O fim da dualidade, a conciliaçãos dos opostos, só se apresenta quando a mente se encontra num estado de "vigilante passividade", de "percebimento sem escolha". Isso só ocorre — esse tesouro imperecível —, quando o pensamento se liberta da avidez, da malevolência e da ignorância, quando se liberta da mundanidade e da ânsia pessoal de ser. O percebimento de si mesmo, sem escolha, leva à Realidade Criadora, que se oculta debaixo de nossos destrutivos embustes. A mente que alcançou a serenidade da sabedoria "conhecerá o ser" e saberá o que é amar. O amor não é pessoal nem impessoal. O amor é amor, que não pode ser definido ou descrito pela mente como exclusivo ou inclusivo. O amor é sua própria eternidade; é o Real, o Supremo, o Imensurável.
Aldous Huxley