Aviso aos navegantes

Este blog é apenas uma voz que clama no deserto deste mundo dolorosamente atribulado; há outros e em muitos países. Sua mensagem é simples, porém sutil. É uma espécie de flecha literária lançada ao acaso, mas é guiada por mãos superiores às nossas. À você cabe saber separar o joio do trigo...

13 de julho de 2011

O impulso de ser livre nasce da dor

A libertação de algo não é liberdade. Você está tentando ficar livre da ira; não digo que não se deva livrar da ira, mas digo que isso não é liberdade. Eu posso estar livre da ganância, da mesquinhez, da inveja, ou de uma dúzia de outras coisas e contudo não ser livre. A liberdade é uma qualidade da mente. Esta qualidade não ocorre através de pesquisas e inquirições muito cuidadosas e respeitáveis, através de análises muito cuidadosas ou coordenando ideias.

Essa é a razão porque é importante ver a verdade de que a libertação que estamos constantemente exigindo é sempre de alguma coisa, como a libertação do sofrimento. Não que não haja libertação do sofrimento, mas a exigência de ficar livre dele é simplesmente uma reação e, portanto, não o liberta do sofrimento. Estou fazendo-me entender? Eu sofro por variadas razões, e digo que devo ficar livre. O impulso de ficar livre do sofrimento nasce da dor. Eu sofro, por causa do meu marido, ou do meu filho, ou outra coisa qualquer; não gosto desse estado em que estou e quero afastar-me dele. Esse desejo de libertação é uma reação, não é liberdade.

Krishnamurti
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