Ei, daqui é o Pedro Constantino! Como vai? Hoje, vou falar sobre "Seis impulsos do ego e da mente que impedem o ser humano de ser feliz". Se ainda não ouvistes os áudios anteriores sobre o ego humano, os impulsos, ambições, etc., eu sugiro que ouças, pois, os conteúdos desses áudios ajudam a compreender melhor este áudio. Seja como for, este áudio em si, explica-se por si próprio.
Portanto, o ego humano e a mente, estão interligados; a mente é apenas mais uma variação daquilo que é o nosso ego, é um extra, é um upgrade, e por estarem interligados, através da mente, o ego controla o ser humano e mantém-o em estados interiores negativos, que trazem atitudes e uma mentalidade que não é útil para ele, nem para os que o rodeiam, o que impede basicamente de ser feliz, de andar para frente e fazer aquilo que gosta e ter aquilo que gosta e etc.
Então, é super, super importante estar consciente destes impulsos e não ser controlado por eles; recusar seguir estes impulsos. Aceitá-los, reconhecê-los, nãos os combater, não os odiar, apenas experienciá-los sem o julgar ou criticar, mas não se deixando ser controlado por eles — não os seguir, não fazer o que eles mandam — digamos assim.
E o primeiro impulso, é o impulso de sobrevivência, que é muito simples... Todos nós temos um corpo, chamemos a nossa dimensão física, chamemos corpo humano ou corpo animal, porque é isso que é: um corpo animal. E esse corpo animal, vamos fazer de conta que é o "hardware" — a parte física do computador. Isto é apenas uma metáfora. Vem sempre a estar doer o corpo animal, o nosso corpo, bem sempre como o software e este software que é uma programação inconsciente tem como objetivo principal, e único objetivo, manter o hardware intacto, vivo. Portanto, todos nós, a partir do momento em que mexemos com o corpo animal, mexemos também com uma programação inconsciente, podemos chamar de "Sistema Operativo do Ego", — como comparação à metáfora do computador —, que tem vários impulsos e todos esses impulsos tem como intenção, ou como objetivo principal e único, aliás, manter o corpo animal vivo, o melhor possível mantê-lo o mais satisfeito possível, mantê-lo bem, mantê-lo vivo. Este impulso, em razão pela qual o ego, a programação inconsciente existe, é o impulso de sobrevivência. Portanto, o ego, quer manter o corpo animal vivo, custe o que custar, quer que ele esteja bem, quer que ele sobreviva. Então, tudo que o ego faz, todos os impulsos do ego, existem para manter o corpo animal vivo. Isso é uma programação inconsciente: mantê-lo vivo. Agora, para manter o corpo animal vivo, envolve vários aspectos diferentes e é aí que está o problema, porque não é tão simples como apenas comer, ter um abrigo, manter-se saudável e evitar doenças e feridas e problemas desnecessários. Não! Este ego vai ao exagero, vai ao exagero porque ele descobriu que se prestar atenção apenas a si próprio, se der importância apenas a si próprio, a probabilidade de se manter vivo é muito, muito, maior. Então, é assim que ele funciona: ele não quer saber de nada que está fora dele, não quer saber de nada que está para além dele, porque se perder três segundos com outro ser vivo, durante esses três segundos, pode lhe acontecer alguma coisa que o faça morrer ou perder algo importante que depois vai prejudicar a sua sobrevivência. Então, surge o egocentrismo: eu, eu, eu, obter, obter, obter. E o ego é obcecado consigo próprio e com seu estado. Como é que eu estou? O que é que me está a acontecer? E, obcecado com isso, isso gera sofrimento. Ainda por cima, o ser humano desenvolve uma mente, capacidade de pensar, de imaginar e o ego utiliza essa mente, a capacidade dessa mente para ainda ser mais egocêntrico, das formas mais criativas, horríveis e ridículas possíveis. Mas, no fundo, o ego quer apenas sobreviver, só que é muito limitado, pois ele sofre com esta preocupação e obsessão constante consigo próprio, com seu estado e prejudica os outros e o mundo, porque na sua essência ele não quer saber deles para nada, ele não tem capacidade para isso, não dá. Um cego não vê nada fora de si e ponto final! O ego não consegue ter consideração, nem quer saber de nada e de ninguém fora de si e ponto final! Não tem essa capacidade. Ele não existe para isso, ele existe para manter aquele corpo animal em que está vivo e ponto final! Esse é o seu objetivo; no reino animal funciona assim. Nós estamos incluídos no reino animal, somos apenas uma variação desse reino; temos uma mente mais desenvolvida mas é apenas isso! Temos esse lado: não somos apenas, mas temos esse lado que é igual ao dos outros animais.
Então, o primeiro impulso, sobrevivência. É importante perceber isto, assimilar isto porque, muitas vezes, muitas vezes quase sempre, quase sempre, quando as pessoas começam a aprender sobre o ego, ao início, e sobre estas questões destes impulsos egocêntricos, começam a odiar o ego. Começam a questionar: será que eu tenho ego? Ao ego dos outros, principalmente a julgar e criticar... Essa é obviamente uma atitude do ego. Está no nível de consciência do ódio, é energia do ódio. Ou melhor: é falta de energia do ódio, porque é uma energia negativa. Em si é egocêntrica mesmo. Então, só o saber isto não garante integridade, não garante um nível de consciência acima do egocentrismo: apenas pode criar um ego ainda pior do que já era, porque agora passa a odiar aqueles que são egocêntricos, aqueles que têm um lado egocêntrico, em vez de trabalhar o seu interior para se desenvolver, o que é uma perda de tempo apontar o dedo aos outros.
A única coisa que podemos fazer é trabalhar o nosso interior e ponto final! Portanto, sabendo a verdade sobre o ego, que é necessário, sem ego nunca teria sobrevivido, é o ego que faz com que tenhas, que queiras manter-te vivo, que queiras sobreviver, etc., sem ele não é possível, o corpo animal nunca teria chegado até aqui; o corpo animal não teria feito o que era necessário fazer para se manter vivo o melhor possível, para sobreviver, não teria. Portanto, é necessário. Agora, só ter isso, só ter esse programa, só ter esse software é que é muito limitado e que gera sofrimento, pois a pessoa está sempre obcecada, preocupada com o futuro, com o que é que pode acontecer, ter que manter bem, não sei que, se eu for fazer isto o que é que vai acontecer, o que é que eles vão pensar de mim. Todos os impulsos do ego estão constantemente a saltar e a manifestar-se, a surgir, a pessoa está sempre a andar de um lado pra outro, a funcionar em energia negativa, nervosa, estressada, com medo, triste, a temer algo, a sentir a falta de algo, a sofrer com isso, arrogante, extremamente furiosa, irritada, e só está a afastar os outros, só está a destruir oportunidades de ter uma vida melhor, está a impedir-se completamente a si própria de poder experienciar paz, amor, alegria, felicidade, etc.
O segundo impulso, antes do segundo impulso, aquilo que eu queria dizer no primeiro impulso, portanto, sabendo a verdade de que o ego é necessário e que o seu propósito é de sobrevivência, a pessoa compreende que não há nada a odiar no ego, o ego não tem que ser eliminado porque ele é necessário. O problema é só existir o ego e não, nada mais, nada mais, mais elevado que o ego para equilibrar a questão. E sabendo a verdade a pessoa mais facilmente consegue fazer aquilo que tem que ser feito, que é a única solução, que é amar o ego. Não criticar o ego, não julgar o ego, apenas reconhecer o impulso do ego, experienciá-lo por muito desagradável que seja, experienciá-lo sem o julgar, sem o condenar, sem desejar que não estivesse ali e não seguir, e não seguir aquilo, a não ser em contextos extremos em que se tem mesmo que seguir aquele impulso para se manter vivo, enfrentar extremos de guerra, em casos extremos, uma guerra em que é matar ou morrer, pronto. E se calhar, seguir o impulso de defender, a pessoa se defender, faz sentido, mas, na vida normal, no dia a dia, andar em transportes públicos, voltar para casa, ir para o trabalho, sair com os amigos, beber um copo, quer dizer, não faz sentido estar a seguir esses impulsos porque nos tornamos uma presença desagradável, repelente, inapropriada, negativa, que não tem energia e nem poder para trazer nada de extraordinário para si, para os outros e para o mundo; muito pelo contrário, só destrói o pequeno bem que tem, as pequenas coisas boas que tem na vida e, ao mesmo tempo, só afasta as pessoas, aos poucos. O egocentrismo, a negatividade, a falta de dignidade, tudo isso destrói aos poucos a pessoa em todas dimensões, em todos os aspectos, em todas as áreas da vida, e ela nem sequer se apercebe que isso está a acontecer, só se apercebe quando é tarde demais e geralmente nunca pensa que algo nela própria, dentro dela, que está a causar aquilo. Porque causa, indiretamente, de forma digamos invisível, indireta e a pessoa pensa que é sempre lá fora... Foi esta pessoa! É o emprego! As coisas acontecem, sou uma vítima!... Não se apercebe que é apenas ela que é egocêntrica, tem aqueles impulsos todos a controlá-la, portanto é vítima do ego. A única coisa de que ele é vítima é dos seu próprio ego, os impulsos do ego. E a solução é amar o ego.
