As mulheres e os homens bonzinhos que procuram agradar às pessoas também agem desprovidos de vergonha e passam sua vergonha para os outros. No livro Creative Aggression, os médicos George Bach e Herber Goldberg descrevem detalhadamente o comportamento neurótico, que envolve ser uma pessoa que agrada às outras.
De muitas maneiras, ser "bonzinho" é o disfarce oficial para a vergonha tóxica. A pessoa boazinha se esconde atrás da fachada defensiva de ser uma pessoa agradável e apreciada.
A meta da pessoa boazinha é a sua própria imagem e não a outra pessoa. Ser agradável é basicamente uma maneira de manipular as situações e as pessoas. Fazendo isso, a pessoa evita qualquer intimidade ou contato emocional verdadeiro. Ao evitar intimidade, ela pode garantir que ninguém a verá como realmente é, com uma base de vergonha, imperfeita e defeituosa.
Bach e Goldberg resumem o preço de ser bonzinho. Essa atitude é autodestrutiva e indiretamente vergonhosa para os outros por ser hostil. A pessoa boazinha:
- tende a criar uma atmosfera na qual ninguém pode fornecer um feedback sincero. Isso bloqueia seu crescimento emocional.
- Refreia o crescimento dos outros, visto que ela nunca fornece um feedback sincero.Isto priva os outros de uma pessoa de verdade contra quem possam se afirmar. Os outros sentem culpa e vergonha por sentirem raiva da pessoa boazinha. O outro volta sua agressão contra si mesmo, gerando a vergonha.
- O comportamento agradável é irreal; ele introduz graves limitações em qualquer relacionamento.