Aviso aos navegantes

Este blog é apenas uma voz que clama no deserto deste mundo dolorosamente atribulado; há outros e em muitos países. Sua mensagem é simples, porém sutil. É uma espécie de flecha literária lançada ao acaso, mas é guiada por mãos superiores às nossas. À você cabe saber separar o joio do trigo...

5 de janeiro de 2012

Os Errantes Não-Judeus!

Há momentos em que o silêncio me é profundamente caro.

Uma estória... talvez lendária, talvez real...:

No caminho pelo qual Jesus Cristo passou arrastando a pesada cruz havia o estabelecimento de um sapateiro judeu. Na frente da loja deste sapateiro, Jesus tombou. Neste momento, o sapateiro judeu O repreendeu dizendo-Lhe para que seguisse andando rápido dali. No que Jesus Cristo retrucou dizendo ao sapateiro que ele, o judeu sapateiro, haveria de andar por este mundo, haveria de caminhar por esta Terra, até que Ele, O Cristo, voltasse novamente.

Assim surge a fábula “O Judeu Errante”.

Menos importância tem a veracidade dos fatos acima do que a formação, na mente da humanidade, de uma figura fadada a caminhar, sem descanso, pela vastidão do mundo até a segunda vinda Daquele que foi uma das encarnações da Consciência Cósmica na Terra.

Este “mito” tem correspondência em cada um dos buscadores da verdadeira senda espiritual. Com cada um que busca comungar na Irmandade entre toda espécie viva. Com aquele que busca uma experiência direta com a Divindade, com a Consciência Cósmica; com aquele que tem esta necessidade visceral, que nada do que pertença ao mundo consegue contentar – apesar dos eflúvios Divinos existirem no mundo sem, no entanto, pertencerem ao mundo – este buscador é um errante. Podemos afirmar que a tendência mundial é pelo aumento considerável na quantidade de errantes sinceros e com discernimento suficiente para não se deixarem enredar por promessas vãs.

Recuso-me a acreditar na penalidade com prazo indeterminado para seu fim, como se poderia inferir no mito de “O Judeu Errante”. A punição imposta é um dos mais covardes recursos tidos com o fito educativo que, em verdade, ocultam a fragilidade de uma impotência absoluta naquele que pune, ou naquele que deseja punir.

A apreensão – por meio de momentos silentes – de realidades incorpóreas benfazejas, de irradiações policromáticas, faz-me soltar chispas irritadiças em quem interfere neste influxo. Isto me faz ver o quanto estou inapto a uma vivência continuada destas realidades. O quanto ainda me sinto melindrado por contingências ou pessoas inconscientes deste processo.

Até que venha a erradicação de todos os meus melindres, a fábula de “O Judeu Errante” será um fato real e verídico em meu caminhar incessante...

LibaN RaaCh
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