O segundo impulso: negação e defesa — Portanto, o ego faz uma coisa muito gira, ou leva a pessoa a fazer uma coisa muito gira, chamada "negação". E o que é negação? Imagine uma pessoa, estás com ela e perguntas: "Tens pulmões?" E ela lhe responde: "Não, não, não tenho pulmões! Não preciso respirar não!"... É ridículo! Obviamente que ela tem pulmões; nenhum ser humano está vivo sem pulmões, ok? Agora, o ego nega em relação aos seus próprios impulsos. Estás triste? Não, não, não estou nada triste, está tudo bem!... Mas estás chateado? Não, não, não estou nada chateado!... E a pessoa estava triste, a pessoa estava chateada. Cada pessoa nega aquilo que sente, aquilo que obviamente tem, porque todos tem um ego, todos tem estes impulsos e todos, de uma forma ou outra, são controlados por estes impulsos. Há pessoas que não são controladas, por exemplo, pelo impulso da tristeza, não são controladas por esse impulso, é verdade. Mas, se perguntar se elas estão tristes, ou se costumam estar tristes, elas vão dizer que sim, que já estiveram triste, etc., mas não vão negar que tem esse impulso nelas, ou que isso existiu nelas, pelo menos, ou que as vezes começam a ficar tristes, e é isso, isso é o impulso, portanto a pessoa começa a ficar triste. Mas como esse impulso já não a controla ela não se envolve na tristeza, e a chorar, e começa a fazer telefonemas para desabafar e queixar-se e não sei o que, um grande pranto, já não seguem essa emoção de tristeza. Portanto, ela não nega a tristeza, enquanto que a maior parte das pessoas, 85% dos seres humanos, basicamente nega certas emoções e impulsos que tem porque julga-os como maus, errados... Oh! Não! O que é que os outros vão pensar de mim se descobrirem que eu costumo a estar triste e a chorar e que me movo às vezes... O que é que os outros vão pensar de mim se descobrirem que eu gostava de ter um Ferrari?... Quer dizer: é ridículo! Só torna as pessoas falsas, porque é uma das causas da falsidade, só torna as pessoas falsas e negativas, uma presença desagradável. Depois há conflitos interiores que a pessoa tenta reprimir, reprimir os impulsos e é isso que acontece: a pessoa nega!... Não! Eu não tenho nada disso! Nunca me sinto culpado! Não, não! Nunca!... E depois, o que fazem quando esse impulso surge de arrependimento e culpa, a pessoa reprime-o, reprime-o, tenta ignorá-lo, reprime-o, não deixa surgir, manifestar-se porque é muito desagradável, então tenta reprimi-lo, reprimi-lo, até que, como o odeia e acha que é uma coisa errada, que é mal, que é uma expressão de inferioridade, que é sempre culpado, e que se sente arrependido, até uma pessoa que não presta. Então, como ela quer ser uma pessoa que presta, o que ela vai fazer? Chega uma altura em que ela reprimiu tanto, negou tanto, reprimiu tanto, que ela começa a projetar. Projetar é muito simples: ela vê esse impulso de culpa e arrependimento nos outros, portanto, ela está sempre a ver que aquela pessoa se sente culpada de algo, arrependida de algo, e que aquilo é errado e que está mal e que ela não devia ser assim! Mas são todos assim e menos ela! O que é patético! Todos tem pulmões, menos ela!... Isto é a base da falsidade! É a base da falsidade! E isto é muito inconsciente, porque isto, esta negação, reprimir estes impulsos, projeção são coisas que começam a acontecer quando somos muito novos e é difícil voltar a mantermos contato com estas emoções e impulsos mais negativos. O fundo, a essência desta negação, mas por que é que o ego nega? Mas o que é que ele tem a ganhar com isto? Que é que ele tem a ganhar com isto?... Orgulho! Por que? Porque ele apenas nega, porque acha que há algo errado com aqueles impulsos e com aquelas emoções e ele quer sentir-se bem consigo próprio, quer sentir que tem valor, que é perfeito, que é desejável, que é desejado, quer ser alguém de quem os outros gostam, quer receber os elogios, validação, aprovação...
O segundo impulso, antes do segundo impulso, aquilo que eu queria dizer no primeiro impulso, portanto, sabendo a verdade de que o ego é necessário e que o seu propósito é de sobrevivência, a pessoa compreende que não há nada a odiar no ego, o ego não tem que ser eliminado porque ele é necessário. O problema é só existir o ego e não, nada mais, nada mais, mais elevado que o ego para equilibrar a questão. E sabendo a verdade a pessoa mais facilmente consegue fazer aquilo que tem que ser feito, que é a única solução, que é amar o ego. Não criticar o ego, não julgar o ego, apenas reconhecer o impulso do ego, experienciá-lo por muito desagradável que seja, experienciá-lo sem o julgar, sem o condenar, sem desejar que não estivesse ali e não seguir, e não seguir aquilo, a não ser em contextos extremos em que se tem mesmo que seguir aquele impulso para se manter vivo, enfrentar extremos de guerra, em casos extremos, uma guerra em que é matar ou morrer, pronto. E se calhar, seguir o impulso de defender, a pessoa se defender, faz sentido, mas, na vida normal, no dia a dia, andar em transportes públicos, voltar para casa, ir para o trabalho, sair com os amigos, beber um copo, quer dizer, não faz sentido estar a seguir esses impulsos porque nos tornamos uma presença desagradável, repelente, inapropriada, negativa, que não tem energia e nem poder para trazer nada de extraordinário para si, para os outros e para o mundo; muito pelo contrário, só destrói o pequeno bem que tem, as pequenas coisas boas que tem na vida e, ao mesmo tempo, só afasta as pessoas, aos poucos. O egocentrismo, a negatividade, a falta de dignidade, tudo isso destrói aos poucos a pessoa em todas dimensões, em todos os aspectos, em todas as áreas da vida, e ela nem sequer se apercebe que isso está a acontecer, só se apercebe quando é tarde demais e geralmente nunca pensa que algo nela própria, dentro dela, que está a causar aquilo. Porque causa, indiretamente, de forma digamos invisível, indireta e a pessoa pensa que é sempre lá fora... Foi esta pessoa! É o emprego! As coisas acontecem, sou uma vítima!... Não se apercebe que é apenas ela que é egocêntrica, tem aqueles impulsos todos a controlá-la, portanto é vítima do ego. A única coisa de que ele é vítima é dos seu próprio ego, os impulsos do ego. E a solução é amar o ego.
O segundo impulso: negação e defesa — Portanto, o ego faz uma coisa muito gira, ou leva a pessoa a fazer uma coisa muito gira, chamada "negação". E o que é negação? Imagine uma pessoa, estás com ela e perguntas: "Tens pulmões?" E ela lhe responde: "Não, não, não tenho pulmões! Não preciso respirar não!"... É ridículo! Obviamente que ela tem pulmões; nenhum ser humano está vivo sem pulmões, ok? Agora, o ego nega em relação aos seus próprios impulsos. Estás triste? Não, não, não estou nada triste, está tudo bem!... Mas estás chateado? Não, não, não estou nada chateado!... E a pessoa estava triste, a pessoa estava chateada. Cada pessoa nega aquilo que sente, aquilo que obviamente tem, porque todos tem um ego, todos tem estes impulsos e todos, de uma forma ou outra, são controlados por estes impulsos. Há pessoas que não são controladas, por exemplo, pelo impulso da tristeza, não são controladas por esse impulso, é verdade. Mas, se perguntar se elas estão tristes, ou se costumam estar tristes, elas vão dizer que sim, que já estiveram triste, etc., mas não vão negar que tem esse impulso nelas, ou que isso existiu nelas, pelo menos, ou que as vezes começam a ficar tristes, e é isso, isso é o impulso, portanto a pessoa começa a ficar triste. Mas como esse impulso já não a controla ela não se envolve na tristeza, e a chorar, e começa a fazer telefonemas para desabafar e queixar-se e não sei o que, um grande pranto, já não seguem essa emoção de tristeza. Portanto, ela não nega a tristeza, enquanto que a maior parte das pessoas, 85% dos seres humanos, basicamente nega certas emoções e impulsos que tem porque julga-os como maus, errados... Oh! Não! O que é que os outros vão pensar de mim se descobrirem que eu costumo a estar triste e a chorar e que me movo às vezes... O que é que os outros vão pensar de mim se descobrirem que eu gostava de ter um Ferrari?... Quer dizer: é ridículo! Só torna as pessoas falsas, porque é uma das causas da falsidade, só torna as pessoas falsas e negativas, uma presença desagradável. Depois há conflitos interiores que a pessoa tenta reprimir, reprimir os impulsos e é isso que acontece: a pessoa nega!... Não! Eu não tenho nada disso! Nunca me sinto culpado! Não, não! Nunca!... E depois, o que fazem quando esse impulso surge de arrependimento e culpa, a pessoa reprime-o, reprime-o, tenta ignorá-lo, reprime-o, não deixa surgir, manifestar-se porque é muito desagradável, então tenta reprimi-lo, reprimi-lo, até que, como o odeia e acha que é uma coisa errada, que é mal, que é uma expressão de inferioridade, que é sempre culpado, e que se sente arrependido, até uma pessoa que não presta. Então, como ela quer ser uma pessoa que presta, o que ela vai fazer? Chega uma altura em que ela reprimiu tanto, negou tanto, reprimiu tanto, que ela começa a projetar. Projetar é muito simples: ela vê esse impulso de culpa e arrependimento nos outros, portanto, ela está sempre a ver que aquela pessoa se sente culpada de algo, arrependida de algo, e que aquilo é errado e que está mal e que ela não devia ser assim! Mas são todos assim e menos ela! O que é patético! Todos tem pulmões, menos ela!... Isto é a base da falsidade! É a base da falsidade! E isto é muito inconsciente, porque isto, esta negação, reprimir estes impulsos, projeção são coisas que começam a acontecer quando somos muito novos e é difícil voltar a mantermos contato com estas emoções e impulsos mais negativos. O fundo, a essência desta negação, mas por que é que o ego nega? Mas o que é que ele tem a ganhar com isto? Que é que ele tem a ganhar com isto?... Orgulho! Por que? Porque ele apenas nega, porque acha que há algo errado com aqueles impulsos e com aquelas emoções e ele quer sentir-se bem consigo próprio, quer sentir que tem valor, que é perfeito, que é desejável, que é desejado, quer ser alguém de quem os outros gostam, quer receber os elogios, validação, aprovação...
