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Este blog é apenas uma voz que clama no deserto deste mundo dolorosamente atribulado; há outros e em muitos países. Sua mensagem é simples, porém sutil. É uma espécie de flecha literária lançada ao acaso, mas é guiada por mãos superiores às nossas. À você cabe saber separar o joio do trigo...

15 de março de 2012

Sobre a poderosa ação da energia meditativa

"Só conhecemos o caminho do amor, quando compreendemos todo o processo da idéia"
Jiddu Krishnamurti

...Dedicar tempo, paciência, energia não reativa, para compreender o comportamento do fluxo da mente, dos sentimentos, emoções e sentidos. Ver tudo isto, toda sua ação, com muito zelo e abertura. Sem este tipo de acolhimento, sem esta ação meditativa, não há como se manifestar a sutil, calorosa e amorosa inteligência criativa, a qual é infinitamente superior à inteligência mecânica-tecnológica, que é um subproduto desta Inteligência Amorosa. Podemos olhar o planeta e constatar os resultados de uma inteligência mecânica-tecnológica destituída da ação dessa Sutil e Amorosa Inteligência.

É preciso dedicar tempo, paciência e aquela energia que não impulsiona para a fuga, para o julgamento ou para o ajustamento, para o conformismo, repressão, ou para a imperiosa compulsão para o isolamento; uma energia que traz consigo um olhar não reativo, não compulsivo e que, em si, é a essência do processo de ego-conhecimento, o qual precede a constatação final que revela o auto-conhecimento. O auto-conhecimento surge quando, pelo silenciar do confuso conteúdo da mente, o Coração Sutil se abre, trazendo consigo uma inenarrável energia calorosa e pacificadora. 

É pela abertura à esta energia meditativa que nos são reveladas todas as nossas tendências reprimidas que nos mantém na doença da identificação egóica. Esta doença, pode ser chamada de a "Doença do Ainda"... "Ainda não fizemos isto!"... "Ainda não sentimos aquilo!"... "Ainda, ainda e muitos aindas"... Muitas formas de ajustamento, muitas formas de repressão, "ainda" não subiram à superfície, "ainda" não encontraram uma brecha criada pelo orgulho, pela desatenção e pela exaustante dispersão de energia da tentativa de controle. Do mesmo modo que não se pode barrar por muito tempo o poderoso e volumoso fluxo de um rio, sem que se alivie sua resultante pressão, também ocorre com o conteúdo reprimido — seja consciente ou inconsciente —, este, quando surge à superfície, por não ter sido devidamente esclarecido, torna-se fonte de imensa confusão. Aquilo que não é devidamente acolhido, não tem como ser aceito e, na sua aceitação, luminosamente transcendido.

Sem a poderosa ação da energia meditativa, não reativa, torna-se impossível o despertar da Sutil e Holística Inteligência Amorosa e Criativa, que tudo observa e coloca em seu devido lugar, à serviço de sua própria Criação.    

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