Aviso aos navegantes

Este blog é apenas uma voz que clama no deserto deste mundo dolorosamente atribulado; há outros e em muitos países. Sua mensagem é simples, porém sutil. É uma espécie de flecha literária lançada ao acaso, mas é guiada por mãos superiores às nossas. À você cabe saber separar o joio do trigo...

29 de maio de 2012

A virtude do discernimento


A virtude do discernimento é necessário no caminho do aspirante. Ele precisa saber distinguir o verdadeiro do falso, o eterno do efêmero, as bruxuleantes chamas da existência material do puro fogo da vida. Suas bagagens são muitas. Ele deverá ir-se liberando delas no decorrer do caminho. Nisso será ajudado, pois não há peregrino que não conte com o auxílio de consciências mais experientes a guiá-lo. 

Todavia, não lhe faltarão convites que sorrateiramente tentarão desviá-lo da meta, nem mensageiros que, sob vestes brancas, tentarão passar por porta-vozes da verdade. Insuflar-lhe-ão desejos e reações, e sutilmente colocarão em sua mente germes de pensamentos que poderão fazê-lo retornar sobre seus passos; estimularão nele o apego ao passado, às vivências positivas, tentarão confundí-lo com promessas recompensadoras. Usarão de suas boas intenções e de aspectos ainda obscuros de sua natureza humana para levá-lo por rumos equivocados. Por isso, para ele a necessidade de perene vigilância e entrega é fundamental. 

O estado em que o ser não mais vive pessoalmente, mas pe vivido por energias maiores, cósmicas, celestiais, não pode ser fabricado com o querer humano. O querer tem de estar presente apenas para manter tensionadas as cordas do sagrado instrumento que soará quando, de modo sobrenatural, for tocado pelas mãos invisíveis do verdadeiro músico. 

Vossas ilusões? Lançai-as no fogo que arde no coração. Vossos desejos de servir ao Criador? Também estes deveis entregar. Com essas capas a vos recobrir, como poderá a essência refletir-se em vosso ser?

O que e feito de matéria ao mundo pertence. Renunciai ao que vos prende e caminhai rumo à luz.

Quando a decisão é firmada, o passado não mais atrai o peregrino. Mesmo que enevoantes lembranças dele se acerquem, já reconheceu o "Segredo da Medusa" e não se deixa iludir. Seus passos são firmes; sua fé, inabalável. Sua respiração é profunda, pois o alento do cosmos o sustenta. Nada pede para si, nada espera da vida. Apenas segue cumprindo o que, do Alto, lhe é no silêncio indicado. 

Trigueirinho
Aos que Despertam
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