"Nenhum tesouro está seguro em seus cofres, quando um pai escuta o filho chorando de fome... Teatro só faz sentido quando é uma tribuna livre onde se pode discutir até as últimas conseqüências os problemas dos homens... O ator começa a ser soberano do seu talento quando ganha consciência de que está ali para servir, não para ser servido... Não faço teatro para o povo mas faço em favor do povo. Faço teatro pra incomodar os que estão sossegados. Só pra isso faço teatro...Minhas peças são atuais, por que o país não evoluiu".
"Por um teatro que, além do espetáculo, provoque reflexão, incite as pessoas a saírem dos bastidores da vida para serem protagonistas da sua história. Por um teatro que não se acomode com aplausos e incomode vaidades; que possa surgir de qualquer um e, sem distinção, chegar a todos. Por um teatro que alimente a fantasia das crianças, a rebeldia dos adolescentes e a coragem dos adultos. Por um teatro que não se renda a maneirismos e fórmulas importadas mas, sim, renda outras maneiras de ver e viver, questionando valores e padrões vigentes, formulando questões importantes à lapidação humana. Por um teatro que sensibilize o indivíduo e aponte caminhos e soluções coletivas. Por um teatro que possibilite ao artista criar, produzir, mostrar, viver e atuar, transformando vidas; um teatro que não produza, nem valorize estrelas afetadas e produções elitizadas, mas artistas guerreiros e arte compartilhada".
Por: Ademir de Almeida, Claudio Laureatti, Euller Alves e Eduardo Marinho