Aviso aos navegantes

Este blog é apenas uma voz que clama no deserto deste mundo dolorosamente atribulado; há outros e em muitos países. Sua mensagem é simples, porém sutil. É uma espécie de flecha literária lançada ao acaso, mas é guiada por mãos superiores às nossas. À você cabe saber separar o joio do trigo...

23 de fevereiro de 2012

A experiência do deserto


Deserto

Habitar no deserto
Antes de se dar a conhecer. (2X)

Nós estamos inciando um trabalho sobre os símbolos da vida e começamos por ouvir um cântico  que diz "habitar no deserto antes de nos darmos a conhecer", porque nós temos muita pressa de nos manifestar, temos muita pressa de nos dar a conhecer, de inspirar os outros, de mandar nos outros mas, isto tudo, não acaba bem quando a gente ainda não atravessou o deserto. Então, o cântico está chamando atenção para isto. Nós quando estamos no caminho espiritual, temos uma grande necessidade de alimento espiritual, temos uma avidez interior da consciência que não se contenta mais com as coisas do mundo, nem com as coisas da vida; a consciência não se satisfaz mais com aquele ensinamento que vem de fora, por mais correto que ele possa ser, por mais real que ele possa ser, mas nós chegamos num ponto que não nos satisfazemos mais  com isso e, ao mesmo tempo, nós não temos ainda aquela possibilidade de nos nutrirmos e de encontrar este ensinamento, esta força, dentro de nós. É um momento intermediário este, porque todos nós deixamos de nos contentar com as coisas do mundo e da vida, sempre um pouquinho antes de conseguirmos a verdadeira Vida, de conseguirmos a coisa que estamos buscando. Todos passam por isso. E esse trecho do nosso caminho, no qual nada de fora nos satisfaz mais, mas ainda não temos aquilo de dentro, fluente, ainda não temos aquilo disponível, isto é que se chama "O deserto — atravessar o deserto". Mas, nós só chegamos nisso, nesta situação, depois que estamos realmente decididos a sermos guiados internamente. E não temos outra decisão a tomar porque não se encontra mais guia aqui fora, não se encontra mais nada o que satisfaça realmente. E fica este intervalo, fica este hiato, fica este deserto, fica este trecho de caminho que nós temos que fazer, porque neste trecho do caminho aonde a gente não é nem uma coisa e nem outra, aonde a gente não encontra o que quer e não sabe onde buscar, ou sabe onde buscar e quando vai buscar lá não vem, nós precisamos de atravessar este deserto, nós precisamos desta situação, porque é nesta situação que nós vamos comprovar se somos perseverantes. É nesta situação que nós vamos comprovar para nós mesmos se a nossa fidelidade já está madura, já está treinada. Porque se, a nossa fidelidade é falsa, e se a nossa perseverança era artificial, ou era de um principiante, neste deserto, isto fica claro e, então, esta travessia não prossegue, não se dá e então nós passamos a viver situações intermediárias de compromisso até que estejamos prontos para uma nova prova e para um novo impulso. Se nós permanecemos nesta situação — e só na fá podemos estar ai, não — de precisarmos de uma coisa que deve vir de dentro e isto ainda não vem e fora nada corresponde, e se nós perseveramos, se nós não desistimos, e no momento que a gente decide continuar e prosseguir, apesar de tudo, neste momento, o deserto acaba. Neste momento começa a vir aquilo que tem que vir de dentro e isto é imperceptível, isto não dá sinais, não, e quando a gente percebe... Está chegando! Quando a gente percebe está vindo!

