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Este blog é apenas uma voz que clama no deserto deste mundo dolorosamente atribulado; há outros e em muitos países. Sua mensagem é simples, porém sutil. É uma espécie de flecha literária lançada ao acaso, mas é guiada por mãos superiores às nossas. À você cabe saber separar o joio do trigo...

5 de dezembro de 2011

A Cura


Cena na porta de um hospital:

Um jovem casal de mãos dadas a uma criança, uma menininha de uns três anos de idade – em roda – dançavam na entrada externa de um Hospital, obedecendo à regência da menininha. Agachavam-se em determinados momentos.

Eu, à distância, não pude deixar de apreciar aquela cena, atraído pela atmosfera de inocência que os envolvia. Mesmo sem ouvir o que cantavam, pois cantavam baixinho, talvez para não incomodar a pressa dos transeuntes e, também, porque o barulho dos carros encobria qualquer som.

Creio que cantavam alguma versão reduzida de “ciranda-cirandinha”, pois se agachavam após menor número de voltas.

Aquilo me lembrou de uma passagem na vida de Ramana Maharshi, contada por um amigo, onde uma mãe, desenganada pelos médicos (ou deveria dizer ‘enganada’?), levou um filho até ele, um filho que tinha uma doença incurável.

Ao aproximar a criança para junto de Ramana Maharshi, este ficou a brincar com ela... ficou simplesmente a brincar com ela... a brincar e nada mais. Quando Sri  Ramana  devolveu a criança à sua mãe, nada além da Essência Pura estava presente, da Essência que não se deixa macular por quaisquer disposições hostis. A mãe, após exames médicos, comprovou a cura.

Imenso valor imerso se pode aferir disto:
Diante do rigor de nossas posturas severas, temos relegado à segundo plano a maestria de composições esmeras...
Composições feito ingênuas cantigas de roda, esguichando suavidade aos borbotões!

LibaN RaaCh
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