Enquanto identificados com o ego, somos totalmente impotentes diante da rebeldia mental com seus mais estranhos e desconexos pensamentos que insistem em proliferar num ritmo por vezes alucinante, o qual nos mantém num estado de transe sonambúlico que nos impossibilita a manifestação de um estado de absorção interna que é Consciência Pura.
Contra esse incessante fluxo mental, não adianta qualquer tipo de esforço, tensão ou violência. O que se pode fazer é manter-se como uma testemunha, como um espectador impessoal, do habitual, involuntário e irrequieto fluxo mental.
É natural, durante esta prática de testemunho impessoal, a mente apresentar pensamentos que questionem a praticidade e objetividade desta prática meditativa diante daquilo que ela imagina ser a realidade da vida, dessa vida caótica, destituída de períodos de ócio, intimidade, na qual ela se vê profundamente enredada. Diante disso, torna-se impossível encontrar a origem através da qual, a mente, de forma inconsciente, funciona.
NJRO