atenção, os prêmios, os títulos, porque se é visto como alguém com valor vai atrair muito as pessoas e isso aumenta a probabilidade de sobrevivência... Lá está a sobrevivência outra vez! Está tudo ligado, estes impulsos estão todos. ligados. Então, ele vai negar essas coisas: "Não, não! Eu nunca estou triste!"... Por que? Porque ele acha que estar triste é um sinal de fraqueza, de fraqueza, por ele achar que é um simbolo de inferioridade, não lhe vai dar orgulho, logo vai achar que os outros, acha que os outros vão ver como um fraco, que não tem valor, e isso não vai ajudar na sobrevivência, porque não vai trazer ajuda e o apoio dos outros. E justamente com a negação, portanto há sempre um sistema de defesa, defesa.. Ele está a defender o que? Ele está a defender a sua auto-imagem... Ele nega para se defender dos outros. Ele nega que costuma estar triste, ou com os impulsos de tristeza, de vez em quando surgem, pelo menos, ele nega isso para se defender do julgamento e críticas dos outros, para que os outros não lhe possam ferir o orgulho.... Ah! Fraquinho!... Mariquinhas!... Não sei que... Ele quer ser visto como alguém com poder muito forte, confiante! Mas, enquanto ele está a negar que "não, não me sinto triste! não sei que", tudo que ele faz na vida tem sempre a rasteira da fraqueza e da tristeza, da falta de poder ao lidar com as pessoas, ao lidar com os problemas, ao lidar com as críticas, os julgamentos e as rejeições. E é óbvio pra todos à volta dele, menos para ele. Ele está aos gritos, furioso, irritado, raivoso, num estado de ódio, que a cara já está toda vermelha, já se vê as veias da testa e do pescoço. E alguém lhe diz ou pergunta: "Estás chateado?"... E ele: "Não! Não estou nada chateado!"... E isto é negação! É boa comédia, só que condena a pessoa a um estilo de vida falso e que não tem poder nenhum pra nada, porque nem sequer está a funcionar com a verdade que se passa dentro de si. Portanto, é impossível conseguir algo consistente, bom, é impossível! E atrair o tipo certo de pessoa, então, é pra esquecer, não dá, impossível! Só se atrai pessoas assim, pois.
O Terceiro impulso: entretenimento, distração — Que é que se passa com este impulso? Este tem mais a ver com a mente, em si, não tem muito a ver com a sobrevivência, mais a ver com as dinâmicas da mente. Se tu te sentares numa sala qualquer, só olhar para a parede, rapidamente vais perceber que não consegues fazer isso. Vais te sentir aborrecido, ficar com tiques nervosos na perna, a abanar, fazer alguma coisa com as mãos, a mente vai ter mil e um pensamentos à velocidade da luz, milhões de pensamento aliás, se fosse só mil e um até que já não era nada mal... Milhões de pensamentos à velocidade da luz... Ficas nervoso, estressado, já não consegues estar ali, tens que fazer alguma coisa!... tens que ligar a televisão, tens que ouvir música, tens que desenhar ou pintar, tens que escrever, tens que ler alguma coisa, tens que sair à rua e ter com os amigos, tens que beber um copo, tens que fazer alguma coisa, tens que comer alguma coisa, tens que consumir alguma coisa. Isso não é propriamente má qualidade; é uma característica, sem mal nenhum, mas, limita a pessoa. A mente irá sempre evitar o vazio e o silêncio e isso é uma das principais características que impedem a pessoa de evoluir espiritualmente e de fato ser feliz; porque a mente sempre quer encher com alguma coisa... É um jogo de computador, é ler um livro, é ir ali, é fazer aquilo, é ir com aquela pessoa, é beber um copo, é ligar a televisão, é mudar de canal, é mudar de canal, mudar de canal umas cem vezes... É ver um filme, é ver outro filme... Não consegue estar parado, quieto, e, para obter essas coisas todas é preciso tempo, é preciso energia, é preciso dinheiro... E a pessoa gasta, e gasta, e gasta e de um lado pro outro, feito bola de ping-pong... Televisão, livros, jogos de computador... E não consegue simplesmente estar sentada, em silêncio, numa sala, durante tempo indefinido... Não consegue! Não tem esse poder! Não tem essa capacidade! Então, é controlada pela mente... A mente arrasta à todo tipo de coisa só para se distrair. E o problema é que esse tipo de coisas pra distrair, quase zero, podem ajudar a ser feliz; porque ela apenas está a consumir, não com uma intenção consciente de evoluir, subir de nível de consciência para ter um estado interior mais agradável para si e para os outros, que ajude em tudo na vida, mas apenas para se encher, para se entreter, se distrair, logo, não há processo de seleção. Se distrai, se os outros dizem que é giro, se entretém, então, está aceito, embora lá! Então a pessoa acaba por consumir todo tipo de porcarias que a sociedade gera e cria, que ajudam em nada! São negativos, não íntegros e egocêntricos. Então a pessoa tem que transcender esta necessidade de estar sempre a fazer algo! De estar sempre a distrair em entretenimento com algo. E a meditação é de fato a prática que ajuda mais nisto. Meditação e contemplação! Mas eu em um áudio futuro vou explicar mais ao pormenor, processos para meditar e contemplar, mas, enquanto a pessoa não transcender este impulso de necessidade de entretenimento e distração, ela é escrava da mente e não tem grande poder para lidar com as emoções e os impulsos emotivos do ego. Tem que seguir aquilo, tem mesmo que fazer alguma coisa, tem que ler algo, um trabalho que a pessoa tem que estar sentada numa sala sem fazer nada durante seis horas e meia, triste pessoa que não transcendeu esta necessidade de entretenimento, é a maior tortura de todas. Quando no fundo ela está a ganhar a vida, sem ter que fazer nada, eu repito, ela não tem que fazer nada, só tem que estar ali sentada... Quando podia estar a experiência era ali o estado mais agradável de todos, da mente 100% em silêncio em todas aquelas energias, superpoderosas, do amor, da alegria, da paz, estão ali a fluir... Ela queixa-se que o trabalho é impossível!... Sua mente é que se aborrece. Mas a pessoa... Nós não somos a nossa mente! Não temos que seguir a mente! Não temos que ser limitados por ela! O dinheiro que se polpa quando se transcende esta necessidade de entretenimento, de distração, por que só por causa deste entretenimento, ver uma coisa nova, ver uma coisa diferente, só gasta milhares e milhares de euros... Era melhor dizer milhões, porque só poucas pessoas podem gastar, mas há pessoas que tem esse dinheiro e gastam milhões e milhões, pra se infelizar mesmo, porque regressam pra casa e a vida delas é uma treta mesmo. Por que? Porque o ego continua a controlar! Que elas são a mesma pessoa, com o mesmo nível de consciência, então, é irrelevante se vai àquelas ilhas paradisíacas, que é só praia, e estamos lá há um ano... Eu garanto: passado um dia, já estão lá a discutir, já estão a se queixar de alguma coisa... Porque a areia está quente demais, ou porque a água tem sal a mais, ou por qualquer coisa assim, estúpida do gênero. Porque quem elas são?... Elas vivem naqueles níveis de consciência... Estejam onde estiverem, aquilo vai sempre controlá-las e vai sempre impedi-las de serem felizes, porque a felicidade é algo que se experiencia interiormente! Tem haver com níveis de consciência apenas, não com o que está há nossa volta! Não tem nada haver se tem menos dinheiro ou mais dinheiro, se o emprego é melhor ou pior, se tem mais amigos ou menos amigos, sem tem mais saúde ou menos saúde... A felicidade é um estado interior, 100% independente da nossa vida material e do que se passa à nossa volta!
