Nossa sociedade é altamente viciadora. Temos 60 milhões de vítimas de abuso sexual. Possivelmente 75 milhões de vidas são gravemente afetadas pelo alcoolismo, sem mencionar quantas o são por outras drogas. Não temos nenhuma idéia do verdadeiro impacto exercido em nossa economia pelos bilhões de dólares livres de impostos oriundos dos traficantes de drogas. Mais de 15 milhões de famílias são violentadas. Cerca de 60% das mulheres e 50% dos homens têm distúrbios alimentares. Não temos dados concretos sobre os viciados em trabalho e os viciados em sexo. Recentemente via uma citação que mencionava 13 milhões de viciados em jogo. Se a vergonha tóxica é o alimento do vício – temos um problema maciço de vergonha em nossa sociedade.
Outro indicador da desesperança que está enraizada e dos resultados da nossa vergonha é a nossa atividade febril e excessiva e nosso estilo de vida compulsivo. Erick Fromm fez um extenso diagnóstico dessa situação em seu livro THE REVOLUTION OF HOPE. Ele encarava nossa atividade excessiva como um indício de nossa inquietude e falta de paz interior que fluem do âmago da nossa vergonha. Somos fazedores humanos, porque não temos uma vida interior. Nossa vergoha tóxica não permite que nos voltemos para dentro. O interior é extremamente doloroso para nós. Ali não existe esperança. Como declara Sheldon Kopp: "Podemos mudar o que estamos fazendo, mas não podemos mudar quem somos". Se sou falho e defeituoso, como ser humano, então existe algo errado comigo. Eu sou um erro. Eu não tenho esperança.
John Bradshaw - Curando a vergonha que impede de viver