Enquanto nós não passamos por esta prova, tudo que nós passamos para os outros não é verdadeiro, não é comprovado em nós e o outro não sente segurança naquilo que a gente está passando, porque a gente ainda não atravessou o deserto. Então, nenhum de nós pode garantir se realmente é fiel e nenhum de nós pode garantir se é realmente perseverante, se é verdadeiro aquilo que diz ser. E o outro percebe isto! E não tem um referencial real, não recebe uma força que ele precisa, que ele necessita. E é bom que nós tenhamos isto claro para não decepcionarmos o outro neste ponto da fé e da perseverança, num momento em que o outro está numa situação critica, difícil para ele, e numa situação na qual nós já passamos. E sabemos que nestas situações de transição é bom que a gente não seja desestimulado, é bom que nossa parte melhor seja reforçada. Isto que constrói esta base sólida, isto que nos ajuda a atravessar este deserto e a darmos ao outro uma força e ajudarmo um outro em tudo aquilo que ele precisa, isto tudo é baseado na gratidão. Quem não tem gratidão pelo próprio processo, quem não tem gratidão pelas próprias provas pelas quais passa, não encontra jamais esta base em si. Então, a gratidão não se vai aprender nesta etapa; nós travessamos o deserto, corretamente, sem fraquejarmos, quando já temos de fazes anteriores, a gratidão treinada, a gratidão desenvolvida, a gratidão estabelecida em nós. Porque é só a gratidão que faz nós atravessarmos estas provas como se elas não pudessem nos abalar, como não podem mesmo nos abalar. São provas pelas quais nós passamos para o nosso crescimento; nós passamos pelas provas para crescermos espiritualmente, para desenvolvermos internamente. E, se dentro de uma prova, nós não somos gratos a ela, nós jamais teremos esta força, jamais teremos esta fidelidade de atravessar um deserto , jamais atravessaremos estas etapas de não saber onde estamos — que isto acontece ao longo do caminho espiritual — e de não saber como ter o alimento necessário. E aqui é preciso esta gratidão, já estabelecida no ser, gratidão que nós treinamos em outras etapas, treinamos diante de outras circunstancias, de outras vivencias, não é? E também, este firme propósito de não desviarmos da meta. Esta decisão de não sair do caminho, com o que quer que aconteça, e vai acontecer aquilo que pra nós é a coisa mais difícil... Então, vai acontecer uma coisa diferente pra cada um. A prova para ver se você não desiste, vai ser diferente pra cada um; porque esta prova é aquela mais dura pra você. O plano escolhe a coisa que mais poderia te fazer retroceder e te dá aquilo e aquela é a sua prova. E ali você tem que comprovar a si mesmo que você é firme, isto é, que você é, que você não depende do outro, que você não depende do que o outro faz, o outro te faz aquilo que pra você é a coisa pior, ele está naquele papel e as circunstancias estão naquele papel. Então, ali, você tem que ser firme, ali você tem que dizer: "Eu prossigo, eu prossigo, independentemente disto, apesar disto, eu prossigo!" Porque isto não tem a menor importância, tudo isto não tem a menor importância. O que tem importância é que você prossiga, nada mais!... O que se passou, o que se passa, o que você está sentindo, o que você está pensando, tudo isto não tem a menor importância diante deste ponto, de você prosseguir apesar de tudo. Este que é o ponto! E este é o ponto deste cântico, isto é o que está atrás deste cântico. E claro que ele não nos deixa assim, mas ele diz, em seguida, que nos mundo internos está a fonte do ensinamento. Você vá para o seu interior, você vá para dentro de si, de uma vez por todas, deixe de ficar esperando que isto venha de fora, o que isto venha de alguém, de uma vez por todas, deixe disto e vá buscar o que você precisa, o ensinamento, o ensinamento para a vida, a forma de viver, a forma de estar na vida, você vá buscar tudo no seu interior. Isto é o que este cântico está trazendo para nós nesta altura. 