O que surge através de determinado nível de consciência, que é espiritual, antes disso, enquanto a mente, enquanto houver muitos pensamentos na cabeça, isso é impossível de experienciar, porque isso só surge com o silêncio da mente. Enquanto os impulsos do ego controlarem a pessoa isso é impossível, impossível de experienciar! Portanto, por várias vezes eu já disse, em áudios, às pessoas pessoalmente em workshops, nos cursos, se desejamos muito algo, se queremos muito algo, a solução não é obter esse algo: é deixarmos de precisar desse algo! É deixarmos de ser controlados pela emoção — que nos faz desejar tanto e querer tanto essa coisa — porque a felicidade não está aí e sim ao obtermos a coisa!... Se durante um dia ou uma semana nos sentimos um bocadinho melhor, temos um pouco mais de energia porque surgiu algo novo na nossa vida que nos distraí, nos entretém... Depois a energia vai-se porque nós não temos a capacidade interior de gerar energia e isto é tudo base de energia. Energia é poder! E quanto mais poder interior, melhor nos sentimos! Não é o poder de mandar nos outros, de controlar os outros, ou dar ordem aos outros, não tem nada a ver com isso! Não tem nada a ver com outras pessoas! tem a ver com poder interior, sobre nós próprios! Poder de lidar com os problemas da vida! O poder de fazer o que é preciso fazer, mesmo que sejam muitas horas, mesmo que seja muito difícil... O poder de servir os outros, de pensar menos em nós! Porque o egocentrismo é pensarmos em nós! É por isso que não é saudável! Torna-se uma obsessão! Não é por pensarmos sempre em nós que as questões da sobrevivência ficam resolvidas, bem pelo contrário, bem pelo contrário!... É quando aprendemos, quando subimos o nível de consciência em que conseguimos amar-nos, amar o ego, amar o corpo, amar tudo que tem a ver conosco e com nossa vida, com nossa existência, que vamos ter as melhores soluções, vamos ter energia, para poder tratar da nossa sobrevivência na forma eficaz e com sucesso. No fundo é quando menos pensamos nas coisas, melhor iremos tratar, lidar com elas, porque mais energia teremos. Porque o pensar obsessivamente em algo, com medo desse algo, só traz energia negativa; com energia negativa ninguém consegue se safar de nada, ninguém consegue ajudar ninguém. É mentira, é falso! Preocupação é uma energia egocêntrica, tem sempre a ver com: "E eu? Como é que fico? E eu como é que fico?"... Não tem a ver com o outro, nunca tem a ver com o outro. É: "Se acontecer X com o outro, e eu, como é que fico?... Se o outro morrer, e eu, como é que eu fico?"... O ego é assim manhoso, é assim manhoso, isto é difícil de engolir, mas é verdade! As pessoas vão negar, claro que vão negar! A realidade não é nada fácil de lidar com ela... É preciso muita disposição e muito sacrifício. Por isso é que só meia dúzia é que são felizes e o resto finge e tenta e vai se enganando a si próprio, vai mentindo a si próprio e, no fundo, nunca há nada de extraordinário nem de especial... É tudo negação, falsidade, ilusão e sofrimento em sua essência!
O quarto impulso: vitimização — Mas por que raio é que o ego se faz de vítima? Está sempre a queixar, fizeram-me isto, aconteceu-me aquilo... Por que? Mais uma vez, porque obtém atenção dos outros e ajuda dos outros e isso aumenta a probabilidade de sobrevivência, tendo outros à volta a ajudar e a dar atenção! Claro, que quando a pessoa se faz de vítima e se queixa que aconteceu-lhe isto e lhe disseram aquilo, e telefona apenas para desabafar e convida para ir ao café apenas para desabafar e falar de seus problemas e daquilo que lhe incomoda e afeta, etc., etc., enquanto a pessoa está a fazer isso, que na superfície parece que não tem nada de mal, a verdade é que essa pessoa está a se borrifar com outra pessoa, que está ali a ouvi-la, e a levar com os desabafos, tipo saco e boxe, e simplesmente a ficar sem energia porque estas vítimas são os vampiros de energia... O objetivo é tudo sacarem energia, sacarem energia, arranjar energia de alguma forma... A pessoa não sabe o que está a fazer, mas é o que está a fazer, a verdade é essa! A pessoa que está a desabafar está a roubar energia da pessoa a quem está a falar! Está a sacar sua atenção, sua força vital, energia vital... Quando transcendemos essa necessidade de obter energia por que nosso nível de consciência já faz, já nos traz energia a nós próprios, por si só, sozinhos já geramos energia para nós próprios, porque estamos com a mente mais silenciosa, os impulsos do ego nos controlam menos, estamos mais presentes no momento, nada é aborrecível, portanto, um trabalho de seis horas e meia, sentado em silêncio sem ter que fazer nada é perfeito, é o melhor trabalho do mundo. Para aqueles que são controlados pelo ego, que a mente está sempre a precisar de alguma coisa para mastigar, pronto, é uma tortura! Claro que, por se compreender que a pessoa que está por desabafar não está tendo consideração nenhuma pela outra pessoa, não quer saber do outro para nada, ela está ali a desabafar só por narcisismo autêntico, por egocentrismo total... "Ouve a minha história, ouve a minha história, dá-me atenção a mim, ouve a minha história, dá-me atenção a mim... Ajudem, olhem minha história, olha eu, olha eu"... E com isso, é roubarem a energia aos outros, energia que os outros precisam para tratar da sua vida, porque também estão no mesmo planeta e, portanto, não é fácil para ninguém. A pessoa afasta-se dessas pessoas porque tem respeito e venera a vida e tudo aquilo que é vivido pró-vida. Tudo aquilo que é negativo para vida, que a destrói, — roubar energia destrói — é em sua essência, como se diz, é o oposto de saudável, até prejudicial; não respeita a vida, não respeita aos outros, é puramente narcisista e é completamente egocêntrico. É "eu, eu, eu e os meus problemas, minha vida..." É vítima! A mente começa a pensar no que está mal, os pensamentos começam a surgir com uma pequena frase, uma pequena imagem do que está mal, do que aconteceu que eu não gostei, etc., que eu gostaria de ter e não tenho, pronto!... No negativo, no que está mal, na vida e no que falta! E as pessoas são controladas por esse impulso porque não param por aí! O problema de ser controlado por esse impulso é que o ego tem algo a ganhar com estes impulsos negativos: é o prazer narcisista, prazer egocêntrico!... "Estou a dar atenção a mim próprio, estou a obter energia para mim próprio!... Eu vou ser a estrela hoje no café, vou partilhar a minha doença, terrível, com todos!"... Essa é uma busca por atenção e energia e o ego adora isso, logo, deixar de fazer isso é uma grande chatice porque ele tem que largar o que ela ganha, tem de sacrificar o que ele ganha com estes impulsos negativos, por isso que é tão difícil deixar de ser egocêntrico... Porque tem algo a ganhar com isso, o ego tem algo a ganhar com isto sempre, com todos os impulsos.
Impulso número cinco: a curiosidade — Este é mais um impulso da mente. A curiosidade não é tão espetacular como pensamos, porque, mais uma vez no contexto de subir no nível de consciência e experienciar estados interiores mais agradáveis e poderosos e ter mais energia, para nós, para os outros e para o mundo, etc., nesse contexto, a curiosidade pode levar, pode nos levar por caminhos completamente autodestrutivos. A curiosidade é apenas, a mente não consegue lidar com informação incompleta; é apenas isso, na sua essência. Então, o que é que acontece? Ouve-se uma frase na televisão, aí tem que ver o resto, tem que ver o resto da notícia, tem que ler o resto das páginas do livro, tem que jogar aquele jogo, tem que ir àquele sítio, tem que conhecer mais daquela pessoa... E se vêm alguma coisa: e o que vai acontecer a seguir?... Isso não é importante! Na verdade, é irrelevante! É apenas um impulso da mente de precisar obter informação completa. Ouve um bocadinho de alguma coisa: "tenho que ver aquele filme... tenho que ir aquele concerto... tenho que ver como é que é"... A questão da curiosidade, a pessoa vai, e faz, e lê o resto e depois são coisas altamente negativas, não íntegras, egocêntricas, que só prejudicam a pessoa em sua vida, só trazem energia negativa que a empurra mais para baixo, que aprisiona ainda mais no ego. Porque a curiosidade não seleciona, a curiosidade apenas: "vamos na estrada e tal, há um acidente e queremos ver os carros todos partidos e as pessoas todas partidas lá dentro, achando muito giro"... Isso é a curiosidade!... "vamos ver como aquilo está, o que que aconteceu"... A curiosidade é que leva o ser humano a perder tempo e energia e investir nesse tipo de patetices. O exemplo mais simples é esse dos acidentes. Todos nós sabemos, todos nós já passamos por isso, na estrada e, de repente, há uma fila enorme e depois descobrimos que é porque, pronto! Há umas pessoas que abrandam muito para conseguir ver o que se passa ali. Por vezes, é apenas a polícia ou os seguranças, as pessoas que estão ali a tratar do acidente que pedem para abrandarem; eu compreendo isso, obviamente! Isso é uma outra situação completamente diferente. Mas eu não estou a falar dessas pessoas que abrandam porque a polícia pediu para abrandar; estou a falar das pessoas que abrandam para ver tudo partido e as pessoas todas cortadas... É ridículo! Mas a curiosidade nos leva à isso. A curiosidade nos leva a ler o jornal todo, que é a coisa mais inútil, leva-nos a ver filmes completamente patéticos. A seguir, a curiosidade é como lançar um dado e sendo na maioria das coisas não íntegras — porque cerca de 85% da população humana não é íntegra, é completamente egocêntrica — sabe dizer que não, o ego vai negar para sentir orgulho, para ser aceito pelos outros, com medo de ser rejeitado pelos outros, portanto, se 85% das pessoas não são íntegras e, das 15% íntegras, grande parte delas, a informação que geram não chega à população em geral — e a população geral nem quer saber disso, porque isso é tão estranho, tão diferente delas —... Lógico! É simples: as pessoas não íntegras, só querem saber da não integridade e defendem a não integridade com unhas e dentes. Por que? Porque a não integridade permite que elas possam continuar a ser como são e, ser como são faz com que possam continuar a seguir os impulsos do ego. Porque seguir os impulsos do ego traz um prazer egocêntrico: elas tem a ganhar algo com isso. Elas nunca experienciaram nada acima do ego, não sabem que algo melhor é possível, logo, o prazer que vem do egocentrismo é o único prazer que elas tem na vida, até praticamente normal e não há nada a julgar ou criticar, ou odiar nelas. Até é completamente normal que elas queiram se agarrar aquilo, porque é o melhorzinho que tem, é a única coisa que tem. Por isso que é impossível ajudar estas pessoas se elas não estiverem dispostas a serem ajudadas. Porque, para elas, de fato, poderem ser ajudadas, elas tem que deixar para trás os únicos pequenos prazeres que tem na vida e isso é difícil, tem que acreditar, eles tem que fazer o sacrifício, vão passar pelo deserto; e eu chamo de deserto porque é uma fase que não há nada, deixa de ter os prazeres que se tinha e ainda não se tem os novos prazeres e satisfações e é preciso muita força de vontade e disposição para se fazer isso. E, eu ouvi dizer, e concordo, que, se a pessoa ainda não sofreu o suficiente, não vai ter a força de vontade suficiente para sair dali, para mudar, para mandar para o lixo o que é preciso mandar, imediatamente sem exitar, e fazer as coisas novas que é preciso fazer. Não tem isso de "não dá!" Por que se está mais ou mesmo, se está-se bem... Os sacrifícios... Não está disposta a fazer os sacrifícios. As pessoas tem que ir até o fundo do poço, aquilo tem que destruir tudo, tem que estar no estado mais horrível, para desejarem os estados mais elevados como o homem que está a se afogar deseja ar, oxigênio. Porque se não for assim, é um bocado irrelevante e a pessoa não se dedica como é preciso dedicar-se; porque exige coragem, sacrifício, auto-honestidade, engolir muita coisa, aceitar muita coisa, que quase ninguém aceita. Estas conversas do ego, negação, todos experienciamos estes impulsos e todos temos um lado egocêntrico, arrogante, narcisista, portanto, é complicado.
