Aviso aos navegantes

Este blog é apenas uma voz que clama no deserto deste mundo dolorosamente atribulado; há outros e em muitos países. Sua mensagem é simples, porém sutil. É uma espécie de flecha literária lançada ao acaso, mas é guiada por mãos superiores às nossas. À você cabe saber separar o joio do trigo...

15 de março de 2012

O risco da meditação

Um meditador segue seu caminho conscientemente. Não há necessidade de ir às montanhas do Himalaia nem à lua, porque existem picos mais altos dentro de você e distâncias maiores e estrelas muito mais significativas - o céu inteiro está dentro de você, todo o cosmo está lá.

Mas é muito mais arriscado do que ir à lua ou ao Everest. O espaço maior, mais perigoso e mais arriscado está dentro de você, por isso muito poucas pessoas se atrevem a entrar. Se você cai desses picos que existem em seu interior, a queda o leva a um abismo mais profundo que qualquer outro que você já tenha visto.

Mas ninguém cai dos picos, pelo simples motivo de que, à medida que você vai mais alto, torna-se mais alerta, mais consciente, mais ciente do fio da navalha.

Você é como a pessoa que anda na corda bamba, que precisa estar bem atenta, bem alerta: ela não pode pensar no passado, não pode pensar no futuro. O momento basta - ela tem de estar no aqui e agora. Por isso, não há queda. Nunca ouvi falar de ninguém que tenha caído do pico.

Mas o perigo existe, e por causa do perigo pouquíssimas pessoas entram no mundo interior, na interioridade do próprio ser.

Osho, em "Meditações Para a Noite"
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