E o ensinamento não é outro do que você encontrar esta via, de você encontra este caminho para chegar na fonte, para chegar no seu interno, para chegar no seu ponto central, aquele que é o ponto central nesta etapa da tua vida. E, quando você chegar lá, quando você estiver no limiar deste ponto, ou quando você estiver dentro deste ponto, ai, a gratidão não vai ser mais uma cosia teórica pra você, nem uma coisa que você precise buscar com muito esforço. Quando você chegar naquele ponto, você vai ver que lá dentro existe gratidão por tudo, existe gratidão por tudo que você viveu desde o principio da tua vida, desde o principio de tua encarnação; ali dentro de você existe gratidão por tudo. Então, você vai se unir com tudo realmente e você vai ser curado de ser ingrato, você vai ser curado de não compreender que tudo acontece para o teu bem, que tudo, seja o que for, está acontecendo sob medida, da forma certa, na dose certa, pra você crescer. Mas isto, enquanto você não chega lá dentro, você tem que fazer um esforço pra ser grato. Você tem que discernir, você tem que pensar, você tem que se superar, você tem que transcender aquilo que é a sua mente, aquilo que é a sua compreensão, você tem que fazer uma tábua rasa de todas as suas qualidades, enfim, você faz um esforço muito grande pra ser grato. Você faz um esforço muito grande para aceitar, pra caminhar. Mas, quando chega lá dentro, vem uma gratidão por tudo e nada fica fora desta gratidão. Isto é a fonte do ensinamento, esta é a fonte que está lá dentro, é isto que está lá para nos ensinar, para nos ensinar estar nesta vida única, de estar neste conjunto de coisas para não excluirmos nada, não excluirmos nada e não estarmos, realmente, excluídos de nada. 

Isto é o sentido deste cântico e isto é o símbolo deste deserto. É um símbolo que diz respeito a uma passagem da nossa vida, este deserto está simbolizando um ponto da nossa existência, um momento da nossa existência que todos temos que atravessar. Então, nós vamos ver, o quanto este simbolo do deserto, se é vivo em nós e se nós conseguimos realmente vive-lo dentro da realidade, se nós conseguimos estar firmes, até que sejamos esta gratidão por tudo e por todos, nós vamos ver que este símbolo nos leva em seguida à um símbolo maior, à uma outra situação. Então, quando nós estamos equilibrados diante de tudo que acontece, de tudo o que chega para nós, o que está acontecendo é que nós nos despojamos, até um certo ponto, do nosso ego. Nós ficamos, até certo ponto,  despidos deste ego, liberados deste ego. E, a medida que nós nos liberamos deste ego, nós vamos equilibrando o resto da humanidade que é toda ego. O resto da humanidade não quer saber de deserto. O resto da humanidade não tem nada a ver com isto. Então, é a medida que você vai se liberando disto, a medida que você vai se despojando, a medida que você vai ficando firme no caminho, apesar de tudo, é ai que você ganha este outro simbolo que vem em seguida, que é uma outra situação que é o simbolo do cume da montanha. Porque tudo isto que nós descrevemos não deixa de ser a subida de uma montanha; é um deserto e que através dele você vai fazendo uma ascese, você vai subindo uma montanha. Mas, quando você atravessa esse deserto, você já está numa certa altura da montanha, na qual a sua consciência vai ficando mais sutil, vai ficando mais pura, então, o outro simbolo que é real na sua vida, depois deste simbolo do deserto, o próximo simbolo que tem realidade para você é o cume da montanha, a montanha no seu ponto mais alto. Então, é lá que é o nosso próximo lugar, é lá que é o nosso próximo estágio. 

