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Este blog é apenas uma voz que clama no deserto deste mundo dolorosamente atribulado; há outros e em muitos países. Sua mensagem é simples, porém sutil. É uma espécie de flecha literária lançada ao acaso, mas é guiada por mãos superiores às nossas. À você cabe saber separar o joio do trigo...

1 de julho de 2011

Fatalidade revertida

Há de haver meios de alterar corações gélidos e petrificados de pessoas empenhadas, exclusivamente, aos bens pessoais.

Pressuponho a certeza da eficácia se tais meios provocarem episódios cruéis na vida dos portadores de insensibilidade. Porque quanto mais a pessoa se torna fechada ao desconforto alheio, mais cruel é o episódio a ela reservado pela própria vida em nome da restituição do que lhe resta, ainda, de humanidade. Nenhuma intenção agourenta há aqui. Apenas a simples constatação da dinâmica do viver.

Porque os fins serão atingidos, os fins de uma civilização predominantemente voltada ao bem-estar coletivo através do autêntico bem-estar individual, mesmo que ao preço do fim da civilização atual e de todos os seus princípios regentes.

A vida – no sentido mais representativo do viver, em suas expressões mais legítimas e autênticas, valorando a integralidade da criatura humana – sempre encontra meios próprios de prevalecer a despeito de toda força em contrário, a despeito de nossas reincidentes tentativas de sufocá-la.

Para não nos transformarmos em despojos humanos, deveremos nos despojar de tudo que se afigura como falta de humanidade, como falta de apreço às manifestações da vida; devemos nos despojar das barreiras ao espontâneo a ao extemporâneo de um viver completamente isento de qualquer obrigação.

Só quem a nada se sente obrigado pode dizer ‘obrigado’ de coração limpo, outorgando sua própria carta de alforria ao expressar gratidão arrebatada e humilde.


Liban Raach
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