Portanto, a curiosidade nos leva por caminhos, que direi a sorte, e a probabilidade de encontrarmos algo não-íntegro é muito, muito grande, quase 100%; não há quase nada fácil encontrar, de chegar lá e que seja íntegro... 99% dos filmes ou mais, — é muito mais de 99% — são meia dúzia de filmes que, de fato, são mais elevados... Mais pronto: 99% de filmes, ok? Que isto são números aproximados, eu não tenho a certeza. 99% das músicas, dos concertos, das festas, bem, televisão é 200% não íntegra, quer dizer, quase tudo, revistas, jornais, todas essas coisas que nós vamos comprar, que nós vamos consumir, primeiro por impulso de necessidade de entretenimento, ajudada pelo impulso de curiosidade, insistentemente metem-nos cá embaixo, impedem-nos de subir acima do ego, porque não fazem nos ver nada de novo, mais elevado, não nos ajudam a mudar nosso estado interior. Mantem-nos no estado em que todos os outros estão que são os estados interiores do ego. Portanto, essas coisas tem que ser evitadas e, a maneira de conseguir evitar de largá-las, deixá-las pra trás de vez, deixar de comprar revistas, jornal, deixar de ver televisão, deixar de ouvir rádio, ouvir música o menos possível, ver filmes o menos possível e quando se vê e lê, é aquelas coisas que te fazem, que te vão ajudar a subir nossos níveis de consciência e de energia, vão nos ajudar de forma prática e completa na vida, tem que se, para se conseguir largar todo o negativo e ir mais para ver apenas o positivo, que é uma minoria, uma super-minoria de coisas, tem que se transcender esses impulsos da necessidade de distrair a cabeça, encher a cabeça com coisas e da curiosidade de computar informação, de ver o resto... "tenho que ver este filme"... Ela não consegue! Largar aquilo, deixar aquilo passar, ver o que vai gostar e não ver o filme que se lixe. Temos que comprar aquilo e não consegue estar sem comprar! É completamente controlada pelo ego, não tem poder nenhum sobre si próprio. Ela não tem culpa! Ela é vítima do seu ego! Mas ela pode fazer algo para isso acabar, se estiver disposta à isso, se já tiver sofrido o suficiente. Enquanto não sofrer o suficiente, vai negar, vai preferir manter firme uma auto-imagem falsa, de perfeição, e pronto! Não há como ajudar!
E o último impulso de todos que é o mais tramado que é o orgulho. O orgulho é o estado interior mais elevado que o ego consegue experienciar. O orgulho é: "Eu sou perfeito! Eu estou bem! Eu sou feliz! Eu sou esperto! Eu sou inteligente! Eu sou atraente! Eu sou desejado! Eu sou sexy! Eu sou sedutor! Eu sou campeão! Eu sou o chefe! Eu sou patrão! Eu tenho razão! Eu ganhei! Etc., etc., etc."
O quarto impulso: vitimização — Mas por que raio é que o ego se faz de vítima? Está sempre a queixar, fizeram-me isto, aconteceu-me aquilo... Por que? Mais uma vez, porque obtém atenção dos outros e ajuda dos outros e isso aumenta a probabilidade de sobrevivência, tendo outros à volta a ajudar e a dar atenção! Claro, que quando a pessoa se faz de vítima e se queixa que aconteceu-lhe isto e lhe disseram aquilo, e telefona apenas para desabafar e convida para ir ao café apenas para desabafar e falar de seus problemas e daquilo que lhe incomoda e afeta, etc., etc., enquanto a pessoa está a fazer isso, que na superfície parece que não tem nada de mal, a verdade é que essa pessoa está a se borrifar com outra pessoa, que está ali a ouvi-la, e a levar com os desabafos, tipo saco e boxe, e simplesmente a ficar sem energia porque estas vítimas são os vampiros de energia... O objetivo é tudo sacarem energia, sacarem energia, arranjar energia de alguma forma... A pessoa não sabe o que está a fazer, mas é o que está a fazer, a verdade é essa! A pessoa que está a desabafar está a roubar energia da pessoa a quem está a falar! Está a sacar sua atenção, sua força vital, energia vital... Quando transcendemos essa necessidade de obter energia por que nosso nível de consciência já faz, já nos traz energia a nós próprios, por si só, sozinhos já geramos energia para nós próprios, porque estamos com a mente mais silenciosa, os impulsos do ego nos controlam menos, estamos mais presentes no momento, nada é aborrecível, portanto, um trabalho de seis horas e meia, sentado em silêncio sem ter que fazer nada é perfeito, é o melhor trabalho do mundo. Para aqueles que são controlados pelo ego, que a mente está sempre a precisar de alguma coisa para mastigar, pronto, é uma tortura! Claro que, por se compreender que a pessoa que está por desabafar não está tendo consideração nenhuma pela outra pessoa, não quer saber do outro para nada, ela está ali a desabafar só por narcisismo autêntico, por egocentrismo total... "Ouve a minha história, ouve a minha história, dá-me atenção a mim, ouve a minha história, dá-me atenção a mim... Ajudem, olhem minha história, olha eu, olha eu"... E com isso, é roubarem a energia aos outros, energia que os outros precisam para tratar da sua vida, porque também estão no mesmo planeta e, portanto, não é fácil para ninguém. A pessoa afasta-se dessas pessoas porque tem respeito e venera a vida e tudo aquilo que é vivido pró-vida. Tudo aquilo que é negativo para vida, que a destrói, — roubar energia destrói — é em sua essência, como se diz, é o oposto de saudável, até prejudicial; não respeita a vida, não respeita aos outros, é puramente narcisista e é completamente egocêntrico. É "eu, eu, eu e os meus problemas, minha vida..." É vítima! A mente começa a pensar no que está mal, os pensamentos começam a surgir com uma pequena frase, uma pequena imagem do que está mal, do que aconteceu que eu não gostei, etc., que eu gostaria de ter e não tenho, pronto!... No negativo, no que está mal, na vida e no que falta! E as pessoas são controladas por esse impulso porque não param por aí! O problema de ser controlado por esse impulso é que o ego tem algo a ganhar com estes impulsos negativos: é o prazer narcisista, prazer egocêntrico!... "Estou a dar atenção a mim próprio, estou a obter energia para mim próprio!... Eu vou ser a estrela hoje no café, vou partilhar a minha doença, terrível, com todos!"... Essa é uma busca por atenção e energia e o ego adora isso, logo, deixar de fazer isso é uma grande chatice porque ele tem que largar o que ela ganha, tem de sacrificar o que ele ganha com estes impulsos negativos, por isso que é tão difícil deixar de ser egocêntrico... Porque tem algo a ganhar com isso, o ego tem algo a ganhar com isto sempre, com todos os impulsos.
