A maioria de nós emprega a paixão somente em relação com uma coisa: o sexo; ou bem se sofre apaixonadamente, ou se trata de resolver esse sofrimento. Porém, eu uso a palavra paixão no sentido de um estado da mente, um estado de ser, um estado de nossa essência interior – se é que existe tal coisa – que sente com muita força, que é altamente sensível, tão sensível à sociedade, à esqualidez, à pobreza, como as enormes riquezas com sua corrupção, à beleza de uma árvore, de um pássaro, do fluir do rio, do charco que reflete sobre si o céu noturno. É indispensável sentir tudo isto intensamente, energicamente. Porque sem paixão a vida se torna vazia, superficial, e não tem muito sentido. Se você não pode ver a beleza de uma árvore e amar essa árvore se não pode sentir afeto por ela, você não está vivendo.
25 DE ABRIL OCK - Vol. XIV
Krishnamurti - O Livro da Vida