Assim como um donte tem de sair à procura de quem o cure, aquele que sente intensamente a necessidade de um remédio para os males da vida, não pode evitar a busca de alguém que o guie pela trilha certa.
(...)
Via de regra, os sábios não ministram da mesma forma a todos os conhecimentos que trazem dentro de si. Escondem as verdades mais profundas daqueles cujas mentes não estão receptivas e aptas, pois uma verdade mal compreendida é mais fatal do que a própria ignorância¹. Por conseguinte, quem desejar ser totalmente instruído por um Sábio deve estar preparado para por de lado suas próprias crenças. Não deve ficar fanaticamente apegado a qualquer convicção. O discípulo de mente livre de preconceitos, que tem pouco ou nenhum conhecimento livresco, acha-se em melhor condição do que os letrados cujas mentes estão escravizadas por suas crenças.
Com a mente desprevenida, perguntamos ao Sábio porque somos escravos dos desejos e temores, e ele nos responde que tal acontece por não nos conhecermos corretamente — porque porque julgamos ser aquilo que não somos.
A primeira vista, esta resposta pode parecer duplamente errada. Somos incapazes de ver o conhecimento correto de nós mesmos pode ser necessário ao nosso modo de viver. Aspiramos a aprender como dobrar o mundo à nossa vontade ou então como a ele adaptarmo-nos de modo a podermos tirar o melhor proveito, por pior que seja. Não vemos como o conhecimento correto de nós mesmos pode ser-nos útil nesse mister. Em segundo lugar, estamos completamente convencidos de que nos conhecemos perfeitamente bem.
Acreditamos que o conhecimento é de grande valor, e procuramos conhecer a verdade sobre tudo que possivelmente vamos encontrar na vida. Somos tão fanáticos quanto a isso, que desejamos tornar compulsória a todos a aquisição do conhecimento. E todo esse conhecimento é concernente ao mundo — e não a nós mesmos. Com o passar dos séculos, cada nação ou grupo de nações, acumulou bastante conhecimento — história, geografia, astronomia, química, física, ética, teologia, biologia, sociologia, e até mesmo o que se conhece pelo nome imponente de filosofia ou metafísica. Se todo esse conhecimento, que vem se amontoando, desse felicidade, deveria ter havido um aumento constante da felicidade humana. Mas o caso é outro. (...) na verdade, a ciência trouxe o mundo a um estado em que a própria sobrevivência da raça humana está sendo seriamente ameaçada.
(...) a investigação do mundo exterior a nada nos poderá levar, exceto à ignorância... Quando procuramos conhecer alguma cosia que não seja nós mesmos, sem procurarmos conhecer a verdade de nós mesmos, o conhecimento que obtemos provavelmente não pode ser exato.
(...) A busca da verdade exige do investigador certas atitudes da mente e do coração que certamente são raras. A educação universal certamente não teve êxito em aumentar o número de investigadores realmente competentes... quem deseja saber a Verdade seja do que for, deve primeiro conhecer-se a si mesmo e com perfeição. Quer dizer que aquele que não se conhece, parte de um erro inicial, o qual deturpa todo conhecimento resultante de suas investigações. Quem conhece a si mesmo, n o entanto, está livre de tal erro, e somente ele é capaz de encontrar a Verdade do mundo ou das coisas do mundo.
Mas não nos conhecemos? Pensamos que sim. O homem vulgar afirma com convicção que se conhece a si mesmo da forma adequada; e pode ser-lhe impossível chegar a entender que não se conhece, mesmo que escute de um Sábio. É necessário termos a mente muito adiantada e grandemente purificada para percebermos e reconhecermos que não nos conhecemos a nós mesmos — que as idéias sobre nós mesmos, acalentadas durante tanto tempo, está erradas. Os Sábios nos dizem que as nossas idéias sobre nós mesmos são um misto de verdade e de erro.
(...) a investigação do mundo exterior a nada nos poderá levar, exceto à ignorância... Quando procuramos conhecer alguma cosia que não seja nós mesmos, sem procurarmos conhecer a verdade de nós mesmos, o conhecimento que obtemos provavelmente não pode ser exato.
(...) A busca da verdade exige do investigador certas atitudes da mente e do coração que certamente são raras. A educação universal certamente não teve êxito em aumentar o número de investigadores realmente competentes... quem deseja saber a Verdade seja do que for, deve primeiro conhecer-se a si mesmo e com perfeição. Quer dizer que aquele que não se conhece, parte de um erro inicial, o qual deturpa todo conhecimento resultante de suas investigações. Quem conhece a si mesmo, n o entanto, está livre de tal erro, e somente ele é capaz de encontrar a Verdade do mundo ou das coisas do mundo.
Mas não nos conhecemos? Pensamos que sim. O homem vulgar afirma com convicção que se conhece a si mesmo da forma adequada; e pode ser-lhe impossível chegar a entender que não se conhece, mesmo que escute de um Sábio. É necessário termos a mente muito adiantada e grandemente purificada para percebermos e reconhecermos que não nos conhecemos a nós mesmos — que as idéias sobre nós mesmos, acalentadas durante tanto tempo, está erradas. Os Sábios nos dizem que as nossas idéias sobre nós mesmos são um misto de verdade e de erro.
Maha-Yoga (WHO)
¹"Não dei aos cães o que é santo, nem lanceis vossas pérolas aos porcos" (Mat. t:6)