Aviso aos navegantes

Este blog é apenas uma voz que clama no deserto deste mundo dolorosamente atribulado; há outros e em muitos países. Sua mensagem é simples, porém sutil. É uma espécie de flecha literária lançada ao acaso, mas é guiada por mãos superiores às nossas. À você cabe saber separar o joio do trigo...

11 de maio de 2012

O trabalhador afunda ao nível de mercadoria


(...) O trabalhador afunda ao nível de mercadoria, torna-se a mais destruída das mercadorias. (...) Torna-se mais pobre quanto mais riqueza produz. (...) Torna-se a mais barata das mercadorias quanto mais mercadorias cria. À medida que aumenta o valor do mundo das coisas, ocorre em proporção direta a desvalorização do mundo dos homens. (...) O objeto produzido pelo trabalho confronta-o como se fosse algo alienado, uma força independente do seu produtor. (...) O trabalhador põe sua vida no objeto; mas agora sua vida não mais pertence a ele e sim ao objeto. (...) A alienação do trabalhador em relação ao seu produto significa não apenas que seu trabalho se tornou um objeto, uma existência externa, mas que existe independentemente, como algo que lhe é alheio e que se torna uma força que o confronta; a vida que ele conferiu ao objeto o confronta como algo hostil e alheio. (...) Quanto mais o trabalhador produz, menos tem para consumir; quanto mais valores cria, mais desvalorizado se torna; quanto melhor a forma do seu produto, mais deformado o trabalhador; quanto mais civilizado seu objeto, mais bárbaro o trabalhador (...) Se o trabalho produz para o rico coisas maravilhosas, para o trabalhador ele produz privação. O trabalho produz palácios, mas para o trabalhador, favelas. Produz belezas, mas para o trabalhador, deformidades.

Karl Marx - Manuscritos Econômicos-Filosóficos
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