Perguntaram-me nesta semana, se eu não sentia o desejo de ter um filho. Pude constatar o espanto do meu interlocutor, ao ouvir a segurança da minha negativa quanto a esse desejo. Ele, com enfase me respondeu que isso era uma pena, visto que muito se aprende com o trabalho de se dedicar ao outro. Fiquei em silêncio, uma vez que, não há como transmitir ao outro o que é ter sido fecundado pela Grande Vida, no ventre que somos, a possibilidade de fazer-se crescer como obediente filho do Ser que nos faz ser, sendo. Mal pode ele imaginar, o quanto trabalhosa e responsável se faz tal paternidade, de muitos desconhecida.
Nelson Jonas R. de Oliveira