Respostas vêm com a brisa
A brisa certeira
Que não principia, nem acaba.
Feliz quem está atento
Ao peculiar movimento
Do vento roçando o rosto
Trazendo nem gosto, nem desgosto:
Como entreposto, sussurra ao ouvido
Sábio em auscultar a solitude...
A boa conselheira brisa
Faz-se companheira
E desta simples maneira
Atende à solicitude
Da dúvida que martiriza
A concepção de finitude.
Miríades de teorias vão e vem...
Teorias de combate à pobreza
Seja do corpo, seja do espírito.
Na lufada do ‘insight’ feito vendaval
Foram-se as teorias todas...
Foi-se a miséria levando a riqueza com ela.
Foi um vento que passou em minha vida,
Um vento que veio como foice.
Um vento que veio e... foi-se!
LibaN RaaCh
BLOWING IN THE WIND (Soprada No Vento)
Bob Dylan
Quantas estradas
precisará um homem andar
Antes que possam
chamá-lo de um homem?
Quantos mares
precisará uma pomba branca sobrevoar
Antes que ela possa
dormir na areia?
Sim e quantas vezes
precisará balas de canhão voar
Até serem para
sempre banidas?
A resposta, meu
amigo, está soprada no vento
A resposta está
soprada no vento
Sim e quantos anos
pode existir uma montanha
Antes que ela seja
dissolvida pelo mar?
Sim e quantos anos
podem algumas pessoas existir
Até que sejam
permitidas a serem livres?
Sim e quantas vezes
pode um homem virar sua cabeça
E fingir que ele
simplesmente não vê?
A resposta, meu
amigo, está soprada no vento
A resposta está
soprada no vento
Sim e quantas vezes
precisará um homem olhar para cima
Antes que ele possa
ver o céu?
Sim e quantas
orelhas precisará ter um homem
Antes que ele possa
ouvir as pessoas chorar?
Sim e quantas
mortes ele causará até ele saber
Que muitas pessoas
morreram?
A resposta, meu
amigo, está soprada no vento
A resposta está
soprada no vento