O esotérico perfeito caminha nu em direção ao seu Criador. Passa pelo seu Mestre, deixa-o para trás e vai despejando todas as ilusões e ruídos do mundo pela beira da estrada. Nada mais o detém ou atrasa. Conhece o poder da tentação e vira-lhe as costas. Não se deixa mais iludir pelas miçangas de Maya Fica a meio caminho da poesia e da realidade. Sabe que ambas têm o seu lugar no espaço, mas que não pender para nenhum dos lados sob pena de ser enganado pelos sentidos ou pela emoção.
E, então, mesmo só ou rejeitado pelos seus pares, ele mergulha no imponderável com um sorriso mais enigmático do que o da Monalisa e com uma serenidade muito maior do que a se revela no colosso pétreo da Esfinge.
Autor: Sheik Al-Kaparra