Aviso aos navegantes

Este blog é apenas uma voz que clama no deserto deste mundo dolorosamente atribulado; há outros e em muitos países. Sua mensagem é simples, porém sutil. É uma espécie de flecha literária lançada ao acaso, mas é guiada por mãos superiores às nossas. À você cabe saber separar o joio do trigo...

13 de setembro de 2011

Pangaré Chucro



Quando um cavalo está correndo em bando, a aproximação de outro cavalo correndo ao seu lado o faz correr mais.

Como se o cavalo não admitisse, por instinto, a ultrapassagem de nenhum outro cavalo. Talvez por sofrer complexo de corcel negro, ou síndrome de alazão, ou qualquer outra coisa inerente à natureza do cavalo.

Assim, também, são os nossos preciosismos da personalidade, os nossos personalismos, o nosso Ego. Tão logo a manifestação do que consideramos nossa personalidade sinta-se prestes a ser ultrapassada, recrutamos todas as forças disponíveis para nos manter à frente.
                  Esta é uma atitude inerente à natureza do Ego, inerente a este pangaré chucro. E no campo da selvageria, qual seja o campo de atuação do chucro, há ausência de medidas e limites.

Somente imbuídos por um estado de pureza infantil obtemos lucidez e leveza suficientes para uma abordagem transparente ao encontro deste corcel negro, deste indômito selvagem e, enfim, acontece a sua mais completa rendição.


Liban Raach
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