A palavra amplificada pelo estado beatífico de quem a emite surte
um tremendo efeito dentro da gente. Uma pessoa pode estar em estado beatífico
sem precisar ser, necessariamente, santa.
O estado beatífico ao qual me refiro é algo relativamente
simples de se conseguir. Basta recolher-se, mesmo em meio a um grupo de pessoas
(em reunião com amigos ou de trabalho), recolher-se psicologicamente a região
que inspire imenso conforto e acolhimento. Todos somos capazes de descobrir
esta região psíquica onde nos sentimos em profundo estado de paz.
Em cada um, tal região possui um desenho particular: uma
paisagem idílica, um aposento pessoal, o rosto de alguém (santo, profeta ou
mestre), alguma passagem da própria vida, alguma frase ou texto
significativo...
Conforme nos permitimos adentrar nesta região, neste
recinto, vamos sendo tomados por um estado único, inédito, de ser e de estar.
Um estado inédito vai tomando conta de nós.
Progressivamente, ao nos permitirmos permanecer neste
estado único que vai tomando conta de nós por mais tempo, no decorrer de nosso
dia, vamos notando como os eventos ganham ares providenciais, vindo ao encontro
de nossas reais necessidades, vindo de forma natural e espontânea.
E como nós os recebemos, também, de forma natural.
Através deste estado inédito, deste ‘estado
beatífico’, proferimos palavras e ações – ao mesmo tempo – intensas e belas.
LibaN RaaCh