Aviso aos navegantes

Este blog é apenas uma voz que clama no deserto deste mundo dolorosamente atribulado; há outros e em muitos países. Sua mensagem é simples, porém sutil. É uma espécie de flecha literária lançada ao acaso, mas é guiada por mãos superiores às nossas. À você cabe saber separar o joio do trigo...

27 de março de 2012

TRONcho: O desLIGADO




Antes de mais nada, deixo registrado aqui meu apreço ao filme ‘TRON: O LEGADO’, ao qual gostei de assistir e tomo, de empréstimo, o título do filme em bem-humorada versão sem intenções de parodiá-lo.

Agora, vamos ao que interessa...
Desisto. Cansei. Estou profundamente esgotado. Nada mais me importa. Minhas forças todas se decantaram. Caíram ao rés do chão. Pulverizaram-se e o vento as transformou em névoa.

De mim mesmo nada pude, nada posso e nem nada poderei!

Ao processo de separar o mais denso do menos denso dá-se o nome de decantação. Somos decantados seguidas vezes no transcurso dos dias desta nossa existência. O menos denso, depois de separado, submetido à nova decantação, resulta em algo de menor densidade ainda que, novamente, é colocado para decantar. Assim, esta sequência se torna infinita.

As impressões captadas pelos órgãos físicos – elementos de maior densidade – aos poucos, dão lugar às evidências do incorpóreo – elementos de menor densidade. Proporcionalmente à valorização do indiscernível – portanto, do incorpóreo – as impressões dos sentidos corpóreos ganham a cabal demonstração de seus atributos perenes, falíveis e impermanentes.

Atestada a invalidez de julgamentos provenientes de informações dadas pelos sentidos físicos, restei troncho e desligado de concepções arrazoadas.

Quem está no comando do moto perpétuo deste mecanismo de decantação senão uma Onipotência para além das forças de nossos músculos e nervos, para além dos trilhões de sinapses entre nossos neurônios? Perguntar ‘quem’ é inadequado, pois sugere alguma figura antropomórfica e a Onipotência é desprovida de forma preestabelecida.

Pudera ser tão fácil entronizar a Onipotência quanto o conceituá-La...

LibaN RaaCh

“Quando se dirige mal aquilo a que erroneamente chamamos os cinco sentidos físicos,
estes são apenas as crenças manifestadas da mente mortal,
as quais afirmam que a vida, a substância e a inteligência
são materiais, em vez de espirituais.
 Essas crenças errôneas e seus produtos constituem a carne,
e a carne milita contra o Espírito”.
Mary Baker Eddy em “Ciência e Saúde; capítulo: A Ciência do Ser”
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