Aviso aos navegantes

Este blog é apenas uma voz que clama no deserto deste mundo dolorosamente atribulado; há outros e em muitos países. Sua mensagem é simples, porém sutil. É uma espécie de flecha literária lançada ao acaso, mas é guiada por mãos superiores às nossas. À você cabe saber separar o joio do trigo...

9 de maio de 2011

Sobre a miséria humana

“As idéias da classe dominante são, 
em todas as épocas, as idéias dominantes.”
Karl Marx e Friedrich Engels, A ideologia alemã “


"Neurose é uma mentira esquecida 
na qual você ainda acredita”
Juan Müller

Um conhecido on-line, postou numa "rede de relacionamentos" um post cujo conteúdo trazia a seguinte frase:

Governança petista quer fazer a revolução da miséria sem ao menos garantir três refeições miseráveis por dia.

Tal afirmação me levou a seguinte reflexão:

Caro amigo, sem querer defender partido algum, (uma vez que nenhum partido até hoje se mostrou "um inteiro"), quando, na história, houve algum deles que fez real diferença ao conteúdo de seu post? Qual partido esteve realmente interessado em compartilhar riqueza ao invés de "descompartilhar" o poder que gera riqueza a custa de mais miséria? Desconheço. Com todo respeito, o conteúdo de seu post me parece assunto para "enxugar gelo". 

A manipulação de índices e dados não é uma particularidade do atual governo brasileiro, mas sim, de TODOS OS GOVERNOS, uma vez que a manipulação dos fatos é a arma pela qual se mantém o poder. Todo sistema, todo partido vive de críticas ao partido estabelecido e com suas promessas de diferença qualitativa, se, uma vez eleito. Isso num país de romeiros pagadores de promessas, conta muito. Mas, não é diferente em outras regiões deste lindo planeta azul. Sempre se deu pão (de qualidade miserável), nunca consciência. Se houvesse real interesse do homem em querer erradicar de vez a real miséria humana, (que é bem maior do que a miséria física) começaria de fato pelas bases que fazem com que se possa "ver por si mesmo" a realidade dos fatos. 

Hoje, é vendida a idéia de que qualidade de vida se baseia na possibilidade de maior consumo de bens, quase todos rapidamente descartáveis. Não há um investimento no "bem maior", na "real propriedade" que tempo algum pode descartar: consciência e massa critica. 

Vive-se uma civilização intoxicada de tecnologia (vendida como se fosse de ponta), onde proliferam antenas parabólicas, através das quais, chegam até alguns dos poucos interessados do povo, matérias que, como esta, limitam-se a olhar a qualidade das amareladas folhas de uma árvore que prometia por frutos, cujo real doença, encontra-se em suas raízes. É como ter dor no pé esquerdo e tomar remédio para o pé direito: pura perda de tempo e energia, sem falar na continuidade da doença. 

No meu ponto de vista, a verdadeira miséria humana não se encontra na qualidade do que se tem na carteira e nos bolsos, mas sim, no conteúdo da mente e coração. 

Um abraço e uma ótima semana.

Nelson Jonas

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