Impulso número cinco: a curiosidade — Este é mais um impulso da mente. A curiosidade não é tão espetacular como pensamos, porque, mais uma vez no contexto de subir no nível de consciência e experienciar estados interiores mais agradáveis e poderosos e ter mais energia, para nós, para os outros e para o mundo, etc., nesse contexto, a curiosidade pode levar, pode nos levar por caminhos completamente autodestrutivos. A curiosidade é apenas, a mente não consegue lidar com informação incompleta; é apenas isso, na sua essência. Então, o que é que acontece? Ouve-se uma frase na televisão, aí tem que ver o resto, tem que ver o resto da notícia, tem que ler o resto das páginas do livro, tem que jogar aquele jogo, tem que ir àquele sítio, tem que conhecer mais daquela pessoa... E se vêm alguma coisa: e o que vai acontecer a seguir?... Isso não é importante! Na verdade, é irrelevante! É apenas um impulso da mente de precisar obter informação completa. Ouve um bocadinho de alguma coisa: "tenho que ver aquele filme... tenho que ir aquele concerto... tenho que ver como é que é"... A questão da curiosidade, a pessoa vai, e faz, e lê o resto e depois são coisas altamente negativas, não íntegras, egocêntricas, que só prejudicam a pessoa em sua vida, só trazem energia negativa que a empurra mais para baixo, que aprisiona ainda mais no ego. Porque a curiosidade não seleciona, a curiosidade apenas: "vamos na estrada e tal, há um acidente e queremos ver os carros todos partidos e as pessoas todas partidas lá dentro, achando muito giro"... Isso é a curiosidade!... "vamos ver como aquilo está, o que que aconteceu"... A curiosidade é que leva o ser humano a perder tempo e energia e investir nesse tipo de patetices. O exemplo mais simples é esse dos acidentes. Todos nós sabemos, todos nós já passamos por isso, na estrada e, de repente, há uma fila enorme e depois descobrimos que é porque, pronto! Há umas pessoas que abrandam muito para conseguir ver o que se passa ali. Por vezes, é apenas a polícia ou os seguranças, as pessoas que estão ali a tratar do acidente que pedem para abrandarem; eu compreendo isso, obviamente! Isso é uma outra situação completamente diferente. Mas eu não estou a falar dessas pessoas que abrandam porque a polícia pediu para abrandar; estou a falar das pessoas que abrandam para ver tudo partido e as pessoas todas cortadas... É ridículo! Mas a curiosidade nos leva à isso. A curiosidade nos leva a ler o jornal todo, que é a coisa mais inútil, leva-nos a ver filmes completamente patéticos. A seguir, a curiosidade é como lançar um dado e sendo na maioria das coisas não íntegras — porque cerca de 85% da população humana não é íntegra, é completamente egocêntrica — sabe dizer que não, o ego vai negar para sentir orgulho, para ser aceito pelos outros, com medo de ser rejeitado pelos outros, portanto, se 85% das pessoas não são íntegras e, das 15% íntegras, grande parte delas, a informação que geram não chega à população em geral — e a população geral nem quer saber disso, porque isso é tão estranho, tão diferente delas —... Lógico! É simples: as pessoas não íntegras, só querem saber da não integridade e defendem a não integridade com unhas e dentes. Por que? Porque a não integridade permite que elas possam continuar a ser como são e, ser como são faz com que possam continuar a seguir os impulsos do ego. Porque seguir os impulsos do ego traz um prazer egocêntrico: elas tem a ganhar algo com isso. Elas nunca experienciaram nada acima do ego, não sabem que algo melhor é possível, logo, o prazer que vem do egocentrismo é o único prazer que elas tem na vida, até praticamente normal e não há nada a julgar ou criticar, ou odiar nelas. Até é completamente normal que elas queiram se agarrar aquilo, porque é o melhorzinho que tem, é a única coisa que tem. Por isso que é impossível ajudar estas pessoas se elas não estiverem dispostas a serem ajudadas. Porque, para elas, de fato, poderem ser ajudadas, elas tem que deixar para trás os únicos pequenos prazeres que tem na vida e isso é difícil, tem que acreditar, eles tem que fazer o sacrifício, vão passar pelo deserto; e eu chamo de deserto porque é uma fase que não há nada, deixa de ter os prazeres que se tinha e ainda não se tem os novos prazeres e satisfações e é preciso muita força de vontade e disposição para se fazer isso. E, eu ouvi dizer, e concordo, que, se a pessoa ainda não sofreu o suficiente, não vai ter a força de vontade suficiente para sair dali, para mudar, para mandar para o lixo o que é preciso mandar, imediatamente sem exitar, e fazer as coisas novas que é preciso fazer. Não tem isso de "não dá!" Por que se está mais ou mesmo, se está-se bem... Os sacrifícios... Não está disposta a fazer os sacrifícios. As pessoas tem que ir até o fundo do poço, aquilo tem que destruir tudo, tem que estar no estado mais horrível, para desejarem os estados mais elevados como o homem que está a se afogar deseja ar, oxigênio. Porque se não for assim, é um bocado irrelevante e a pessoa não se dedica como é preciso dedicar-se; porque exige coragem, sacrifício, auto-honestidade, engolir muita coisa, aceitar muita coisa, que quase ninguém aceita. Estas conversas do ego, negação, todos experienciamos estes impulsos e todos temos um lado egocêntrico, arrogante, narcisista, portanto, é complicado.
Portanto, a curiosidade nos leva por caminhos, que direi a sorte, e a probabilidade de encontrarmos algo não-íntegro é muito, muito grande, quase 100%; não há quase nada fácil encontrar, de chegar lá e que seja íntegro... 99% dos filmes ou mais, — é muito mais de 99% — são meia dúzia de filmes que, de fato, são mais elevados... Mais pronto: 99% de filmes, ok? Que isto são números aproximados, eu não tenho a certeza. 99% das músicas, dos concertos, das festas, bem, televisão é 200% não íntegra, quer dizer, quase tudo, revistas, jornais, todas essas coisas que nós vamos comprar, que nós vamos consumir, primeiro por impulso de necessidade de entretenimento, ajudada pelo impulso de curiosidade, insistentemente metem-nos cá embaixo, impedem-nos de subir acima do ego, porque não fazem nos ver nada de novo, mais elevado, não nos ajudam a mudar nosso estado interior. Mantem-nos no estado em que todos os outros estão que são os estados interiores do ego. Portanto, essas coisas tem que ser evitadas e, a maneira de conseguir evitar de largá-las, deixá-las pra trás de vez, deixar de comprar revistas, jornal, deixar de ver televisão, deixar de ouvir rádio, ouvir música o menos possível, ver filmes o menos possível e quando se vê e lê, é aquelas coisas que te fazem, que te vão ajudar a subir nossos níveis de consciência e de energia, vão nos ajudar de forma prática e completa na vida, tem que se, para se conseguir largar todo o negativo e ir mais para ver apenas o positivo, que é uma minoria, uma super-minoria de coisas, tem que se transcender esses impulsos da necessidade de distrair a cabeça, encher a cabeça com coisas e da curiosidade de computar informação, de ver o resto... "tenho que ver este filme"... Ela não consegue! Largar aquilo, deixar aquilo passar, ver o que vai gostar e não ver o filme que se lixe. Temos que comprar aquilo e não consegue estar sem comprar! É completamente controlada pelo ego, não tem poder nenhum sobre si próprio. Ela não tem culpa! Ela é vítima do seu ego! Mas ela pode fazer algo para isso acabar, se estiver disposta à isso, se já tiver sofrido o suficiente. Enquanto não sofrer o suficiente, vai negar, vai preferir manter firme uma auto-imagem falsa, de perfeição, e pronto! Não há como ajudar!
E o último impulso de todos que é o mais tramado que é o orgulho. O orgulho é o estado interior mais elevado que o ego consegue experienciar. O orgulho é: "Eu sou perfeito! Eu estou bem! Eu sou feliz! Eu sou esperto! Eu sou inteligente! Eu sou atraente! Eu sou desejado! Eu sou sexy! Eu sou sedutor! Eu sou campeão! Eu sou o chefe! Eu sou patrão! Eu tenho razão! Eu ganhei! Etc., etc., etc."
