UG: [Risos] Ao longo dos séculos disseram-nos o que fazer. Por que nós estamos fazendo a mesma pergunta: "Que fazer?" O que fazer em relação a quê? O que estou enfatizando é que a demanda para uma mudança em nós mesmos é a causa do nosso sofrimento. Posso dizer que não há nada a ser mudado. Mas os professores revolucionários vêm e nos dizem que há algo lá em que você tem que fazer uma revolução radical. Então nós assumimos é que existe tal coisa como, espírito, alma ou o "eu". O que afirmo o tempo todo é que eu não encontrei nada parecido com a existência de alma ou eu.
Essa pergunta me perseguiu a vida toda, e de repente ele bateu-me: "auto-realizar não existe. Que diabos eu estava fazendo todo esse tempo?" Você vê, que bate como um raio. Uma vez que bate em você, todo o mecanismo do corpo que é controlado por este pensamento [do 'eu'] é quebrada. O que sobra é o organismo vivo tremendo com uma inteligência própria. O que nos resta é a pulsação, o ritmo, e o pulsar da vida.
"Deve haver algo mais, e nós temos que fazer algo para tornar-se parte da coisa toda." Tais demandas têm surgido por causa de nossa suposição de que fomos criados para um propósito maior do que aquele para o qual outras espécies no planeta foram criados. Esse é o erro fundamental que fizemos. Cultura é responsável pela nossa assumindo isso. Sendo assim, chegamos a acreditar que toda a criação é para o benefício do homem. O uso da natureza para os nossos propósitos criou todos os problemas ecológicos. Não é tão fácil com esses problemas. Chegamos a um ponto onde não há caminho de volta. Você pode dizer que sou um pessimista de novo.