Então, este trabalho que nós estamos fazendo é o trabalho de atravessar o deserto e de terminarmos completamente despojados para que possamos contribuir para um equilíbrio neste planeta, isto é, uma humanidade cheia de egos, uma humanidade que desperdiça tudo, uma humanidade que consome tudo, tem que encontrar um antídoto, tem que encontrar algo oposto para equilibrar essa sua obra destrutiva. Então, tem que encontrar este que atravessa o deserto, este que está despido, que está renunciante, equilibrando todo este desperdício, todo este consumo, todo este roubo, este furto que é a vida de quem ainda não passou por estas etapas ou de quem está ainda se preparando pra passar por estar etapas. Vamos ver se levamos isto até nos sentirmos perfeitamente a vontade neste deserto, nesta travessia, na qual nós estamos buscando um verdadeiro alimento e que não é na vida, não é na parte externa, não é no mundo, não é em outra pessoa que se vai encontrar isto. Então, vamos ver até que ponto chegamos diante destes símbolos pra depois estarmos mais soltos, mais livres, pra estarmos menos iludidos e termos mais luz, termos mais discernimento, se saímos daqui com este cume da montanha realmente mais próximo e se nós podemos então estar mais firmes diante deste outro símbolo que é uma outra situação, que é estarmos muito mais leves, muito mais livres, puros, numa outra altura, num outro nível de consciência, num nível aonde tudo isto, pelo que nós passamos, não é mais nada, está tudo transcendido, superado. 

Mas, para que esta vivência neste trabalho realmente se dê, nós não temos que estar contando com o outros para fazer isto. Então, se nós formos fazer este trabalho, o primeiro ponto é nós não contarmos com ninguém pra chegar neste contato, pra chegar nesta fonte interna. E aqueles que estiverem realmente preparados e dispostos a fazer este trabalho, não vão nem ficar contando com a estrutura do trabalho, não vão contar com nada — estas coisas todas que são daqueles que ainda não atravessaram o deserto, ou que começam a atravessar o deserto e ainda tem certas limpezas que fazer em si, pra realmente entrar neste deserto. Então, nós vamos nos candidatar a estar no deserto e este estado é tão importante porque se nós não chegamos a viver este estado, se nós não chegamos realmente a nos despojar de tudo isto que são as nossas humanas necessidades, as nossas humanas pretensões, as nossas humanas aspirações, se nós não conseguimos transcender tudo isto, se nós não conseguimos realmente ser o que temos de ser e viver o que temos de viver — independentemente de qualquer coisa — que esteja ao lado, que esteja em volta, que esteja por perto, que esteja conosco, se nós não conseguirmos ser, apesar de tudo isto, nós não conseguiremos viver este símbolo, nós não conseguiremos estar diante desta situação que é a única situação que liberta. Porque, enquanto você está esperando uma coisa e você obtém aquela coisa, você ainda está no plano do teu ego, enquanto você sonha com uma coisa e aquele sonho se realiza, você está no plano do ego, porque quem sonha é o ego. Então, precisa que você esteja realmente num outro estado, num estado onde tudo que está acontecendo, pra você, não é mais importante, não te toca mais e você prossegue, e você continua, e você está totalmente decidido a ser o que você é. Então, tudo isto que está em volta tem que ser mesmo um deserto, você não tem que estar esperando nada de tudo isto, você tem que estar realmente fazendo esta travessia pra depois chegar no outro símbolo, pra depois você ir começando a se sentir, numa certa altura, o que quer dizer, numa certa vibração rarefeita, numa certa situação de liberdade, enfim, de limpeza, de mais pureza. E veja como esta proposta é muito atual pra nós... Veja a partilha desta pessoa que está presente:

Qual deveria ser o limite entre o mínimo de ego e o nível do amor-próprio, da auto-estima? Isto é, no eu superar o meu ego, eu não vou perder a minha auto-estima? Como eu vou enfrentar estas provas? Porque o que se vê muito em volta — diz a pessoa — é gente com baixa auto-estima.