Portanto, o ego está sempre, sempre, sempre a tentar experienciar isto, porque é a melhor coisita que alguma vez conseguiu experienciar; é quando alguém fez um elogio, os outros lhe fizeram uma surpresa e todos os amigos à volta dele a dar-lhe um pouco de atenção e não sei o que. Por hora, atenção, as massas, centenas e centenas de pessoas a gritarem seu nome com cartazes: ego, ego, ego!... Pronto! É isso! É o megalômano, narcisista; no fundo, esse é o grande impulso do ego. Portanto, tudo aquilo que o ego procura fazer é sentir orgulho, sentir orgulho. Com o artista em volta, por certas vezes, infernizar os outros, gozar com os outros, fazer pouco dos outros, fazer os outros perder, prejudicar os outros, fazer com que os outros estejam piores para que ele se sinta melhor então consiga experienciar orgulho. Então quer sentir-se orgulhoso. O orgulho não é uma coisa bonita que se pensa que é. O orgulho é egocêntrico! É egocêntrico! O orgulho é um estado fechado em que não se quer saber dos outros. Essa é a verdade do orgulho. Orgulho não tem nada a ver com humor, ok? O orgulho, eu costumo chamar de auto-estima com "a" e "e" pequeno, porque é um sentimento de gostarmos de nós próprios, de sentirmos bem com nós próprios, bem que vem de falsidade, que vem da exclusão do bem-estar dos outros. Com o bem-estar dos outros o orgulho não se quer saber disso. Quer saber é "se nós ganhamos", "se nós subimos na carreira", "se nós ficamos com o dinheiro", "se nós temos razão"... O orgulho destrói todas as relações amorosas; é capaz de ser a causa nº 1 pela qual as relações amorosas são quase todas uma treta, porque, cada um ao querer sentir orgulho, só está sempre a gerar conflito e discussões e cada um está de seu lado da cama de palha. Aquilo é tudo, menos amor! Esquece! Quase nenhuma pessoa sabe o que é uma relação amorosa. É mentira! Não sabe! Porque são pessoas completamente normais, com estes impulsos todos à controla-las: arrogantes, sempre a fazer-se de vítimas, carentes, dependentes, que mentem, que são falsas, que nunca experienciaram nada acima do ego. A mente tem milhões de pensamentos à velocidade da luz, constantemente. Elas nunca experienciaram o amor, elas são controladas pelo ego. Olha, elas não sabem o que é uma relação amorosa, elas sabem o que é ter uma relação com outro ser humano, pronto! Isso é verdade! Agora, uma relação amorosa, com amor, elas não sabem o que é! Ter intimidade, não sabem o que é! Nem tem capacidade para gerar isso numa relação. Não tem essa energia, não tem esse poder. Apesar de convencerem-se a si próprias que tem, em negar que estão no nível em que estão. Mas a verdade é esta. Porque se isso não fosse verdade, toda a gente estaria feliz nas relações, não haveria divórcios, não haveria traições, não haveria frustração, insatisfação nas relações. Seria tudo ótimo, mas não está, não está. Em uma relação feliz, vários fatores são importantes e praticamente nenhum deles tem alguma coisa a ver com o egocentrismo, nada! As relações existem para sacar energia do outro e ponto final! E agora, uns sacam energia de uma maneira mais simpática, mais "nhonhonho", mais superficialmente inofensiva e passiva, outros sacam energia de uma forma mais cruel, agressiva, arrogante, mas é tudo ego! É o ego mais ativo e o ego mais passivo! O Ego mauzão e o ego bonzinho, de fraqueza. Não que a bondade seja uma fraqueza, mas o bonzinho, quando eu digo bonzinho eu não quero dizer bondade, eu quero dizer fazer as coisas por medo. Medo é o impulso do ego. O medo de perder alguém não tem nada a ver com o amor. Medo, se a pessoa está a experienciar medo, o medo é um estado interior do ego, é egocêntrico... "O que é que me acontece depois de ela se ir embora?"... Ok? Portanto, o ego não é bonito, mas é necessário. Temos que aprender amar o ego. Temos que aceitá-lo pelo que é, aceitar tudo que temos. Eu tenho, sinto os impulsos do ego, felizmente já não sou lá muito controlado por eles, já consigo silenciar bastante a mente. Tenho momentos em que eles existem em altos e baixos, porque o ego não desaparece; transcender ego não é fazer ele desaparecer é apenas, portanto, imagina: o software do ego mantem-se no computador, mas deixa de ser o único software, deixa de controlar o computador. Por que? Porque ai surgem outros softwares melhores e este software do ego deixa de controlar, deixa de ser o principal, passa a ser uma coisa secundária que de vez em quando a janela abre-se, ok? Sempre há altos e baixos, isso não é de seguida! Há fazes, há momentos em que o ego explode e vem assim, os impulsos muito estranhos, eles vêm de forma estranha, surgem quase sem razão nenhuma porque, antes estava-se super bem, em paz, de cabeça silenciosa e de repente aparecem. Mas depois, tem-se essa capacidade para fazê-lo acalmar novamente. Não é uma batalha mas é uma insistência, uma dedicação constante. Depois chega-se à uma altura, que espontaneamente, a cabeça cala-se... Não se tem que fazer esforço nenhum e também não faz sentido ter que se fazer algum esforço porque não há nada que a mente possa pensar que traga uma sensação interior tão agradável como a mente sem pensamentos, silenciosa. Não há! Só quem experienciou isso é que sabe. Mas não nego que tenho ego, tenho os impulsos; por vezes tenho medo, por vezes fico um pouco mais triste, preocupado. Por vezes vem um impulso a querer que eu faça algo para me sentir orgulhoso; por vezes fico irritado. Não nego isso! Não, isso está cá mesmo! Agora, há outras coisas para além disso as quais não existiriam se eu fosse apenas controlado pelo ego, eram impossíveis! O ego não quer saber de princípios de honestidade, autenticidade, contribuir, servir, de estar a fazer coisas à borla para os outros, para lhe darem informação, para as pessoas se sentirem melhor. Não quer saber disso para nada! Quer saber dele, o que é que ele ganha com isso. Portanto, o ego geralmente quando se mete, uma pessoa egocêntrica quando se mete no mundo do desenvolvimento pessoal, por exemplo, primeiro evita muito de falar sobre, nunca fala sobre o ego. Nunca fala sobre o ego e as coisas espirituais, não são verdadeiras coisas espirituais, é o sentimentalismo do bonito, de não sei que... Isso não tem nada de espiritual! Conversa a mais e silêncio a menos! Toda gente sabe que o verdadeiro caminho espiritual é silencioso e não tem nada a ver com empresas e fazer milhões de euros. Não tem nada a ver com isso! E é isso: o ego procura ganhar coisas e se vê uma oportunidade pessoal para ficar rico com isso, e uma coisa é ficar rico, outra coisa é ganhar uns trocos para ajudar a pagar uma sala para um workshop, por exemplo, portanto, a diferença de preço é obvia — 25 euros não são milhares de euros, ou centenas de euros, centenas ou milhares de euros, há uma diferença — tanto, se o ego vê uma oportunidade no desenvolvimento pessoal, em qualquer outra área para ganhar algo com isso, seja fama, seja de riqueza, vai se meter nisso e será sempre uma coisa para ele ganhar, ganhar muito com isso, mas não há nada, nunca fala nada sobre o ego. Isso é cômico!
Nunca fala sobre o ego. E se for explorar muito o mundo do desenvolvimento pessoal, vais começar a perceber isso, que o pessoal nunca fala muito sobre coisas mais espirituais e do ego, etc., o pessoal que não fala sobre isso, costuma ser mais nota de marketing, do que faz mais dinheiro, porque são coisas que não, que a maioria não se interessa... Só 85% da população humana é egocêntrica, é controlada pelos impulsos do ego; não é integra, não quer saber da verdade para nada. Quer apenas saber daquilo que confirma a sua opinião pessoal, aquilo que não a ofende, não lhe fere o orgulho, aquilo que a deixa ser assim sem ter que se preocupar em evoluir e de ver algo errada nela, aquilo que não confronta com suas negações e com os impulsos que ela acha que são errados e que todos tem. Portanto, se elas nunca vão às coisas mais espirituais, é que elas tem que lhe dar com essas coisas, ouvir essas conversas, não querem saber disso. Portanto, se não aparecem, também ninguém vai pagar. A pessoa que fala sobre isso também nunca ira ganhar dinheiro. Quem quer fazer negócios, faz para a maioria, para as massas, vai fazer para os 85% que são egocêntricos. Então adapta tudo, os conteúdos, todo processo daquilo que faz para ser adorado pelas massas, para as massas irem. Ok? Porque se forem mil pessoas vai fazer muito dinheiro, se forem duas ou três não vai fazer muito dinheiro. E a um tema que só atrai duas ou três pessoas — são coisas difíceis de engolir — há coisas que são mais fáceis de engolir, não é de compreender, é de engolir e de aceitar, porque aceitar acontece a qualquer dizer, e que afastam as pessoas. Portanto, essa é uma manifestação do egocentrismo no mundo do desenvolvimento pessoal. É apenas um exemplo. Ok?
O orgulho, sim o orgulho faz a pessoa crer ter razão sempre! Tem que ter sempre a razão! Só que nem sempre é possível ter razão, por vezes, a verdade faz com que nós estejamos errados. Mas o ego não quer saber disso para nada! Então ele distorce a verdade, através de sistemas complexos de instrução e omissão e mentiras, ela tem as suas discussões e diz coisas que fazem sentido nenhum só para conseguir sentir aquele choque interior momentâneo, aquela injeçãozinha de orgulho pra se sentir bem naquele momento... "Porque ganhou, tinha razão, estou certo, estou correto!"... Então, apesar das discussões e conflitos de todo tipo, as guerras no mundo vem tudo do orgulho, mas nada. Na superfície, as causas são mil e umas, mas na verdade, é sempre o orgulho porque é o meu lado contra o teu lado e eu tenho que ganhar para me sentir bem, porque se eu perder não tenho valor e vou sentir vergonha e etc. Vergonha é o nível mais baixo, é o nível de estado interior mais baixo que um ser humano pode experienciar.
