Aviso aos navegantes

Este blog é apenas uma voz que clama no deserto deste mundo dolorosamente atribulado; há outros e em muitos países. Sua mensagem é simples, porém sutil. É uma espécie de flecha literária lançada ao acaso, mas é guiada por mãos superiores às nossas. À você cabe saber separar o joio do trigo...

23 de janeiro de 2012

Não faltou oportunidade...

Temos o péssimo hábito de considerar como oportunidades perdidas as situações apresentadas pela vida onde, se tivéssemos nos comportado de maneira diferente da qual de fato nos comportamos, haveria um resultado melhor para nós mesmos e para nossas vidas.

Há, por trás disto, uma lastimável visão falsa do tempo – como se o ‘hoje’ fosse desprovido de qualquer possibilidade de realização – que esconde algo mais lastimável e mais falso ainda: o profundo descontentamento atual, o profundo sentimento de frustração por acreditar que não fomos capazes de realizar nada, não fomos capazes de conquistar nada (nem uma casa própria, nem a estabilidade financeira, nem estabilidade nos relacionamentos e muito menos um estado de segurança definitiva ausente, também, naqueles que conquistaram casa própria e estabilidade financeira).

Quando se tira proveito de oportunidades sem estar devidamente amadurecido, como geralmente acontece, ficam implantados conflitos que resultam, invariavelmente, em luta e violência. Assim, temos que lutar para preservar o emprego; ou, quando autônomos, temos que lutar para manter uma posição alcançada.

O conceito social de oportunidades envolve, somente, as chances de alguém executar determinadas tarefas que, quanto mais ocupam seu tempo e quanto mais bem remuneradas, consideram-nas ótimas... ótimas oportunidades.

Algo, talvez, esquecido por esta visão condicionada é a absoluta inconsistência em qualquer atividade externa pela permanência de um estado de realização.

Quem vive em função do mais compenetrado respeito à quietude interior obtém nutrientes em todas as seivas... mesmo em cactos espinhosos.

O ponto essencial está em: existe alguma atividade dita profissional que possa ser exercida sem ferir o princípio básico da quietude interior?

LibaN RaaCh



"O perigo da vertigem vem da ilusão de que essa sublime posição
seja obra do seu ego personal, vem do erro fatal
de que a pessoa humana tenha creado essa glória
no alto do candelabro ou no cume do monte".

Huberto Rohden
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