Auto-estima é coisa de ego, porque, uma das primeiras coisas que a gente descobre no deserto, é que todas as qualidades que você porventura possa encontrar são da alma ou são do espírito e que todos os defeitos são da personalidade, de forma que eu não sei o que a pessoa quer dizer com perder a auto-estima; auto-estima é uma coisa que tem mesmo que perder, que se você não perder voluntariamente esta auto-estima... Auto-estima do que? Se todas as tuas qualidades reais não estão em você? As tuas qualidades reais estão na alma, estão no espírito, de forma que quem não descobre isto e não perde esta auto-estima pelo ego em tempo, ele vai perder compulsoriamente, vai perder auto-estima porque vai olhar pra si e não vai gostar mais de nada. O que significa auto-estima para uma pessoa que está no deserto, para um ser que está realmente procurando as alturas, para um ser que está procurando um outro valor? A primeira condição é que ele não se estime mais como ele foi até agora. Agora, se ele perdeu a auto-estima e não compreende o que está acontecendo com ele, se ele deixa de se estimar e não sabe que isto é um movimento muito necessário antes de você transcender certas etapas, se ele ainda não compreendeu isto, então ele precisa ir fazer uma terapia porque o ponto dele ainda não é atravessar o deserto. Porque eu não sei o que é que nós temos que estimar em nível de personalidade — pra quem está neste ponto — eu não estou falando pra certas pessoas que precisam de ser até valorizadas, mas isto é outro ponto evolutivo, não é o ponto que nós estamos trabalhando neste encontro. Então, quem ainda tem auto-estima nesse nível, peça a Deus que abale essa sua auto-estima, porque com essa auto-estima não vai chegar a ponto nenhum além do nível de personalidade, além destas coisas da personalidade! Olha, ou vocês deixam de conjecturar sobre todas estas coisas do ego e psicológicas, ou vocês jogam isto tudo fora, ou vocês não atravessam este deserto. Vocês vão chegar até certo ponto e depois vão gritar, vão chorar, vão apelar, vão voltar atrás dos seus passos, vão voltar pras ruas movimentadas das cidades da vida e vão deixar esta faze do deserto pra uma outra etapa. Mas esta faze do deserto seria realmente uma pena não fosse compreendida e realmente assumida. 

Aí você vai encontrar não só a sua falta de auto-estima; se você entrar realmente no deserto você vai encontrar muitas outras coisas que você precisa encontrar para poder transcender, você vai encontrar muitas outras coisas. Falta de auto-estima é o jardim da infância no deserto. Você vai encontrar outras coisas; vão começar a subir aqueles ponto que você nunca imaginou que existissem. Então você encontra uma pessoa no corredor e pensa dela uma coisa que você nunca pensou que podia pensar de alguém. Percebe o que acontece? E coisa assim. E você tem que passar por tudo isto, tudo isto é a experiência do deserto. A experiência do deserto não é uma brincadeira, não é um balsamo e nem uma busca de alinhamento somente, é todas esta experiência, é todo este encontro, o encontro com esta aridez, é isto que é. E, entre um impulso e outro, quem tem que construir a ponte é você. Quem tem que unir estas coisas e fazer a síntese é você que está estudando, ou é você que está buscando. Então, temos nestas etapas, o apoio dos livros, os livros são um apoio pra nós na hora que nós precisarmos de um apoio, ou para o nosso trabalho paralelo, individual paralelo. Em grupo, mais de um, estudando, nós temos a energia das fitas neste momento. Nós temos a energia oral, nós temos a energia da palavra, nós temos a vibração de cada fita. Mas, pra nós podermos ver em certos livros coisa que nunca vimos, que nunca percebemos, porque aqui, desde o primeiro livro, desde a nossa vida nos sonhos, tem coisa que nós não percebemos, apesar de ter aquele livro no nosso coração e até na nossa memória, tem coisa ali que nós não podíamos ter percebido até hoje. Não podíamos ter percebido porque se tivéssemos percebido já compreenderíamos os nossos sonhos de uma outra maneira, ou já estaríamos com outro relacionamento com a nossa vida interior. Então nós sabemos que agora nós temos que estar buscando esta fonte e, em nossas vidas nos sonhos, deve ter chaves pra você chegar nesta ponte, chaves que você precisa delas agora e que na época que você leu, na época que você estudou, você não viu está chave, você viu outras coisas ali. As fitas dão este impulso, as fitas dão a força, as fitas dão a base pra você ir em busca destas descobertas, pra você fazer esta busca. Se você não estiver nesta busca, você não ouve a segunda fita, porque as fitas te colocam na situação de fazer a busca. Se você não for romper com isto que te aprisiona, se você não tiver a intenção de romper com isto que você é no nível do ego, você não vai adiante nas fitas. Porque embora as fitas possam estar falando até de plantio, até de colheita de feijão, a energia delas é esta. Então, precisa que a gente entre nesta nova etapa tendo isto claro, tendo o deserto e tendo o cume da montanha, lá, como meta. E ai vamos entrar nesses novos ciclos com uma outra vida e com  uma outra perspectiva, com uma outra visão deste caminho. E nós precisamos de ter uma visão deste caminho. 