E pronto! São estes os seis impulsos: sobrevivência, manter o corpo animal vivo, a negação, negar que se tem os impulsos negativos com medo, primeiro acham que estão errados... Depois tem-se esse medo que os outros os achem fracos ou errados e que se perca a sua aprovação e aceitação, que traz o orgulho e ajuda na sobrevivência; o entretenimento, a necessidade de estar sempre a encher a cabeça com alguma coisa... A vitimização: estar sempre a queixar-se e a falar-se dos seus problemas para obter atenção e ajuda dos outros, o que ajuda na sobrevivência... A curiosidade que é não conseguir estar sem ir ver o resto de algo... E o orgulho que é o querer ser sempre visto como o esperto, o atraente, o sedutor, o campeão, aquele que ganha sempre, aquele que está com tudo sempre sobre controle, tudo sempre espetacular, de fato que é arrogância; é uma fraqueza, porque a pessoa sente-se orgulhosa num momento porque conseguiu fazer algo que recebeu elogio, mas passados aluns segundos se alguém a critica, fala mal por alguma razão, ela vai ficar triste, sentir vergonha, sentir a dor da rejeição. Portanto, é uma fraqueza, o orgulho, quer dizer, é uma pedra no sapato que impede as pessoas de terem aquela auto-imagem, que é falsa, de perfeição. Não consegue aceitar que há uma verdade fixa para além de sua opinião pessoal e das suas conclusões pessoais. Não consegue aceitar que está errada em algo, ou que não sabe algo, que faltam-lhe qualidades, que é uma desgraça em determinada área vivida. Que ela é responsável pelos problemas que ela tem na vida, que ela é a a causa de seu próprio sofrimento, que ela tem impulsos negativos, porque o orgulho não a deixa aceitar isso. Por que? Porque aceitar isso significa vê-la como ter defeitos e defeitos e defeitos é negativo para o orgulho, para ela, para o ego. Mas os defeitos não tem mal nenhum, todos temos, qual é o problema? Não há mal nenhum em defeitos! É uma ilusão do ego. O Ego é que tem ilusão de que há um problema em ter defeitos. É ridículo! É como ter um problema em ter que respirar... Tens que respirar! "Não! Eu não tenho que respirar, sou muito poderoso!... Sou muito superior! Eu não tenho essas coisas comuns, mortais. Eu não tenho que fazer! Eu sou muito evoluído! Não tenho que respirar!"... É patético! Porque vai dar no mesmo, só que estamos a falar de temas diferentes, mas é o mesmo nível de patetice. Assim que, se começa a transcender o ego e a experienciar outros níveis e aperceber-se de outras coisas, é boa comédia! Infelizmente causa sofrimento! Agora, a pessoa é livre de querer ver-se livre de seu sofrimento, se não quer, tudo bem! Não é obrigada a aceitar seja o que for; mantém-se com a mesma vida, com os mesmos problemas, com a mesma insatisfação e frustração, tristeza, medos... Isso não é nenhum crime! Isso também não é um sinal de falta de valor, simplesmente, sofre e é uma presença desagradável para os outros, por causa de energia negativa que está ali sempre e está sempre a tentar obter energia dos outros. Essa é a essência de não ser atraente: querer obter energia dos outros e ser negativo, que é o que dá origem em querer obter energia dos outros e não ter capacidade de ter consideração pelos outros — ausência de amor.
Ok! Já passou uma hora, vou ficar por aqui! Este áudio pode ter sido um pouco estranho, algumas coisas que eu disse, mas, é assim. Volta a ouvi-lo quando tiveres oportunidade e pensa nas coisas; o importante é estes impulsos. Certifica-te que os compreende e que começas a prestar atenção, mais atenção aos teus pensamentos e emoções, e relaciona-os com estes impulsos para te aperceberes quando é que eles surgem. Eles não tem mal nenhum! Ok? O importante é perceberes quando é que eles surgem para deixarem de te controlar. Enquanto eles te controlarem, te impedem de ser feliz. Impedem de ser feliz. Porque o ego tem algo a ganhar com estes impulsos, mas eles são negativos e te fazem sofrer. Enquanto não vires estes impulsos pelo que são, enquanto não estiveres disposto a largar o que ganhas, o que o ego ganha com eles, não consegues experienciar aqueles estados mais elevados, que é o estado de amor, alegria, paz, felicidade, que são estados em que o ego não controla. Isto começa por serem estados que começas a experienciar cada vez mais, cada vez mais. E, quanto mais os experiencias, mais altos níveis de consciência, por estares em mais um deles e a mente mais silenciosa. A mente tem que ser transcendida; tudo tem que ser transcendido! Mas isso não sou qualificado para falar certas coisas, certos níveis mais avançados. Portanto é só isso! Esses impulsos, é só querer! Ok? Obrigado por teres a ouvir este áudio! O sol está aí e aproveita bem! Vai a feira do livro, diverte-te e até a próxima! Segue as tuas paixões!
Visita http://coolvibesblog.blogspot.com para mais dicas e princípios poderosos e autênticos de desenvolvimento sobre como subir de nível de consciência e ser Feliz.
O orgulho, sim o orgulho faz a pessoa crer ter razão sempre! Tem que ter sempre a razão! Só que nem sempre é possível ter razão, por vezes, a verdade faz com que nós estejamos errados. Mas o ego não quer saber disso para nada! Então ele distorce a verdade, através de sistemas complexos de instrução e omissão e mentiras, ela tem as suas discussões e diz coisas que fazem sentido nenhum só para conseguir sentir aquele choque interior momentâneo, aquela injeçãozinha de orgulho pra se sentir bem naquele momento... "Porque ganhou, tinha razão, estou certo, estou correto!"... Então, apesar das discussões e conflitos de todo tipo, as guerras no mundo vem tudo do orgulho, mas nada. Na superfície, as causas são mil e umas, mas na verdade, é sempre o orgulho porque é o meu lado contra o teu lado e eu tenho que ganhar para me sentir bem, porque se eu perder não tenho valor e vou sentir vergonha e etc. Vergonha é o nível mais baixo, é o nível de estado interior mais baixo que um ser humano pode experienciar.
E pronto! São estes os seis impulsos: sobrevivência, manter o corpo animal vivo, a negação, negar que se tem os impulsos negativos com medo, primeiro acham que estão errados... Depois tem-se esse medo que os outros os achem fracos ou errados e que se perca a sua aprovação e aceitação, que traz o orgulho e ajuda na sobrevivência; o entretenimento, a necessidade de estar sempre a encher a cabeça com alguma coisa... A vitimização: estar sempre a queixar-se e a falar-se dos seus problemas para obter atenção e ajuda dos outros, o que ajuda na sobrevivência... A curiosidade que é não conseguir estar sem ir ver o resto de algo... E o orgulho que é o querer ser sempre visto como o esperto, o atraente, o sedutor, o campeão, aquele que ganha sempre, aquele que está com tudo sempre sobre controle, tudo sempre espetacular, de fato que é arrogância; é uma fraqueza, porque a pessoa sente-se orgulhosa num momento porque conseguiu fazer algo que recebeu elogio, mas passados aluns segundos se alguém a critica, fala mal por alguma razão, ela vai ficar triste, sentir vergonha, sentir a dor da rejeição. Portanto, é uma fraqueza, o orgulho, quer dizer, é uma pedra no sapato que impede as pessoas de terem aquela auto-imagem, que é falsa, de perfeição. Não consegue aceitar que há uma verdade fixa para além de sua opinião pessoal e das suas conclusões pessoais. Não consegue aceitar que está errada em algo, ou que não sabe algo, que faltam-lhe qualidades, que é uma desgraça em determinada área vivida. Que ela é responsável pelos problemas que ela tem na vida, que ela é a a causa de seu próprio sofrimento, que ela tem impulsos negativos, porque o orgulho não a deixa aceitar isso. Por que? Porque aceitar isso significa vê-la como ter defeitos e defeitos e defeitos é negativo para o orgulho, para ela, para o ego. Mas os defeitos não tem mal nenhum, todos temos, qual é o problema? Não há mal nenhum em defeitos! É uma ilusão do ego. O Ego é que tem ilusão de que há um problema em ter defeitos. É ridículo! É como ter um problema em ter que respirar... Tens que respirar! "Não! Eu não tenho que respirar, sou muito poderoso!... Sou muito superior! Eu não tenho essas coisas comuns, mortais. Eu não tenho que fazer! Eu sou muito evoluído! Não tenho que respirar!"... É patético! Porque vai dar no mesmo, só que estamos a falar de temas diferentes, mas é o mesmo nível de patetice. Assim que, se começa a transcender o ego e a experienciar outros níveis e aperceber-se de outras coisas, é boa comédia! Infelizmente causa sofrimento! Agora, a pessoa é livre de querer ver-se livre de seu sofrimento, se não quer, tudo bem! Não é obrigada a aceitar seja o que for; mantém-se com a mesma vida, com os mesmos problemas, com a mesma insatisfação e frustração, tristeza, medos... Isso não é nenhum crime! Isso também não é um sinal de falta de valor, simplesmente, sofre e é uma presença desagradável para os outros, por causa de energia negativa que está ali sempre e está sempre a tentar obter energia dos outros. Essa é a essência de não ser atraente: querer obter energia dos outros e ser negativo, que é o que dá origem em querer obter energia dos outros e não ter capacidade de ter consideração pelos outros — ausência de amor.
Ok! Já passou uma hora, vou ficar por aqui! Este áudio pode ter sido um pouco estranho, algumas coisas que eu disse, mas, é assim. Volta a ouvi-lo quando tiveres oportunidade e pensa nas coisas; o importante é estes impulsos. Certifica-te que os compreende e que começas a prestar atenção, mais atenção aos teus pensamentos e emoções, e relaciona-os com estes impulsos para te aperceberes quando é que eles surgem. Eles não tem mal nenhum! Ok? O importante é perceberes quando é que eles surgem para deixarem de te controlar. Enquanto eles te controlarem, te impedem de ser feliz. Impedem de ser feliz. Porque o ego tem algo a ganhar com estes impulsos, mas eles são negativos e te fazem sofrer. Enquanto não vires estes impulsos pelo que são, enquanto não estiveres disposto a largar o que ganhas, o que o ego ganha com eles, não consegues experienciar aqueles estados mais elevados, que é o estado de amor, alegria, paz, felicidade, que são estados em que o ego não controla. Isto começa por serem estados que começas a experienciar cada vez mais, cada vez mais. E, quanto mais os experiencias, mais altos níveis de consciência, por estares em mais um deles e a mente mais silenciosa. A mente tem que ser transcendida; tudo tem que ser transcendido! Mas isso não sou qualificado para falar certas coisas, certos níveis mais avançados. Portanto é só isso! Esses impulsos, é só querer! Ok? Obrigado por teres a ouvir este áudio! O sol está aí e aproveita bem! Vai a feira do livro, diverte-te e até a próxima! Segue as tuas paixões!
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