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Este blog é apenas uma voz que clama no deserto deste mundo dolorosamente atribulado; há outros e em muitos países. Sua mensagem é simples, porém sutil. É uma espécie de flecha literária lançada ao acaso, mas é guiada por mãos superiores às nossas. À você cabe saber separar o joio do trigo...

5 de março de 2011

O casamento verdadeiro

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Pergunta a Osho:
Sei que você é contra o casamento, mas eu ainda quero me casar. Posso ter suas bênçãos?
Medite sobre a lei de Murphy: "Um tolo e sua calma logo ficam separados".

Medite sobre isso: um tolo e sua calma logo ficam separados. É o que o casamento vai ser. Só os tolos pensam em termos de legalidade; do contrário, amor é suficiente. E não sou contra o casamento – sou pelo amor. Se o amor se tornar seu casamento, ótimo; mas não espere que o casamento possa trazer amor. Isso não é possível. Amor pode tornar-se um casamento. Você precisa trabalhar bem conscientemente para transformar seu amor num casamento.

Geralmente, as pessoas destroem o amor delas. Fazem tudo para destruí-lo e então sofrem. E continuam dizendo, “Que deu errado?” Eles destroem – fazem tudo para destruí-lo. Existe um tremendo desejo e anseio por amor, mas amor necessita de grande consciência. Só assim é possível atingir seu mais elevado clímax – e o mais elevado clímax é o casamento. Isso não tem nada a ver com lei. É uma fusão de dois corações numa totalidade. É o funcionamento de duas pessoas em sincronia – isso é casamento.

Mas as pessoas tentam amar e devido a que elas estão inconscientes...o anseio delas é bom, mas o amor delas está repleto de ciúmes, cheio de possessividade, cheio de raiva, cheio de maldade. Logo elas o destroem. Consequentemente, por séculos elas dependeram do casamento. Melhor começar pelo casamento para que a lei possa lhe proteger de destruí-lo. A sociedade, o governo, a corte, o policial, o padre, todos eles irão lhe forçar a viver na instituição do casamento e você será apenas um escravo. Se o casamento for uma instituição, você vai ser um escravo nela. Só os escravos querem viver em instituições. O casamento é um fenômeno totalmente diferente: é um clímax do amor. Assim ele é bom.

Não sou contra o casamento – sou pelo casamento verdadeiro. Sou contra o falso, o pseudo, que existe. Mas isso é um arranjo. Ele lhe dá uma certa segurança, confiança, ocupação. Mantém você engajado. Do contrario, ele não lhe dá nenhum enriquecimento, nenhuma nutrição. Então, se você quiser casar de acordo comigo, só então posso lhe dá minhas bênçãos. Aprenda a amar, e deixe tudo que vai contra o amor. É uma tarefa árdua. É a maior arte da existência, ser capaz de amar. A gente precisa de um tal refinamento, uma tal cultura íntima, tal meditação, para que a gente possa ver imediatamente como a gente vai destruindo.

Se você puder evitar ser destrutivo, se você se tornar criativo no seu relacionamento; se você o suporta, o alimenta; se você for capaz de compaixão pela outra pessoa, não só paixão... paixão somente não é capaz de sustentar o amor; compaixão é necessária. Se você for capaz de ser compassivo com o outro; se você for capaz de aceitar suas limitações, suas imperfeições; se você for capaz de aceitá-lo do jeito que ele ou ela for e ainda assim amar – então um dia o casamento acontece. Isso pode levar anos. Pode levar sua vida toda.

Você pode ter minhas bênçãos, mas para um casamento legal você não precisa de minhas bênçãos – e minhas bênçãos também não servirão de ajuda. E cuidado! Antes de você mergulhar nisso, pense nisso mais uma vez.

Uma mulher entra numa loja de brinquedos e vê um pássaro com um grande bico, “O que é esse pássaro que parece tão estranho?” ela pergunta ao proprietário. “Esse é o pássaro glutão”, ele responde. “Porque você o chama de pássaro glutão?” O homem fala para o pássaro, “Pássaro glutão, minha cadeira!” O pássaro imediatamente sai bicando e devora a cadeira toda. “Eu quero comprá-lo”, diz a mulher. O dono pergunta o motivo. “Bem”, ela diz, “Quando meu marido chegar em casa ele irá ver o pássaro e perguntar, 'Que é isso?', eu direi, ‘Um pássaro glutão’. Então ele dirá, ‘Pássaro glutão, meu pé!’"

Apenas seja um pouco consciente antes de mover-se! Minhas bênçãos não ajudarão. Casamento é uma armadilha e sua esposa mais cedo ou mais tarde irá encontrar um pássaro glutão.

A senhora Moskowitz gostava de sopa de galinha. Uma noite ela estava tomando a sopa quando três amigos do marido dela chegaram. “Senhora Moskowitz”, o porta-voz disse, “estamos aqui para lhe dizer que seu marido, Izzy, foi morto num acidente de carro”. A senhora Moskowitz continuou tomando sua sopa. Novamente eles contaram a ela. Ainda nenhuma reação. “Olhe”, disse o homem, perplexo, “Estamos lhe dizendo que seu marido está morto!” Ela continuou com a sopa. “Cavalheiros”, ela disse com a boca cheia de sopa, “logo que eu acabe com essa sopa de galinha, vocês irão ouvir algum grito!”

Casamento não é amor; é alguma outra coisa.

Uma mulher estava lamentando no túmulo do marido, “Oh, Joseph, já faz quatro anos que você se foi, mas eu ainda sinto sua falta!”. Nesse momento Grossberg passava e viu a mulher chorando. “Desculpe”, ele disse, “por quem você está lamentando?”. “Meu marido”, ela disse. “Sinto tanta falta dele!”. Grossberg olhou na lápide e então disse, “Seu marido? Mas está escrito na lápide ‘Consagrado à memória de Golda Kreps’”, “Oh, sim, ele colocou tudo em meu nome”.

Assim, fique atento antes de ser apanhado na armadilha! Casamento é uma armadilha: você será apanhado pela mulher e a mulher será apanhada por você. É uma armadilha mútua. E então legalmente vocês estão autorizados a torturar um ao outro para sempre. E particularmente nesse país, não só por uma vida, mas por várias! O divórcio não é permitido nem após sua morte. Na próxima vida você terá a mesma esposa, lembre-se!

Osho, em "Ah This!"
Fonte: Osho.com

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