Então, aqui a proposta é se você vai ou não, desta vez, assumir o deserto, pra você se libertar de você, do ego, pra você deixar desta história que você tem que se libertar do teu marido, do teu filho, do teu destino, do teu patrão — você não tem que se libertar de nada disso, isto tudo não prende ninguém, seja quem for, isto tudo não prende ninguém... Situação social, situação econômica, nada disso prende ninguém. Você está preso em você, é no teu ego! Então, enquanto você precisa de tanto apoio, de tanta coisa, de tanta confirmação, de tanta ajuda, de tanto agradecimento que te fazem, de tanto reconhecimento, você não pôs o pé na areia, você ainda não sente o calor na planta do teu pé, você ainda não está preparado para chegar no cume daquela montanha. E você não chega no cume daquela montanha de avião e nem carregado no colo por ninguém, você não chega lá assim! O que acontece, é que em geral, nós estamos dando volta mas não entramos na coisa... Então, aqui ou se trata de você dispensar os apoios e entrar no teu trabalho interior, ou se você já fez isto — pode ter gente que até já tenha feito isto — ou você já fez isto e você está ali num certo ponto, está precisando de um impulso pra continuar e você encontra também esta energia lá. Agora, o momento do trabalho é este: se você vai prosseguir como vinha sendo e fazendo o que vinha fazendo você vai com o tempo não encontrando mais encanto no trabalho e isto não é por culpa do trabalho. Isto é, aquele ponto que você tem que tocar em você pra deixar o teu ego cair, o dedo lá você não pôs. É isto a proposta, esta proposta porque a necessidade interna das pessoas não é mais de ela se iludirem. A necessidade das pessoas não é mais de contemporizarem com as fraquezas delas, não é mais de estar fazendo pacto com as suas debilidades. As necessidades das pessoas é se enfrentarem — não enfrentarem os outros — se enfrentarem, se verem e ai resolverem o seu problema. Resolver o seu problema, quer dizer, se está olhando pra si próprio, ah! vai ficar muito triste talvez! Vai ficar muito deprimido como dizem ai no mundo. Mas, se você for olhar pra si mesmo, não pra esse lado que você conhece, você vai olhar pra você naquele ponto que você tem de mais alto, pra lá que você vai olhar. E você vai olhar pra aquele ponto que você tem de mais alto, de mais elevado, e claro que você vai olhar e não vai ver nada, porque a sua vista não está habituada com isto. A sua vista esta habituada com seus aspectos pessoais, com seus aspectos humanos, com esses aspectos que todos conhecem e que muitos até gostam desses aspectos — vocês não são amados por tanta gente que gosta de vocês? Então? Então seus olhos estão viciados com esta visão, com esta imagem. Então, quando você for olhar pro seu ponto mais alto, provavelmente você não vai ver nada. Mas tem que persistir, tem que continuar, tem que continuar olhando pra lá; não tem que desistir... Eu digo: "Não mas eu olho pra lá e não sinto nada!"... É isso mesmo! É isso mesmo! Você persista! Continue olhando pra lá! Continue naquela direção, persista! É isto que é o trabalho agora! E é claro que muitos vão, com isto, jogando fora, várias capas vão se liberando, vão se tornando mais leves!

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