Chegou um ancião e se sentou na sala. O Maharshi estava lendo a versão sanscrita de Sarma, da obra Arunachala Akshara Manamalai (o primeiro de Os Cinco Hinos a Arunachala). O homem lhe perguntou suavemente: "Diz-se que a realização é a mais alta das expressões, e que a expressão fracassa sempre na hora de descrever a realização. Como é isso?""
M.: Essa questão tem sido mencionada em Arunachala Ashtakam, verso 3, onde se admite que, ainda que a expressão da realização é impossível, não obstante, se indica sua existência.
Pouco depois, houve visíveis sinais de emoção no homem. Sua respiração era profunda e ronca. Caio sobre o solo prostrando-se humildemente, e se levantou depois de um ou dois minutos. Permanecendo calmo por um curto tempo, deixou o lugar. Evidentemente, o homem havia tido alguma iluminação. Buscava uma confirmação de Maharshi, que lhe respondeu adequadamente. Encontrou a confirmação, e humilde e sentidamente reconheceu a interseção divina em seu benefício.
Formulou-se uma pergunta sobre a passagem dos Upanishads que diz assim: "o Espírito Supremo é mais sutil que o mais sutil e maior o mais maior".
M.: A estrutura do átomo tem sido descoberta pela mente. Por conseguinte, a mente é mais sutil que o átomo. Isso que está por detrás da mente, a saber, a alma individual, é mais sutil que a mente. Ademais, el santo tamil Manickavachagar tem dito das partículas de poeira dançando num raio de sol, que se cada uma delas representa um universo, a totalidade da luz solar representará o Ser Supremo.
Conversas com Sri Ramana Maharshi - 8 de janeiro de 1935