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Este blog é apenas uma voz que clama no deserto deste mundo dolorosamente atribulado; há outros e em muitos países. Sua mensagem é simples, porém sutil. É uma espécie de flecha literária lançada ao acaso, mas é guiada por mãos superiores às nossas. À você cabe saber separar o joio do trigo...

4 de abril de 2011

Educação continuada

O lavador de cérebros
É o que nós pensamos que sabemos que nos impede de aprender.
Claude Bernard

"Li num artigo recente que somente dez por cento da população tem disposição para aprendizado. São as pessoas que vão atrás, que gostam, que sentem prazer em aprender. Os outros noventa por cento nunca vão se importar em ampliar seus conhecimentos e habilidades até que sejam obrigados a isso, por pressão do trabalho por exemplo. Só dez por cento, já pensou? E justamente hoje, quando vivemos naufragados em informação...

Nesse cenário é preciso refletir sobre um processo fundamental: o da educação continuada.

Educação continuada... Aprender continuamente, estudar continuamente, é a única forma de enriquecer nossa capacidade de análise, de compreensão do mundo e de tomada de decisão. De lutar para não ser eterna vítima de quem sabe como manipular as pessoas.

Mas esse “estudar” não deve ser entendido apenas como frequentar uma sala de aula com professor ou mergulhar num livro de matemática. Você pode estudar lendo um romance ou uma história em quadrinhos. Assistindo um filme de aventura. Ouvindo rock. Observando as pessoas que passam pela rua. Ou seus colegas aí ao lado. É a predisposição para aprender que confere aos acontecimentos um sentido pedagógico, sacou? Eu vou repetir: é a predisposição para aprender que confere aos acontecimentos um sentido pedagógico. A capacidade pedagógica não está no acontecimento em si, mas na escolha que você faz diante dele. Assim, é possível assistir ao programa do Gugu ou da Luciana Gimenez por exemplo. São fantásticas oportunidades de estudar como – através de um rótulo de “entretenimento” – a televisão aliena as pessoas.

“Entretenimento” é desculpa para tudo. Exime quem produz o lixo – no jornal, na revista, no livro, no rádio, na televisão, no teatro, no cinema, na música e na internet –, de qualquer responsabilidade de produzir conteúdo que sirva para algo mais que “matar o tempo” das pessoas. Um pecado...

No entanto, o dono de seu tempo é você. Você escolhe o que fazer com ele. Você escolhe para quem vai dar atenção. Você escolhe seu olhar."


PS - Se quiser ouvir ou ler o conteúdo completo:
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