humano.
Esta mesma afetividade despropositada nos sujeita a uma
esmagadora impressão de fraqueza e inferioridade tão intensa que sucumbimos a
ela.
Fiéis a este despropósito
Já sucumbidos...
Já derrotados...
Recrudescemos feito a flor-de-lótus
Renascida em meio ao pântano.
Liban Raach